Ela não tinha sorriso, seu jeito era sem graça.
O vestido roto e velho não emprestava beleza.
Mas estava todo dia, perambulando na praça
Tentando driblar o destino, afastar toda a tristeza.
A família era simples, morava em simples casebre.
O seu pai desempregado, inconformado em ser pobre.
E pra somar a desgraça, sua mãe ardia em febre
Enquanto ela na praça se esforçava em ser nobre.
Mas era difícil a sina, dessa tão simples menina:
Vencer todo o preconceito e amealhar uns trocados;
Extrair da vida canções em alma que desafina.
Mas o Natal da menina, não teria bons-bocados,
Enfeites, bolas, presentes, nem sequer pequena luz.
Não fosse o grande achado: Ter encontrado JESUS!
Campos dos Goytacazes, 07 de Dezembro de 2007. (11h21min).
segunda-feira, dezembro 15, 2008
É NATAL!
Vi a cidade mais colorida
E o sonho invadir o real.
Vi a cidade iluminada
Pensei comigo: “É Natal!”
Vi sorrisos enfeitar pessoas
E presentes de mão em mão.
Gentes se tornando boas
Porque é Natal no coração.
“É Natal” eu bem sei disso
Não pelos enfeites que vi;
Sabe quem tem bom siso.
No sorriso da criança entrevi
A paz do menino de Belém
E os anjos dizendo “amém!”
Nova Friburgo, 16 de Dezembro de 2007. (19h).
E o sonho invadir o real.
Vi a cidade iluminada
Pensei comigo: “É Natal!”
Vi sorrisos enfeitar pessoas
E presentes de mão em mão.
Gentes se tornando boas
Porque é Natal no coração.
“É Natal” eu bem sei disso
Não pelos enfeites que vi;
Sabe quem tem bom siso.
No sorriso da criança entrevi
A paz do menino de Belém
E os anjos dizendo “amém!”
Nova Friburgo, 16 de Dezembro de 2007. (19h).
RECEITA PARA NÃO SE TER UMA FESTA FRUSTRANTE
Promova um evento
(pode ser casamento).
Junte os convidados
pode ser aos punhados.
Contrate os garçons,
pague o buffet,
(cuidado com a escolha)
pra não se arrepender!
Não faça na encolha
tem que acontecer.
Frite os salgados na hora
(frio ninguém merece).
Quando não puder ser
pelo menos vê se aquece.
Refrigerante? Nunca é demais!
Vê antes se está com gás.
A noiva e até o anfitrião
não podem chegar atrasados:
deixam os amigos na mão,
desrespeitam os convidados.
A decoração deve ser simples,
mas não pode faltar.
Festa sem brilho e luzes
é como casamento sem noiva
e o noivo bobo no altar!
O serviço deve ser ágil,
os convidados querem comer.
Se a cozinha não anda
é porque algo não funciona
ou é tudo embromação.
Não pode o ambiente,
aquele que os convivas estão,
custar mais que a festa em si.
Não precisa ter muita coisa:
a festa com singeleza
num serviço bem urdido
é garantia de satisfação.
Guarde pro fim uma surpresa
e todos da festa falarão.
Não com ares de zombaria,
de deboche ou rejeição.
Mas com elogios ao bom gosto
de quem fez a produção.
Nova Friburgo, 24 de Novembro de 2007. (22h30min).
(pode ser casamento).
Junte os convidados
pode ser aos punhados.
Contrate os garçons,
pague o buffet,
(cuidado com a escolha)
pra não se arrepender!
Não faça na encolha
tem que acontecer.
Frite os salgados na hora
(frio ninguém merece).
Quando não puder ser
pelo menos vê se aquece.
Refrigerante? Nunca é demais!
Vê antes se está com gás.
A noiva e até o anfitrião
não podem chegar atrasados:
deixam os amigos na mão,
desrespeitam os convidados.
A decoração deve ser simples,
mas não pode faltar.
Festa sem brilho e luzes
é como casamento sem noiva
e o noivo bobo no altar!
O serviço deve ser ágil,
os convidados querem comer.
Se a cozinha não anda
é porque algo não funciona
ou é tudo embromação.
Não pode o ambiente,
aquele que os convivas estão,
custar mais que a festa em si.
Não precisa ter muita coisa:
a festa com singeleza
num serviço bem urdido
é garantia de satisfação.
Guarde pro fim uma surpresa
e todos da festa falarão.
Não com ares de zombaria,
de deboche ou rejeição.
Mas com elogios ao bom gosto
de quem fez a produção.
Nova Friburgo, 24 de Novembro de 2007. (22h30min).
EU TAMBÉM TENHO UM SONHO
A Martin Luther King
Eu tenho um sonho
Que é maior que todos os outros;
Todos os que já acumulei nesta vida.
É um sonho profundo,
Um sonho denso,
E quando nele penso
Vislumbro o mundo.
Vejo todas as gentes, todos os povos,
Unidos numa só bandeira.
Todas as nações integradas,
As gentes irmanadas
Neste sonho.
Enxergo nos desvãos da história
Uma nova trajetória
Para a paz.
Eu tenho um sonho
Que engloba e absorve
Todos os sonhos de minha vida.
É um sonho humanitário,
Um sonho espiritual:
Gostaria que Deus fosse prioritário
Na vida de todas as gentes
E os valores espirituais
Governassem o mundo.
É um sonho de esperança
E com toda a confiança
Nele descanso.
Eu tenho um sonho
Que pode transformar o planeta.
Ele viaja em meu pensamento
Como um luzente cometa
A iluminar os meus dias e noites.
A sociedade seria diferente,
As transações mais honestas,
Os relacionamentos mais perfeitos,
Se todos como Martin Luther King
Não vissem o mundo como um ringue
Onde tivéssemos que brigar.
Mas enxergassem a vida como escola
De onde a sabedoria de nós decola
E nos ensina a arte de amar...
