O
louvor eclesiástico dos domingos
levantava-se
no culto e se expressava.
No
templo humilhado para além dos vitrais
apinhavam-se
rostos de pessoas normais...
A
lágrima escorria com esperança dentro.
Falavam
mais alto, as mãos levantadas
que
liberavam adoração, e pediam perdão
nas
faces de óculos,
com
maquiagem,
ou
de cara dura mesmo...
Quem
olhasse aquela gente por olhos crédulos
enxergaria
dúvida, hesitação;
mas,
também, desejos espirituais
escorrendo
música de lábios cantantes.
Para
quem? Do lado de fora o rio malcheiroso
sonhava
renovação com as águas
das
fortes chuvas que revolveriam seu leito.
Aquela
gente sabia que os rios de Deus
também
podiam lavar sua alma.
O
louvor era para Deus, mas o resultado
para
cada coração crente que
se
deixasse absorver da música de Deus...
Para
Deus. Sem esperar nada em troca,
os
dentes brancos se mostraram
alvos
no sorriso da paz.
E
o louvor do templo pequeno,
da
simplicidade da adoração,
ganhava
os céus
e
os nomes dos adoradores foram trocados:
Exaltação,
Pai de adoradores, Intensidade,
Mãe
de alegrias, Filhos e Filhas da promessa,
Anjos
da paz, Mensageiros da Unidade...
Não
havia fingimento!
Uma
canção de louvor cruzava o vazio,
a
alegria estilhaçava o gelo,
o
calor espiritual era mais que o humano...
E
os rostos anônimos
nos
bancos da velha igreja perfilados
ganharam
expressividade
e
provocaram uma nova identidade
na
singeleza do louvor genuíno
de
quem escolheu Deus para adorar.
Josué Ebenézer – Nova
Friburgo,
19 de Julho de 2014
(10h57min).
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