Aconteceu
em tempos idos de mim
no
Templo Batista. Uma certa angústia,
certo
vazio, ansiava por alívio
para
acabar com a dor. Era um tempo
em
que pastores pregavam a Palavra
e
eu descobri que o que eu tinha
era
uma dor moral. E mais: essa dor
tinha
o meu nome. Os púlpitos
eram
uma efervescência de teologia bíblica.
O
pastor pregava suave, mas com autoridade
e
era como se suas mãos, que se moviam
coordenadas,
abrissem meu coração.
Você
não saberá jamais tudo o que a Palavra viva
pode
fazer em uma vida, quando um coração
se
abre para receber Deus com alegria.
Aqueles
sermões bíblicos eram setas de amor
que
me flecharam como cruz:
a
minha dor foi carregada por Jesus.
As
palavras do Evangelho traziam todas
o
meu nome. Meu nome estava escrito
com
as tintas dos meus pecados.
Envergonhado.
Já não assisto mais cultos
como
aqueles. Purificado. Foi o que
aconteceu
comigo já lavado pelo sangue
de
Cristo. Agora os cultos são festas
e
continuam a dizer que a minha dor
tinha
um nome. Mas o culto é só adoração.
E
tem gente simples no corredor e aperto de mão
e
tem sorriso nos rostos e muito louvor
e
quando, no templo, me uno a um corpo espiritual.
Entre
cansaços da vida e aridez do mundo
meu
ser resoluto persiste no caminho a dizer:
– Maranata!
Vem Jesus, me leve para a glória!
Josué Ebenézer – Nova
Friburgo,
16 de Agosto de
2014 (05h45min).
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