Para
o poeta, a espera é a antessala da criação.
Filha
da burocracia,
do
jeitinho brasileiro,
dos
atrasos recorrentes,
do
trânsito caótico,
do
descompromisso do cidadão;
a
espera é um instituto nacional
erguido
sobre o solo da leniência.
Quantos
bilhões de reais
são
perdidos pela Economia
nos
zilhões de horas ociosas
nas
filas eternas,
nos
congestionamentos do trânsito,
nas
salas de espera?
Para
o poeta não há espera;
há
o encontro com a palavra bruta
na
antessala da poesia.
A
espera destrava a criatividade
naquele
que não se abate
mas
deixa os rios da poesia
fluírem
dos limites
ociosos
do tempo.
Josué Ebenézer – Rio
de Janeiro,
26 de Agosto de
2014 (11h59min).
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