Nova Friburgo, 22 de Novembro de 2007. (12h50min).
Eu tenho um sonho
Que é maior que todos os outros;
Todos os que já acumulei nesta vida.
É um sonho profundo,
Um sonho denso,
E quando nele penso
Vislumbro o mundo.
Vejo todas as gentes, todos os povos,
Unidos numa só bandeira.
Todas as nações integradas,
As gentes irmanadas
Neste sonho.
Enxergo nos desvãos da história
Uma nova trajetória
Para a paz.
Eu tenho um sonho
Que engloba e absorve
Todos os sonhos de minha vida.
É um sonho humanitário,
Um sonho espiritual:
Gostaria que Deus fosse prioritário
Na vida de todas as gentes
E os valores espirituais
Governassem o mundo.
É um sonho de esperança
E com toda a confiança
Nele descanso.
Eu tenho um sonho
Que pode transformar o planeta.
Ele viaja em meu pensamento
Como um luzente cometa
A iluminar os meus dias e noites.
A sociedade seria diferente,
As transações mais honestas,
Os relacionamentos mais perfeitos,
Se todos como Martin Luther King
Não vissem o mundo como um ringue
Onde tivéssemos que brigar.
Mas enxergassem a vida como escola
De onde a sabedoria de nós decola
E nos ensina a arte de amar...
Nova Friburgo, 22 de Novembro de 2007. (12h50min).
HEI DE CHORAR
Hei de chorar dorido pela minha flor
Que presto vem e logo vai, no alvor da vida.
Acenando-me com perfumes de amor
Não sabe o que lhe reserva a triste lida.
Bela e frágil desabrocha em meu solo
Traz por dentro a maldição de insana febre.
Aconchego-a bem sereno no meu colo,
Mas sua vida está em fuga como lebre.
Ah, amor, se eu pudesse aprisionar
Ao menos um pouco desse seu perfume.
Antes que o sol incremente, a despetalar
Reduzisse minha existência ao queixume.
Prosseguiria algo feliz, alguma bonança
E os meus dias, tristes dias sem te ter -
Trazendo de ti, cor e forma, na lembrança -
Amenos seriam: calmos, até o adormecer.
Nova Friburgo, 21 de Novembro de 2007 (15h30min).
Que presto vem e logo vai, no alvor da vida.
Acenando-me com perfumes de amor
Não sabe o que lhe reserva a triste lida.
Bela e frágil desabrocha em meu solo
Traz por dentro a maldição de insana febre.
Aconchego-a bem sereno no meu colo,
Mas sua vida está em fuga como lebre.
Ah, amor, se eu pudesse aprisionar
Ao menos um pouco desse seu perfume.
Antes que o sol incremente, a despetalar
Reduzisse minha existência ao queixume.
Prosseguiria algo feliz, alguma bonança
E os meus dias, tristes dias sem te ter -
Trazendo de ti, cor e forma, na lembrança -
Amenos seriam: calmos, até o adormecer.
Nova Friburgo, 21 de Novembro de 2007 (15h30min).
SINTO SUA FALTA
Sinto sua falta.
Você não mais me quer.
Queixo-me aos pássaros.
Mas eles nada dizem.
Os pássaros apenas cantam
(E eu gosto de você, mulher!)
Eles apenas espantam
Esta angústia do meu peito
Pela falta que tenho de você
E dadas às circunstâncias
Concluo que não é pouco.
Sinto sua falta!
E que falta você me faz.
Vou reclamar com as estrelas
Mas como?
Se elas apenas brilham?
Mas já é alguma coisa
Para um coração tão sombrio.
Já é alguma coisa
Para alguém tão tristonho,
Que não se acostumou a ser tão somente
Sombra do sol do meio dia.
Nova Friburgo, 19 de Novembro de 2007 (12h15min).
Você não mais me quer.
Queixo-me aos pássaros.
Mas eles nada dizem.
Os pássaros apenas cantam
(E eu gosto de você, mulher!)
Eles apenas espantam
Esta angústia do meu peito
Pela falta que tenho de você
E dadas às circunstâncias
Concluo que não é pouco.
Sinto sua falta!
E que falta você me faz.
Vou reclamar com as estrelas
Mas como?
Se elas apenas brilham?
Mas já é alguma coisa
Para um coração tão sombrio.
Já é alguma coisa
Para alguém tão tristonho,
Que não se acostumou a ser tão somente
Sombra do sol do meio dia.
Nova Friburgo, 19 de Novembro de 2007 (12h15min).
CORDILHEIRA DO AMOR
A visão dos altos e baixos da serra à minha frente
Propõe-me na alternância de suas montanhas
A imagem do amor que toma conta da mente
E motiva a visão e revolve as entranhas...
O amor é sentimento que com suas ondulações
Quando no alto, se precipita, se não houver cuidado.
Mas, se palpita ardente em dois puros corações,
Quando no baixo, se eleva, até o céu estrelado.
E nessa cordilheira, que se estende pela vida
Eu prossigo, arborizado, respirando seus ares.
E seguindo alegremente, rompendo as dores da lida
Desfruto do amor sabores, das montanhas os pomares.
Sabendo que se embaixo, mais a frente se elevando
Tenho certa a esperança de dias que não são iguais.
Porém, se estou no alto, é sinal que estou amando
E que o sonho não acabou, não acabou jamais!
Monnerat, 19 de Novembro de 2007 (18h33min).
Propõe-me na alternância de suas montanhas
A imagem do amor que toma conta da mente
E motiva a visão e revolve as entranhas...
O amor é sentimento que com suas ondulações
Quando no alto, se precipita, se não houver cuidado.
Mas, se palpita ardente em dois puros corações,
Quando no baixo, se eleva, até o céu estrelado.
E nessa cordilheira, que se estende pela vida
Eu prossigo, arborizado, respirando seus ares.
