sexta-feira, fevereiro 17, 2017

VERSOS RURAIS – IX

Tracei em papel um mapa
da forma que o terreirão,
em meu sítio, e a escarpa
vão ficar com a plantação.

Esbocei vias de tomates
e avenidas com berinjelas
verduras nos seus engates
tornando-as sempre belas.

Marquei encontro no sonho
com a lavoura ainda virgem
onde a visão que exponho
era tão somente miragem.

Meus vizinhos cochichavam
sobre a utopia do lavradio.
As terras em que plantavam
não lhes causavam arrepio.

Só arranca da terra dura
uma caçamba de colheita
o que ara, trabalha a cultura
e não vive de fé estreita.

Só saboreia frutos da terra
quem persiste nesta visão:
a semente que ela encerra
vai germinar da plantação.

Josué Ebenézer Nova Friburgo,
14/02/2017 (06h34min).

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