sexta-feira, fevereiro 17, 2017

VERSOS RURAIS – XI

Desde que fiz do solo
meu papel de fazer poemas
não cessei de ouvir o canto
das saracuras e seriemas,
e o farfalhar de folhas,
e o suave canto das águas,
que irrigam a plantação.

Desde que iniciei uma escrita
com mudas e com sementes
no solo da rica esperança
de que é possível a colheita,
quando o sonho não cessa:
vi o verde tomar conta
das franjas do meu coração.

Desde que meu horizonte
se fez pleno de verduras
e as águas borrifadas
salpicaram meu olhar:
em mim não faltou poesia
e os limites dessa geografia
não contiveram a canção...

Josué Ebenézer Nova Friburgo,
17/02/2017 (08h31min).

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