E seguindo alegremente, rompendo as dores da lida
Desfruto do amor sabores, das montanhas os pomares.
Sabendo que se embaixo, mais a frente se elevando
Tenho certa a esperança de dias que não são iguais.
Porém, se estou no alto, é sinal que estou amando
E que o sonho não acabou, não acabou jamais!
Monnerat, 19 de Novembro de 2007 (18h33min).
CAOS ESCATOLÓGICO
No dorso nu da montanha
Não há gado pastando
Nem árvores sobressaindo
Ou aves nos céus voando.
No dorso nu da montanha
Há relva, gramínea seca;
Há um homem com marreta
E casebre se erigindo.
Nestas encostas da serra
Os meus olhos enxergam
As mãos de um Deus Criador
Que o mundo fez com perfeição.
Mas nestas mesmas encostas
Que têm belezas que cegam
Eu vejo com muita dor
Crateras da destruição.
É que no cimo da montanha
Chegaram homem e máquina
E com maldade tamanha
Provocaram desastre ecológico.
E lá do alto, bem acima do monte,
O Criador triste observa o desmonte
Que os homens fazem da Natureza
Enquanto se esvai toda a beleza...
Nova Friburgo, 19 de Novembro de 2007. (19h14min).
Não há gado pastando
Nem árvores sobressaindo
Ou aves nos céus voando.
No dorso nu da montanha
Há relva, gramínea seca;
Há um homem com marreta
E casebre se erigindo.
Nestas encostas da serra
Os meus olhos enxergam
As mãos de um Deus Criador
Que o mundo fez com perfeição.
Mas nestas mesmas encostas
Que têm belezas que cegam
Eu vejo com muita dor
Crateras da destruição.
É que no cimo da montanha
Chegaram homem e máquina
E com maldade tamanha
Provocaram desastre ecológico.
E lá do alto, bem acima do monte,
O Criador triste observa o desmonte
Que os homens fazem da Natureza
Enquanto se esvai toda a beleza...
Nova Friburgo, 19 de Novembro de 2007. (19h14min).
UM NOVO TEMPO
Meu coração está em angústia,
sente a dor de um tempo vazio.
Percebe o fracasso da humanidade,
o caos da ciência e da tecnologia...
E ao caminhar pela cidade
deparo-me com faces em demasia,
rostos mesmerizados pelo frenesi,
disfarçando da vida a sua ânsia.
Mas enquanto o perdido não cai em si,
de Cristo não tem sua abundância.
Meu coração vive a expectativa
das mudanças que se precisa ver
operando silente no imo das pessoas
para expulsar da ilusão estas loas
que impedem o progresso da civilização.
Mas esta humanidade de tez material
não aprendeu a viver cada dia seu mal
como algo que vem afrontar o coração.
E se curvou ao deus sabedoria
esquecida que Deus pedirá contas um dia...
Meu coração anseia por um novo tempo
em que o Espírito soprará seu vento,
e soprará nova vida sobre aquele que quiser
pra preencher os dias e espargir nova canção.
E a santidade vai chegar à vida de cada um
na construção de novos dias, um novo mundo
em que o relacionamento será profundo
e se perceberá a unidade desta família
onde todos com a bênção da cruz de Cristo
nos chamaremos apenas de irmão...
Nova Friburgo, 26 de Setembro de 2007. (20h30min).
sente a dor de um tempo vazio.
Percebe o fracasso da humanidade,
o caos da ciência e da tecnologia...
E ao caminhar pela cidade
deparo-me com faces em demasia,
rostos mesmerizados pelo frenesi,
disfarçando da vida a sua ânsia.
Mas enquanto o perdido não cai em si,
de Cristo não tem sua abundância.
Meu coração vive a expectativa
das mudanças que se precisa ver
operando silente no imo das pessoas
para expulsar da ilusão estas loas
que impedem o progresso da civilização.
Mas esta humanidade de tez material
não aprendeu a viver cada dia seu mal
como algo que vem afrontar o coração.
E se curvou ao deus sabedoria
esquecida que Deus pedirá contas um dia...
Meu coração anseia por um novo tempo
em que o Espírito soprará seu vento,
e soprará nova vida sobre aquele que quiser
pra preencher os dias e espargir nova canção.
E a santidade vai chegar à vida de cada um
na construção de novos dias, um novo mundo
em que o relacionamento será profundo
e se perceberá a unidade desta família
onde todos com a bênção da cruz de Cristo
nos chamaremos apenas de irmão...
Nova Friburgo, 26 de Setembro de 2007. (20h30min).
quarta-feira, dezembro 10, 2008
CONVITE À ADORAÇÃO
Solta esta voz, servo de Deus
libera o teu canto!
Por que te restringes em teu cantar:
não conheces Deus?
Não percebes que foste criado
para o louvor,
para adoração,
e que tudo seja em espírito e em verdade?
Solta esta voz, servo de Deus, libera!
Não percebes que o sentido da vida
a razão da existência,
e a permanência da esperança
que traz ao coração bonança
está no canto de fé de teu coração liberto?
Não compreendes que como tu -
os servos que Deus conquistou -
custaram o preço mais caro já pago por alguém?
Solta esta voz que se aprisiona na garganta!
Por que se omitir na proclamação
se teu canto é forma de anunciação
do que Deus tem feito em tua vida?
Não vês que Deus não se utiliza de outra voz que não a tua?
Não vês que ele te deu divina incumbência
(E por que tanta resistência?)
Se o teu cantar fará de tua adoração
testemunha viva do poder de Deus?
O mundo moderno quer fazer tua voz calar!
Há tantos que - já libertos - o pecado foram visitar:
e seus rostos perderam a expressão;
e seus olhos, o brilho;
e suas vozes, o canto;
esquecidos de que o Cristo de Deus é sua forma de amar...
Eles já não têm sentido para a vida,
ainda são como gado que caminha ao matadouro,
perdendo as pastagens,
perdendo as miragens dos sonhos.
