Estranho
modo de andar entre pessoas
e
achar engraçado os circundantes.
Estranho
modo de perceber diferenças
e
interceptar olhares vagos.
No
meio dos edifícios verticalizados das urbes
me
sinto doente de gente, solidão de turba:
a
minha cura é o poema que agora nasce
em
meu coração.
A
cura, porquê, se não, é solidão
é
desinteresse, é frustração.
Para
caminhar com a cura na alma
minha
cura deve ser aprovada
pelos
que trazem a poesia no grito,
pelos
que evocam guaches opacos
e
colorem cenários de papel.
Minha
cura deve ser conduzida
por
um poema contínuo, Universal,
que
se desgarra do meu pensamento
como
chuva fina a regar o solo da existência.
Por
isso, enquanto me curo desse mundo,
deixo
escrito na imensa folha branca da vida
estendida
à minha frente
o
poema da existência...
Josué Ebenézer – Nova
Friburgo,
10 de Agosto de
2014 (10h23min).
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