terça-feira, março 18, 2014

SOPA DE LETRINHAS

À noite,
para fechar o Dia da Poesia,
e fazer renascer
os caldos
no friozinho serrano...
uma sopa de letrinhas
(invenção do marketing infantil).

E juntei o “a” de amor
com o “s” de sabedoria,
mais o “d” de divino
e acrescentei o “e” de esperança.
E juntei, agora, um “l”
para dar um pouco de leveza.
E fui misturando tudo
e no caldo que engrossava
caíram mais um “a” e um “s”
agora de alegria e de serenidade.
E juntei um “r” de razão
mais um “t” de tranquilidade
e na sopa que se formava
com seu ar de novidade
um “n “ se acrescentou.
E o cheiro fumegante
que a fome aguçava
nesta sopa de letrinhas
um “o” e um “h” acrescentava.
Era o hoje e o olor
que aroma e sabor
acrescentava ao paladar.
E no Dia da Poesia
se uniu gastronomia
com um jeito de amar.

A poesia, às vezes,
é uma sopa de letrinhas
para muitos ininteligível.
Mas, quando se experimenta
tem sensação e prazer,
pois poesia que vem da alma
ao coração produz calma
faz a vida reverdecer.

Poesia alimenta
anima e encoraja.
Ao corpo rejuvenesce
à mente apazigua
nela não há coisa ambígua
que não seja para o bem.
A razão e o coração
se entendem e dizem amém.

Josué Ebenézer – Nova Friburgo,

14 de Março de 2014 (20h25min).

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