Deito
em minha cama de sonho
e
penso que vou dormir.
Um
papel imaginário se estende sobre mim,
extenso
como um lençol branco de nuvem.
Há
ali um convite para a poesia
e
a Musa não me deixa enquanto
as
palavras não vêm.
Poesia
são palavras transformadas em Arte,
que
se interligam pelo fio da Beleza.
Escolhidas
a dedo; a Poesia usa apenas
aquelas
que vão dizer algo ao coração
não
só pelos caracteres manuscritos,
mas
pelos espaços em branco devidamente vazios.
Existe
a poesia do preenchimento
e
a poesia do esvaziamento.
Em
meu leito poético
há
mais nuvens que aviões.
Cada
nuvem é uma poesia flanante
que
carrega em si as marcas de um sonho.
Meu
papel imaginário é intenso
e
eu já posso dormir
com
as marcas de desejo que ali deixei...
Josué Ebenézer – Nova
Friburgo,
23 de Agosto de
2014 (03h25min).
Nenhum comentário:
Postar um comentário