quinta-feira, julho 10, 2008

TRÍPTICO DA VIDA

1

Se existe dom supremo, só pode vir de Deus.
E que nome ele recebe, senão algo sublime?
Amor! É o próprio Deus vendo os filhos seus
que foram alvo na Terra da ação que redime.

Esse dom sublime, em suprema excelência,
amor que brota de Deus e logo dele emana.
Pois só nele tal sentimento é parte da essência
que na terra aos homens une e todos irmana.

Ah, amor! Vens de Deus e para onde vais agora?
Se não ficas em mim, sinto o moer de uma dor.
Se não ficares comigo, Deus presente da aurora

ao por do sol de uma vida que se abre em flor!
Amor, amor! Sentirei longo pesar e, abatido,
prosseguirei meu caminhar, triste e sofrido...

2

Por que? Por que estás abatida ó minha alma
e é triste o teu caminhar na face desta Terra?
Se o coração pede alívio e também a calma
em Deus encontras bálsamo que dor encerra.

Exercita-te naquela - que de todas as expressões
que o homem pode fazer -, o leva a se pôr em pé!
E que acende uma chama, brasa nos corações.
E que atende pelo nome; singelo nome de fé!

A fé é um remédio que levanta qualquer enfermo.
É força a animar o corpo e o coração cansado.
Que traz para o caminho o que se acha no ermo

e faz do oprimido um ser novo, revigorado.
A fé é alimento para sempre e todo instante
e na vida do crente se faz presença constante.

3

Além do amor e da fé, de que precisa o homem?
Que sentimento necessita para atravessar a vida?
Se os dias são frios, duros, áridos e já consomem
o que ele tem de melhor que é o motor de partida?

Então não fiques parado, esperando acontecer.
Quem sabe faz o tempo, faz a hora, e o momento.
A vida é pra ser vivida, tu nascestes para crescer.
A esperança é o motor que te põe em movimento.

Porque tens sonhos, caminhas; a estrada está aberta!
E a esperança que aninhas não está pra ti deserta.
É um oásis de vida, com sombra, água e amor.

Por isso desperta e prossiga com garra no coração.
Saboreie da árvore o fruto que tu vistes como flor.
E ao que achares no caminho, chame logo de irmão.

Nova Friburgo, 12 de Março de 2005. (7h34m)

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