Diante
das sombras que se movem
sobre
um país em trevas
os
cristãos acendem os archotes da esperança.
Mas
o cenário é tremeluzente e melancólico.
Recorrem
aos templos, aos ventos ou simplesmente cantam:
a
harmonia das vozes ordena o caos.
Mas
o caos está nos homens,
e
a inquietação das sombras é o espelho d’água de Narciso.
Trava-se
a batalha do ocaso
a
ganância, a bebida, o vazio
a
dança, a partida, o cio
a
festança, a desdita, o frio.
A
solidão do prazer
(à
dois, à três ou mais)
a
negação do ser
em
vida que não satisfaz.
O
alimento da morte é
um
pão bolorento que de dia foi ao forno.
Diante
das sombras
os
cristãos acionam os interruptores:
as
luzes das cidades do país se acendem,
mas
o pecado não é interrompido...
Josué Ebenézer – Nova
Friburgo,
28 de Outubro de
2014 (05h10min).
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