quarta-feira, dezembro 31, 2014

ANO NOVO

Último dia do ano
vê-se muitas coisas
ouve-se outras tantas...
E, se me aproximar,
haverá sempre alguém para me receber.
Ah, o espírito do Natal
continua por este tempo...

Troca-se um dedo de prosa com quem nunca se viu;
saúda-se pelas ruas quem não se conhece;
dá-se um óbolo até a quem não merece;
e, até, ósculos fortuitos distribui-se a quem sorriu.

O brinde é o beijo das taças
que os convivas não se dão por conveniência social.
Mas, quando a festa se desfaz...
O que há de mais? O que há?

Pelo andar da carruagem, a vida segue lenta.
O ano novo, não!
Chegou velozmente num trem bala
e, entre nós se instala,
ao som estridente dos cristais...

Josué Ebenézer Nova Friburgo,

31 de Dezembro de 2014 (06h15min).

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