Da vida desistindo por meio do sacrifício da fé!
Mas tu tens um sentido.
Deus em Cristo já te tirou da perdição
E agora caminhas com nova esperança
Trazendo paz e segurança
Em teu novo coração.
Por isso, servo de Deus, solta esta voz!
Entoa o canto da vitória,
cante os hinos da gratidão,
faça na terra os ensaios para a Glória,
pois tua vida terrena agora,
repleta de louvor e adoração...
É prenúncio dos tempos benditos,
quando nos céus todos os remidos
hão de sempre junto de Deus estar,
louvando e bendizendo Seu nome
já não mais passando qualquer fome
pois Deus nos será o próprio alimento.
Solta esta voz, servo de Deus, libera!
E diga para quem quiser ouvir:
- Na minha vida o louvor a Deus impera!
Nova Friburgo, 23 de Setembro de 2007. (6h28min).
libera o teu canto!
Por que te restringes em teu cantar:
não conheces Deus?
Não percebes que foste criado
para o louvor,
para adoração,
e que tudo seja em espírito e em verdade?
Solta esta voz, servo de Deus, libera!
Não percebes que o sentido da vida
a razão da existência,
e a permanência da esperança
que traz ao coração bonança
está no canto de fé de teu coração liberto?
Não compreendes que como tu -
os servos que Deus conquistou -
custaram o preço mais caro já pago por alguém?
Solta esta voz que se aprisiona na garganta!
Por que se omitir na proclamação
se teu canto é forma de anunciação
do que Deus tem feito em tua vida?
Não vês que Deus não se utiliza de outra voz que não a tua?
Não vês que ele te deu divina incumbência
(E por que tanta resistência?)
Se o teu cantar fará de tua adoração
testemunha viva do poder de Deus?
O mundo moderno quer fazer tua voz calar!
Há tantos que - já libertos - o pecado foram visitar:
e seus rostos perderam a expressão;
e seus olhos, o brilho;
e suas vozes, o canto;
esquecidos de que o Cristo de Deus é sua forma de amar...
Eles já não têm sentido para a vida,
ainda são como gado que caminha ao matadouro,
perdendo as pastagens,
perdendo as miragens dos sonhos.
Da vida desistindo por meio do sacrifício da fé!
Mas tu tens um sentido.
Deus em Cristo já te tirou da perdição
E agora caminhas com nova esperança
Trazendo paz e segurança
Em teu novo coração.
Por isso, servo de Deus, solta esta voz!
Entoa o canto da vitória,
cante os hinos da gratidão,
faça na terra os ensaios para a Glória,
pois tua vida terrena agora,
repleta de louvor e adoração...
É prenúncio dos tempos benditos,
quando nos céus todos os remidos
hão de sempre junto de Deus estar,
louvando e bendizendo Seu nome
já não mais passando qualquer fome
pois Deus nos será o próprio alimento.
Solta esta voz, servo de Deus, libera!
E diga para quem quiser ouvir:
- Na minha vida o louvor a Deus impera!
Nova Friburgo, 23 de Setembro de 2007. (6h28min).
TENHA VIDA EM JESUS
O homem que anda afastado de Deus
Sem ter comunhão por causa do pecado.
É alguém sem paz consigo e com os seus
Solitário no mundo e da paz isolado.
Para este indivíduo, a única solução
Que reconstrói vida e propõe esperança
É crer em Cristo de todo o coração
Pra alcançar perdão e desfrutar bonança.
Por isto, amigo, que ainda não se decidiu
A abandonar o passado e ter paz no futuro;
Cujos olhos não viram e nem sequer ouviu
Que pra chegar-se à luz e sair logo do escuro.
É preciso arrepender-se e buscar quem conduz
Faça a opção agora: “Tenha vida em Jesus!”
Nova Friburgo (Campo do Coelho), 23 de Agosto de 2007. (20h40min).
Sem ter comunhão por causa do pecado.
É alguém sem paz consigo e com os seus
Solitário no mundo e da paz isolado.
Para este indivíduo, a única solução
Que reconstrói vida e propõe esperança
É crer em Cristo de todo o coração
Pra alcançar perdão e desfrutar bonança.
Por isto, amigo, que ainda não se decidiu
A abandonar o passado e ter paz no futuro;
Cujos olhos não viram e nem sequer ouviu
Que pra chegar-se à luz e sair logo do escuro.
É preciso arrepender-se e buscar quem conduz
Faça a opção agora: “Tenha vida em Jesus!”
Nova Friburgo (Campo do Coelho), 23 de Agosto de 2007. (20h40min).
UMA CANÇÃO DE AMOR
Quando todos os homens depositarem suas armas,
como brotos no solo da pacificação
e não mais existirem espíritos sobressaltados;
quando ninguém mais armazenar rancores,
e o coração da humanidade for o solo dos amores
que como jardim bem cuidado aguarda a floração;
e tudo que receber a intervenção humana
for abençoado por esta busca de felicidade,
que promove singeleza no povo do campo
e enche de paz as gentes da cidade;
quando todos os seres forem alvo de atenção
e não houver privilégio para nenhum animal,
mas todos com justiça, tratados por igual;
e pássaros silvestres não forem engaiolados
nem mesmo os leões no aperto enjaulados
para - pura idiotice - só divertir os humanos;
quando as crianças puderem retornar as praças
e a vida de todos nós voltar a ter sua graça
com velhos passeando entre pessegueiros no pomar;
e todos os poluentes forem expulsos das fábricas
e não existirem no mundo mais matanças calábricas,
pois todos já respiram serenos o mesmo ar;
quando a mesmice abandonar o nosso cotidiano
e se perceber na velhice o descerrar do pano
da vida que pode amar, do nascer ao ocaso;
e amar for imperativo entre todas as nações
e a cidadania for ensinada dentre todas as noções
como a que não se prescinde, nem é obra do acaso;
- então, sim, entoarei, prazeroso, naquele instante
a canção de amor que me faz regozijante!
