segunda-feira, outubro 01, 2007

VAGARES

Era meu ou teu o pensamento
que pontuou sem glória esta história
das alegrias, nos dias, de nossa vida
que o amanhã nos traz, nos satisfaz?
Ou será que há algum sentido
no ser pensante, errante, só existido?

Como escrevi, vivi, só eu descrevo:
construo frases, orações, das emoções.
Que o passado, amado, me faz ouvir.
A cada dia, em mim, somente assim.
Então silente, ausente, em meu calvário
choro a dor, do amor, no campanário.

Mas escrever, rever, é exercício,
pra despertar manhãs dos amanhãs,
mesmo que ruja e fuja o dia triste
que a gente amou, pois muito nos ensinou
E é bem certo, que perto, em cada andança
vejo surgir, fluir, grande esperança!

Nova Friburgo, 22/06/2000 (15h25m)

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