sexta-feira, fevereiro 17, 2017

VERSOS RURAIS – X

O mapa da minha lavoura
já não mais feito de papel
rasguei-o de sobre a mesa
e de tanto levá-lo no bolso
– nos caminhos da plantação –
transportei-o célere no sonho
sob a égide do coração.

Ao sair a cada manhã
o sol que me acompanha
leva a luz que se renova
e a energia do sonho que
planta sementes no chão.
Faço prece rural da matina:
ecoa em forma de canção.

Sem mesa, só tenho solo
onde sementes se aninham
no côncavo de terra fértil
anunciando colheita já.
Pedaço de terra em cultivo,
tamanho da consagração
e olhos brancos. É a ceifa!

Josué Ebenézer Nova Friburgo,
14/02/2017 (20h08min).

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