quinta-feira, julho 10, 2008

CÉU DE ASFALTO

A noite era fria. Chuvosa.
Procurei por você –
nem precisava.
Estava do meu lado.

Queria achar o céu –
não podia.
A chuva caia
e o céu não estava disponível...

Ao volante do carro,
concentração redobrada,
Pára-brisas disparando célere,
ao ritmo de meu coração apaixonado.

Seu perfume impregna minhas narinas
no carro de vidros fechados
a proteger da chuva intensa.

Penso em você!

E na busca do céu de meus sonhos
contemplo o céu de asfalto.
Céu negro do asfalto novo molhado
e de pingos grossos de chuva salpicado...

O farol alto incide sobre a chuva
e acende a imaginação...

O céu de asfalto está repleto
de miríades de estrelas fugazes
de gotas de chuva formadas.

Olho para o lado:
Você está a sorrir!
Completo meu sonho...
Você é a lua que ilumina minhas noites
nas muitas viagens da vida!

Santa Maria Madalena, 24 de Março de 2005. (21h35m).

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