segunda-feira, outubro 01, 2007

ODE À LIBERDADE CRISTÃ

De todos os conceitos mais caros à humanidade
que no curso da civilização logo cedo se cultivou
não há nada mais belo que a idéia de liberdade
pela qual se fez heróis; muito sangue se derramou.
Pois à sua negação - toda forma de atrocidade -
cada povo deu seu mártir e a liberdade perpetuou.

Hoje, porém, não quero esta liberdade cantar,
pois existe uma mais forte, que a sorte da vida vã.
Ela nasce dentro do peito, ensinando-nos a amar,
falo de algo sem defeito: é a liberdade cristã.
E se a vida está difícil, não se sabe em que vai dar,
o Cristo que cura e liberta promove uma vida sã.

Eu sou livre em minha vida - pensa o homem natural -
tudo posso assim fazer, não há nada que impeça.
Mas na simples equação da troca do bem pelo mal
esse homem que caminha pensando estar bom à beça
esquece da vida o outro lado, o lado espiritual
e de cara com o pecado sua vida assim tropeça.

De fato tudo é possível, e cada coisa se pode
mas há as que se não deve e as que se não convém
àquele que já escolheu ser ovelha e não ser bode
no rebanho do Pastor e à Deus dizer amém.
Pois na vida destroçada, no peito o coração explode
e a alma angustiada não tem certeza do além.

Por isso canto a liberdade do homem que ao pecado
diz “não” com convicção e assume a condição
de ser liberto do medo, da angústia de todo lado
pois já tem a liberdade do Cristo no coração.
Já liberto dos seus erros, já liberto do passado,
nos lábios do novo crente, existe nova canção.

É escravo sim aquele que ao pecado se habitua,
que do vício que consome não consegue se livrar.
Mas liberto é o homem que quando ele se insinua
tira forças do seu peito e se põe logo a andar
com o Cristo libertador que em sua vida crua
pôs tempero, pôs sabor, e lhe deu um novo lar.

Nova Friburgo, 27/06/2000(6h25m)

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