Só
reconheceram o tamanho do vazio
após
a queda livre.
E
como caíram da comunhão com Deus
o
tombo foi de muito alto.
E,
estatelados no chão, absortos na própria queda,
puderam
lembrar a distância de onde tinham vindo.
E
recordaram a chama que ardia no peito,
centelha
de Deus, sua imagem e semelhança.
E
relembraram o vazio d’alma em coração sedento
e
ânsia por preenchimento num retorno para Deus.
E
tornaram a rever o Encontro com Deus
e
o regozijo da libertação do pecado.
E
voltaram a sentir o gozo da paz divina
experimentado
tão logo a restauração da vida em Cristo.
E
trouxeram à memória o belo da comunhão
quando
podiam desfrutar de intimidade com o Pai.
E
revisitaram os cultos, as celebrações e homilias
e
lembraram saudosos da bênção de ser família.
Mas,
agora, ali silentes, enfraquecidos, esfacelados,
enxergaram
a si mesmos; a condição do seu estado.
E
sofrendo a dor do pecado, cometido contra a Cruz
clamavam,
arrependidos, pelo nome de Jesus.
E,
no asfalto da vida, largados em depressão
ouviram
alguém dizer: – “Volte pra Deus, irmão!”
E
um a um levantando-se, pelo toque do Espírito
deixaram-se
inundar de paz, em coração contrito.
Até
que um vento forte, vento norte, avassalador
sacudiu
as suas vidas, dando a direção do Amor.
E,
voltando-se para Deus, levantaram-se do chão
bendizendo
a ação dos céus e voltando à comunhão.
Só
conhece o tamanho da queda e o despencar do bem
quem
desfrutou da comunhão e agora vive sem.
Só
conhece o valor da Graça e o favor de sua paz
quem
desfruta da comunhão que, em Cristo, satisfaz.
Josué Ebenézer – Nova
Friburgo,
14 de Outubro de
2014 (05h22min).
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