Nova Friburgo, 16 de Agosto de 2007. (15h26min).
como brotos no solo da pacificação
e não mais existirem espíritos sobressaltados;
quando ninguém mais armazenar rancores,
e o coração da humanidade for o solo dos amores
que como jardim bem cuidado aguarda a floração;
e tudo que receber a intervenção humana
for abençoado por esta busca de felicidade,
que promove singeleza no povo do campo
e enche de paz as gentes da cidade;
quando todos os seres forem alvo de atenção
e não houver privilégio para nenhum animal,
mas todos com justiça, tratados por igual;
e pássaros silvestres não forem engaiolados
nem mesmo os leões no aperto enjaulados
para - pura idiotice - só divertir os humanos;
quando as crianças puderem retornar as praças
e a vida de todos nós voltar a ter sua graça
com velhos passeando entre pessegueiros no pomar;
e todos os poluentes forem expulsos das fábricas
e não existirem no mundo mais matanças calábricas,
pois todos já respiram serenos o mesmo ar;
quando a mesmice abandonar o nosso cotidiano
e se perceber na velhice o descerrar do pano
da vida que pode amar, do nascer ao ocaso;
e amar for imperativo entre todas as nações
e a cidadania for ensinada dentre todas as noções
como a que não se prescinde, nem é obra do acaso;
- então, sim, entoarei, prazeroso, naquele instante
a canção de amor que me faz regozijante!
Nova Friburgo, 16 de Agosto de 2007. (15h26min).
ESTE É O TEMPO
Não é tempo mais de levar pombinha pra Deus
Não é tempo mais de sacrificar cordeirinho pra Deus
Não é tempo mais de oferta de cereais,
Hortelã, cominho ou algo mais
Se faltar seu coração.
Se faltar o sacrifício do seu eu
Num coração que prometeu
Amar a Deus sobre todas as coisas
Amar ao próximo como a si mesmo
E carregar a cruz.
De que adianta dizer que é seguidor de Jesus?
Se não faz do dia-a-dia uma oportunidade de mostrar
Que existe um Deus que está em todo lugar
E ama a todos incondicionalmente!
Se não estende a mão ao necessitado,
Se não seca as lágrimas do que chora,
Se seu ombro não é amigo dos que sofrem
E virando as costas tu vais embora?
Não é tempo mais de levar pombinha pra Deus
Não é tempo mais de sacrificar cordeirinho pra Deus
Não é tempo mais de oferta de cereais,
Hortelã, cominho ou algo mais
Se faltar seu coração.
Se faltar o sacrifício do seu eu
Num coração que prometeu
Amar a Deus sobre todas as coisas
Amar ao próximo como a si mesmo
E carregar a cruz.
De que adianta ir a Igreja todo domingo?
Se a Bíblia é mero adereço de mãos
E os ensinamentos do culto para Deus
Não se transformam em lição para a vida!
Se não tens palavras de consolação,
Se não esparges harmonia e pleno amor,
Se sua presença não devolve o sorriso
Ao rosto dos que no mundo sofrem dor?
Não é tempo mais de levar pombinha pra Deus
Não é tempo mais de sacrificar cordeirinho pra Deus
Não é tempo mais de oferta de cereais,
Hortelã, cominho ou algo mais
Se faltar seu coração.
Se faltar o sacrifício do seu eu
Num coração que prometeu
Amar a Deus sobre todas as coisas
Amar ao próximo como a si mesmo
E carregar a cruz.
Nova Friburgo, 02 de Agosto de 2007 (13h07min).
Não é tempo mais de sacrificar cordeirinho pra Deus
Não é tempo mais de oferta de cereais,
Hortelã, cominho ou algo mais
Se faltar seu coração.
Se faltar o sacrifício do seu eu
Num coração que prometeu
Amar a Deus sobre todas as coisas
Amar ao próximo como a si mesmo
E carregar a cruz.
De que adianta dizer que é seguidor de Jesus?
Se não faz do dia-a-dia uma oportunidade de mostrar
Que existe um Deus que está em todo lugar
E ama a todos incondicionalmente!
Se não estende a mão ao necessitado,
Se não seca as lágrimas do que chora,
Se seu ombro não é amigo dos que sofrem
E virando as costas tu vais embora?
Não é tempo mais de levar pombinha pra Deus
Não é tempo mais de sacrificar cordeirinho pra Deus
Não é tempo mais de oferta de cereais,
Hortelã, cominho ou algo mais
Se faltar seu coração.
Se faltar o sacrifício do seu eu
Num coração que prometeu
Amar a Deus sobre todas as coisas
Amar ao próximo como a si mesmo
E carregar a cruz.
De que adianta ir a Igreja todo domingo?
Se a Bíblia é mero adereço de mãos
E os ensinamentos do culto para Deus
Não se transformam em lição para a vida!
Se não tens palavras de consolação,
Se não esparges harmonia e pleno amor,
Se sua presença não devolve o sorriso
Ao rosto dos que no mundo sofrem dor?
Não é tempo mais de levar pombinha pra Deus
Não é tempo mais de sacrificar cordeirinho pra Deus
Não é tempo mais de oferta de cereais,
Hortelã, cominho ou algo mais
Se faltar seu coração.
Se faltar o sacrifício do seu eu
Num coração que prometeu
Amar a Deus sobre todas as coisas
Amar ao próximo como a si mesmo
E carregar a cruz.
Nova Friburgo, 02 de Agosto de 2007 (13h07min).
A ALEGRIA DE SER PAI
Do nada fez-se o riso, fez-se o espanto:
um filho é mais que tudo é outro tanto.
É emoção sentida, perdido olhar;
alguém a mais que Deus me deu pra’mar.
Um filho é o próprio ser em andamento;
é vida que se esvai com prosseguimento.
