segunda-feira, outubro 27, 2014

A ESPERA

A espera, como um grande cuco de relógio velho.
A espera e seus mecanismos inquietantes,
oscilando certezas e dúvidas.

A espera, badaladas mudas que não ecoam esperanças.

A espera e sua caixa de surpresas,
mistérios, possibilidades, negações:
vaga-lumes de esperança que acendem e apagam.

A espera e sua proposta de estagnação
como lua adormecida
que só muda de lugar
quando se desvia o olhar...

Os bêbados do mundo que não alcançam
são os que se fixam apenas no objeto da espera
e se esquecem de, em adoração, contemplar
Àquele que é Senhor
tanto do querer quanto do efetuar.

Josué Ebenézer Nova Friburgo,

07 de Agosto de 2014 (05h55min).

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