Em
minha denominação religiosa os pastores nascem
como
plantações de sementes carregadas por bicos de aves
e
largadas ao vento nos campos do Senhor...
Desde
pequenos se juntam nas classes bíblicas
e
nas organizações missionárias
e
estudam a Palavra com as tias
e
se inquietam com as pregações
sobre
os campos brancos para a ceifa.
Alguns,
porém, não tiveram infância eclesiástica.
Deve
ser por isso que para muitos lhes
falta
o compromisso necessário
com
Deus, com a Palavra e com a Igreja.
Destes,
poucos, quase nenhum, aprenderam
a
desembainhar a espada do Espírito
e
a tornar-se destro no manuseio
e
vivencia das Escrituras.
Foram
forjados em casas teológicas
que
os profissionalizaram.
Por
isso claudicam entre a Bíblia
e
tendências teológicas ou empresariais.
Estes,
seguirão caminho próprio
aproveitando-se
do jeito de ser Batista
propício
ao sobrevoo de aves de rapina.
Aqueles,
os que fincaram suas bases
no
chamado divino –
que
em seu kairós plantou
a
semente da vocação em seus corações –
não
titubearão na jornada.
Seguirão
firmes nesta estrada
fitando
os olhos em Jesus.
Então,
seus amigos
– os
pastores mais próximos –
lhes
falarão de sonhos e visões
e
de restauração promovida pelo Espírito
e
de Vento impetuoso que sacudirá
a
mesmice do ministério
e
das vidas transformadas
e
das famílias restauradas
e
do ex-deserto
e
do ex-vale de ossos secos
e
do broto
e
do renovo
e
do Reino da Paz.
Assim,
estes pastores
caminharão
seus dias
cumprirão
seus ministérios
alimentados
de Deus e da Palavra
e
sustentados pelo testemunho da ação divina
e
pela comunhão dos salvos
mirando
o horizonte em que à sombra de uma cruz
a
humanidade viu o Filho de Deus, Jesus
propor
reconciliação.
Como
novos seres apoiados na Esperança
prosseguirão
sem muletas
apenas
sobre os pés do Evangelho da Paz.
Josué Ebenézer – Nova
Friburgo,
26 de Outubro de
2014 (05h55min).
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