sexta-feira, setembro 14, 2007

SCRIPTS MACHINA

Minha máquina antiga
antiga máquina minha
onde meus textos escrevi:
conto, poesia, cantiga.
Onde tu estás agora?
Não sei para onde fostes!
Os meus dedos te procuram
quando a poesia aflora.
Velha máquina de escritório
papel branco em teu cilindro
na reverência da inspiração.
Eras pra mim qual oratório!

Esquecida num canto da sala
da sala, num canto, esquecida
tu fostes extensão dos meus dedos
meus pensamentos te deram vida.
Ou foi tua engrenagem que emprestou
ordem as minhas fugidias idéias,
tomando forma, ganhando corpo
pra chegar e comover as platéias?
Já não sei! Estás distante...
Qual de fato é o paradeiro?
Sei apenas que os meus poemas
lembram nosso antigo roteiro.

Nova Friburgo, 02/06/2000 (6h45m)

Nenhum comentário: