Está
árido este mundo, Eclesia.
As
portas não se abrem tanto.
Do
povo se escuta o pranto.
As
luzes se apagam nas casas.
As
vidas se apresentam fracassadas.
Está
árido este mundo.
E
me sinto só, sem futuro a me sorrir.
Vejo
o deserto aumentar, cada vez mais, à minha frente.
Sinto
falta d’água, e a boca ressequida.
E
a noite é densa, sem vislumbre do raiar do dia.
Como
está árido este mundo!
Por
onde andas? Por onde andas, Eclesia?
Quero
te ver em meio ao deserto.
Quero
te achar cumprindo tua missão.
Quero
te conhecer renovada de esperanças.
Quero
que estejas perto de mim, Eclesia.
E
quero que estejas perto dos que já
não
têm mais esperança...
Quando
a terra de novo der o seu fruto.
Quando
o árido chão deste país
reverdecer
de novo o amor de Deus.
Quero
te ver, Eclesia, como agente de transformação.
E
quando as portas se abrirem novamente,
tu
serás recepcionista.
E
quando os rostos voltarem a sorrir,
tu
serás o lenço que enxuga o pranto.
E
quando as casas renascerem para a vida,
tu
serás o primeiro sol a iluminar os corações.
Sobre
o deserto.
Josué Ebenézer – Nova
Friburgo,
19 de Outubro de
2014 (10h05min).
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