A J. J. Soares
Júnior,
meu mano querido
Tu
és o caçula,
a
raspa do tacho
que
adoçou a maturidade de papai
depois
que a vida, e seus sobressaltos,
levaram
a primogênita querida, Júlia,
que
emprestara da mãe dele o nome
para
lhe render homenagem.
Não
é à toa que trazes o nome do velho
no
registro.
Eras-lhe
o menino temporão,
o
pequeno júnior
que
perpetuaria na família os joões-josés,
terceiro,
dessa dinastia
de
gente simples do povo batista.
Mas
papai não viveu para saborear
este
momento.
Ele
já tinha partido há três anos,
quando
tu recebestes esta vocação tardia,
porém
auspiciosa, para o ministério.
E
tu relutastes, mas, a teu tempo
te rendestes àquele que era maior do que
teus
sonhos: o chamado.
E
tu encarastes toda a luta necessária,
enfrentastes as adversidades
sofrestes os reveses
mas
não desististes do ideal
que
te ombreava a visão.
Se
cá estivesse entre nós, papai
sorriria
contido, seus olhos brilhariam
quase
umedecidos de lágrimas de alegria
e
faria uma oração em tom grave
para
louvar ao Deus dos céus por ti, mano.
Conheço,
agora, um outro Juninho.
Um
jovem pai de família,
um
servo do Senhor,
um
marido cônscio de seus deveres
que
no seminário fez-se teólogo
e
na vida fez-se servo.
Conversar
contigo agora é
destravar
comportas de bênçãos
e
ideais que pulsam firmes dentro de ti.
Tua
cosmovisão é outra,
teu
compromisso com o Evangelho amadureceu,
tua
vontade de trabalhar para o Reino é virginal.
Tu
tens um compromisso com Deus, o Pai
que
funciona como cartão de visitas para a esperança.
Outros
leram da Bíblia um versículo apenas,
tu
lestes os testamentos
e
lestes a Palavra Viva, o Verbo que se fez carne,
e
conhecestes as bênçãos do pertencimento
à
Nova Aliança.
Que
Deus te proteja!
Josué Ebenézer – Nova
Friburgo,
25 de Novembro de
2014 (23h40min).
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