sábado, fevereiro 21, 2015

O NOME

Filho de Davi – disse o cego –
tem misericórdia de mim.
Jesus – disse o ladrão na cruz –
lembra-te de mim no teu Reino.

E tantos outros mais
disseram algo pra Jesus
fizeram reclamo da paz
levantaram clamor inquieto
nos quintilhões de orações
que a humanidade já proferiu
pra saciar sua fome
em observância à palavra
“se pedires em meu nome”
por conta dos sofrimentos
que a cada ser consome.

Mas, o que disse o poeta?

O poeta disse algo,
que todos deveriam dizer.
Jesus – disse o poeta –
eu vivo do teu nome.
Tu és minha inspiração;
teu nome sobre todo nome
é poesia e canção.

O som que sai dos meus lábios
ao proferir o teu nome
é canção aos meus ouvidos
recital de adorador
uma orquestra afinada
e um coro angelical.
Largo pra trás alfarrábios
és cantiga em noite insone
liberdade aos oprimidos
em meio ao ódio és amor
e na vida desajustada
és o conserto afinal.

Jesus, o teu nome é poesia
é a luz para a noite
e proteção para o dia.

Disse o poeta retumbante
sem teu nome não sei viver
esse nome traz consolo
só no teu nome há poder.
O poeta é antes de tudo
reconhecedor da poesia da cruz
a morte que subverte a linguagem
que introduz os paradoxos:
quem morre, vive
quem perde, ganha
quem esconde o eu, se acha nos céus.

O poeta não seria capaz nunca
de trocar o doce nome de Cristo
para ter nome afamado
e pelos homens ser visto.

O poeta não deixaria jamais
a convivência do supremo pastor
ele sabe onde encontrar a paz
e o alimento para a sua alma.

O nome de Jesus para o poeta
é melhor do que ouro e bens
não o trocaria por dinheiro
emprego ou posição social.
O nome de Jesus no poeta
singra por veias de emoção
até o Oceano espiritual.

Não há outro som de palavra
tão suave e doce ao poeta
do que o nome Jesus.
São duas sílabas apenas
mas o poeta dessa elegia
faz uma ode a poesia
do nome sobre todo o nome
que o poeta em som cantábile
pronuncia em canção.
O nome Jesus pro poeta
é eterna inspiração.

Josué Ebenézer Nova Friburgo,
22 de Janeiro de 2015 (05h38min).


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