A chance da Natureza para a continuidade
de algo que por tão pouco é brevidade.
A alegria de ser pai brota espontânea
em rosto prenhe de luz tão momentânea
tornando o novel pai, de um prosador
em doce poeta, encabulado sonhador.
Do riso fez-se a lágrima de alegria,
no rosto do pai que fez do filho poesia!
Nova Friburgo, 02 de Agosto de 2007 (13h07min).
um filho é mais que tudo é outro tanto.
É emoção sentida, perdido olhar;
alguém a mais que Deus me deu pra’mar.
Um filho é o próprio ser em andamento;
é vida que se esvai com prosseguimento.
A chance da Natureza para a continuidade
de algo que por tão pouco é brevidade.
A alegria de ser pai brota espontânea
em rosto prenhe de luz tão momentânea
tornando o novel pai, de um prosador
em doce poeta, encabulado sonhador.
Do riso fez-se a lágrima de alegria,
no rosto do pai que fez do filho poesia!
Nova Friburgo, 02 de Agosto de 2007 (13h07min).
SOBRE O SILÊNCIO
Quando tudo acabar
restará somente o silêncio.
Quando nada mais existir
(e o caos voltar a reinar)
o silêncio voltará
a ocupar um lugar
junto com o vazio...
Se o silêncio ainda não chegou
- não tiver sido entronizado –
é porque o fim ainda não aconteceu!
Com o fim dos homens
cessam os barulhos
provocados pelos humanos.
O Espírito não provoca barulho;
o Espírito é silencioso!
(Elias aprendeu isto na
experiência da brisa
silenciosa da caverna...)
Mas ainda há o barulho da Natureza:
os sons das águas das cachoeiras;
das ondas revoltosas do mar;
dos ventos nas copas das árvores;
dos animais em movimento...
(Embora estes sons da Natureza
sejam como canções de Deus!)
Mas para que haja o silêncio pleno
tudo precisará cessar.
O silêncio só será entronizado
quando nada mais existir!
Aí, então, virá o fim!
E o fim,
como o começo,
É DEUS!
Nova Friburgo, 22 de Julho de 2007 (6h35min).
restará somente o silêncio.
Quando nada mais existir
(e o caos voltar a reinar)
o silêncio voltará
a ocupar um lugar
junto com o vazio...
Se o silêncio ainda não chegou
- não tiver sido entronizado –
é porque o fim ainda não aconteceu!
Com o fim dos homens
cessam os barulhos
provocados pelos humanos.
O Espírito não provoca barulho;
o Espírito é silencioso!
(Elias aprendeu isto na
experiência da brisa
silenciosa da caverna...)
Mas ainda há o barulho da Natureza:
os sons das águas das cachoeiras;
das ondas revoltosas do mar;
dos ventos nas copas das árvores;
dos animais em movimento...
(Embora estes sons da Natureza
sejam como canções de Deus!)
Mas para que haja o silêncio pleno
tudo precisará cessar.
O silêncio só será entronizado
quando nada mais existir!
Aí, então, virá o fim!
E o fim,
como o começo,
É DEUS!
Nova Friburgo, 22 de Julho de 2007 (6h35min).
PRA SER UM CONTIGO
Se é pra ser um contigo
Se é para somar...
Vou sempre te querer
Vou sempre te amar!
Se é pra ser um contigo
Para ser uma só carne.
Vou abrir mão do meu ego
Até que o “eu” se desarme...
Se é pra ser um contigo
E tudo pra ser feliz.
Mesmo que não consiga
Viver o que sempre quis...
Vou construir nossa história
História de vida a dois.
E fazer a trajetória
Do antes e do depois.
Pois se é pra ser um contigo
Amalgamado em teu ser
Sei que serás uma comigo
E feliz nosso viver.
Nova Friburgo, 20 de Junho de 2007 (16h05min).
Se é para somar...
Vou sempre te querer
Vou sempre te amar!
Se é pra ser um contigo
Para ser uma só carne.
Vou abrir mão do meu ego
Até que o “eu” se desarme...
Se é pra ser um contigo
E tudo pra ser feliz.
Mesmo que não consiga
Viver o que sempre quis...
Vou construir nossa história
História de vida a dois.
E fazer a trajetória
Do antes e do depois.
Pois se é pra ser um contigo
Amalgamado em teu ser
Sei que serás uma comigo
E feliz nosso viver.
Nova Friburgo, 20 de Junho de 2007 (16h05min).
DOR PRA SER SENTIDA
Manda o senso comum fugir da dor.
Do populacho a elite ninguém a quer sentir...
É como visita indesejada e sem sabor:
Mal chega e já queremos vê-la partir!
Mas, que inimiga a dor, tão mal vista;
Tão desprezada esta cruel infame.
Surge repentina, sem dar qualquer pista,
Sem rodeios ou flerte como alguém que ame!
A dor, porém, existe para ser sentida.
Quase sempre eliminá-la é sofrer a mais;
É acrescentar ainda angústia nesta vida.
Quem não quer a dor não quer crescer jamais,
Pois cada dor sentida é forte aprendizado
De que a paz se encontra logo ali do outro lado.
Nova Friburgo, 20 de Junho de 2007 (19h50min).
Do populacho a elite ninguém a quer sentir...
É como visita indesejada e sem sabor:
Mal chega e já queremos vê-la partir!
Mas, que inimiga a dor, tão mal vista;
Tão desprezada esta cruel infame.
Surge repentina, sem dar qualquer pista,
Sem rodeios ou flerte como alguém que ame!
A dor, porém, existe para ser sentida.
Quase sempre eliminá-la é sofrer a mais;
É acrescentar ainda angústia nesta vida.
Quem não quer a dor não quer crescer jamais,
Pois cada dor sentida é forte aprendizado
De que a paz se encontra logo ali do outro lado.
Nova Friburgo, 20 de Junho de 2007 (19h50min).
TENTATIVA DE POEMA
O meu poema não é feito de muita matéria.
Apenas alguns papéis e umas tantas palavras.
Peguei também uns retratos e depois guardei:
Depois que aquela gente esquecida nas imagens
me fez lembrar o tempo de ontem que não volta...
Com pouca matéria fiz o meu poema.
Fiz o meu poema com a recordação
da vovó Rute e do vovô que já partiu.
Meu poema tem mais recordações que matéria.
Ele é feito de sentimentos e lá está também mamãe
com seus cabelos brancos e finos.
E deu vontade de chorar essa saudade ainda não inaugurada.
Tem pouca matéria o meu poema e muita recordação.
Construí meu poema com sentimentos
e tudo isso fez-me rever valores esquecidos.
Se na vida não há amor e virtudes várias
podem as sopraninos cantar suas árias
que o coração da gente continua duro
e a face seca de lágrimas que não vieram.
Meu poema tem pouca matéria e muito sentimento.
Conclui o meu poema no papel, mas senti-o inacabado:
a vida toda é um poema quando se é abençoado
pelo sopro do Amor que no peito bate forte.
Continuarei a rever retratos e a sentir saudades;
deixarei em mim o Bem expulsar maldades;
e a conclusão do Poema para após a morte.
Nova Friburgo, 10 de Junho de 2007 (10h15min).
Apenas alguns papéis e umas tantas palavras.
Peguei também uns retratos e depois guardei:
Depois que aquela gente esquecida nas imagens
me fez lembrar o tempo de ontem que não volta...
Com pouca matéria fiz o meu poema.
Fiz o meu poema com a recordação
da vovó Rute e do vovô que já partiu.
Meu poema tem mais recordações que matéria.
Ele é feito de sentimentos e lá está também mamãe
com seus cabelos brancos e finos.
E deu vontade de chorar essa saudade ainda não inaugurada.
Tem pouca matéria o meu poema e muita recordação.
Construí meu poema com sentimentos
e tudo isso fez-me rever valores esquecidos.
Se na vida não há amor e virtudes várias
podem as sopraninos cantar suas árias
que o coração da gente continua duro
e a face seca de lágrimas que não vieram.
Meu poema tem pouca matéria e muito sentimento.
Conclui o meu poema no papel, mas senti-o inacabado:
a vida toda é um poema quando se é abençoado
pelo sopro do Amor que no peito bate forte.
Continuarei a rever retratos e a sentir saudades;
deixarei em mim o Bem expulsar maldades;
e a conclusão do Poema para após a morte.
Nova Friburgo, 10 de Junho de 2007 (10h15min).
TRIBUTO A MACAÉ
Dedicada a Primeira Igreja Batista de Macaé
na passagem de seus 109 anos de organização eclesiástica.
Hoje não quero falar de flores, não quero!
Nem mesmo de pássaros voando no céu.
Desejo falar de sementes no solo e espero
O brotar de canção que desvende seu véu.
Macaé é cidade heróica de tempo antanho
Nome que a história sagrou como afetivo:
O fruto doce da Macabaíba sem tamanho
Ou o termo “Mag-hé” do curumim primitivo.
Há um fruto mais precioso que o da macaba,
Centenárias palmeiras imperiais viram nascer:
Vem de Cristo o alimento que não se acaba.
Oh, batistas macaenses em todo o seu viver,
E no aniversário da Primeira Igreja Batista,
Celebrai de perto a Cristo, vossa conquista!
Macaé, 13 de Maio de 2007 (8h).
na passagem de seus 109 anos de organização eclesiástica.
Hoje não quero falar de flores, não quero!
Nem mesmo de pássaros voando no céu.
Desejo falar de sementes no solo e espero
O brotar de canção que desvende seu véu.
Macaé é cidade heróica de tempo antanho
Nome que a história sagrou como afetivo:
O fruto doce da Macabaíba sem tamanho
Ou o termo “Mag-hé” do curumim primitivo.
Há um fruto mais precioso que o da macaba,
Centenárias palmeiras imperiais viram nascer:
Vem de Cristo o alimento que não se acaba.
Oh, batistas macaenses em todo o seu viver,
E no aniversário da Primeira Igreja Batista,
Celebrai de perto a Cristo, vossa conquista!
Macaé, 13 de Maio de 2007 (8h).
QUANDO O VERÃO FOR EMBORA...
Quando o verão for embora e já não fizer calor;
o sol não for mais inclemente e nem abrasador.
Quando o bate-papo do portão se escassear
e todos se recolherem à casa pra descansar...
Quando a alegre algazarra, da criançada em farra,
já não mais se fizer presente aqui na vida da gente.
E os namoricos de portão, tão presentes na estação,
derem lugar a ruas sóbrias sem as artes do coração.
Quando as luzes dos postes se apagarem todas,
e o breu tomar o céu como em densas negras bodas.
Quando nos cantos de muros por casais abençoados
já não mais se entrevirem uns corações enamorados.
Quando o verão for embora e ralentar o amor;
as folhas salpicarem o chão de um tapete voador.
Quando faltar a alegria pra subir junto com o vento
e a mente se embotar tão triste pelo tormento.
E não existir esperança nem crianças pela rua;
o sonho se acabar e secar o orvalho da manhã.
Quando faltar brilho d’olhos que no alto vêem a lua
e não mais repousar a retina no foco do amanhã.
Então, quando o verão acabar e com ele vier dor,
o jovem que sonha com a vida terá que responder,
antes que se acabe a brisa do último ventilador:
- Que farei com este frio, que será do meu viver?
Nova Friburgo, 30 de Abril de 2007 (9h58min).
o sol não for mais inclemente e nem abrasador.
Quando o bate-papo do portão se escassear
e todos se recolherem à casa pra descansar...
Quando a alegre algazarra, da criançada em farra,
já não mais se fizer presente aqui na vida da gente.
E os namoricos de portão, tão presentes na estação,
derem lugar a ruas sóbrias sem as artes do coração.
Quando as luzes dos postes se apagarem todas,
e o breu tomar o céu como em densas negras bodas.
Quando nos cantos de muros por casais abençoados
já não mais se entrevirem uns corações enamorados.
Quando o verão for embora e ralentar o amor;
as folhas salpicarem o chão de um tapete voador.
Quando faltar a alegria pra subir junto com o vento
e a mente se embotar tão triste pelo tormento.
E não existir esperança nem crianças pela rua;
o sonho se acabar e secar o orvalho da manhã.
Quando faltar brilho d’olhos que no alto vêem a lua
e não mais repousar a retina no foco do amanhã.
Então, quando o verão acabar e com ele vier dor,
o jovem que sonha com a vida terá que responder,
antes que se acabe a brisa do último ventilador:
- Que farei com este frio, que será do meu viver?
Nova Friburgo, 30 de Abril de 2007 (9h58min).
NÃO HÁ SORTE NESTE NEGÓCIO DE VIVER
As horas se perderam na madrugada.
Não há relógios.
Só seres maltrapilhos
que se misturam às ratazanas.
Em algum lugar do Rio de Janeiro
a lua brilha.
E os vultos se movimentam.
E o odor explode nauseabundo.
Em algum lugar do Rio de Janeiro
o vento sopra.
E as ratazanas disputam restos de comida
com estes bípedes humanos.
Então, um menino,
demasiadamente magro para ser gente.
tão fraco, tão débil para trabalhar,
carrega sacos de lixo –
a reciclagem da esperança de futuro
levada às últimas conseqüências –
em algum lugar do Rio de Janeiro.
Todos se preparam alvoroçadamente para o espetáculo da vida...
Nova Friburgo, 18 de Abril de 2007 (21h35min).
Não há relógios.
Só seres maltrapilhos
que se misturam às ratazanas.
Em algum lugar do Rio de Janeiro
a lua brilha.
E os vultos se movimentam.
E o odor explode nauseabundo.
Em algum lugar do Rio de Janeiro
o vento sopra.
E as ratazanas disputam restos de comida
com estes bípedes humanos.
Então, um menino,
demasiadamente magro para ser gente.
tão fraco, tão débil para trabalhar,
carrega sacos de lixo –
a reciclagem da esperança de futuro
levada às últimas conseqüências –
em algum lugar do Rio de Janeiro.
Todos se preparam alvoroçadamente para o espetáculo da vida...
Nova Friburgo, 18 de Abril de 2007 (21h35min).
sexta-feira, dezembro 05, 2008
SE FOR PARA LEMBRAR...
Sei que dia desses, quando partir
Alguns amigos meus e das poesias
Irão chorar e vão também sentir
E não vejo nisto demagogias...
Nem tanto a ausência da pessoa
Mas o estancar daquelas palavras
Que algum coração emocionou
E houve quem quisesse eternizar
Em jóia rara de ourives...
Mas, de que adiantará naquela ausência
A homenagem solene, porém, póstuma?
Se tiver que me alegrar
É pra fazê-lo aqui!
Pra sorrir ou pra chorar
Foi por isso que vivi.
Se tiver que me emocionar
É pra fazê-lo agora!
Depois, é só fazer lembrar:
Já terei ido embora...
Nova Friburgo, 17 de Abril de 2007 (16h).
Alguns amigos meus e das poesias
Irão chorar e vão também sentir
E não vejo nisto demagogias...
Nem tanto a ausência da pessoa
Mas o estancar daquelas palavras
Que algum coração emocionou
E houve quem quisesse eternizar
Em jóia rara de ourives...
Mas, de que adiantará naquela ausência
A homenagem solene, porém, póstuma?
Se tiver que me alegrar
É pra fazê-lo aqui!
Pra sorrir ou pra chorar
Foi por isso que vivi.
Se tiver que me emocionar
É pra fazê-lo agora!
Depois, é só fazer lembrar:
Já terei ido embora...
Nova Friburgo, 17 de Abril de 2007 (16h).
RETINIGRAFIA XIX
O sinal amarelou rápido
enquanto os carros tentavam parar.
A pista molhada
comprometeu os freios.
E a vida prossegue porque
naquele dia todos estavam atentos.
Nova Friburgo, 21 de Março de 2007 (20h50min).
enquanto os carros tentavam parar.
A pista molhada
comprometeu os freios.
E a vida prossegue porque
naquele dia todos estavam atentos.
Nova Friburgo, 21 de Março de 2007 (20h50min).
RETINIGRAFIA XVIII
O carro perdeu o freio
na descida íngreme do morro.
As crianças fazem à algazarra
do medo que as acomete.
Enquanto isso o marido desvira
o veículo tombado
para retirar a esposa que chora.
Nova Friburgo, 21 de Março de 2007 (20h44min).
na descida íngreme do morro.
As crianças fazem à algazarra
do medo que as acomete.
Enquanto isso o marido desvira
o veículo tombado
para retirar a esposa que chora.
Nova Friburgo, 21 de Março de 2007 (20h44min).
RETINIGRAFIA XVII
O rio desce sereno
pelo leito quase seco.
Não há corredeiras:
apenas desaguadouros
das veredas.
A vertigem toma conta
de quem mira o lento rio
sobre a ponte branca.
Nova Friburgo, 21 de Março de 2007 (20h39min).
pelo leito quase seco.
Não há corredeiras:
apenas desaguadouros
das veredas.
A vertigem toma conta
de quem mira o lento rio
sobre a ponte branca.
Nova Friburgo, 21 de Março de 2007 (20h39min).
RETINIGRAFIA XVI
Os faróis projetam luminosidade
no horizonte do destino.
O carro transita seguro
pela estrada deserta.
Um gambá atravessou fora da faixa
e ficou estendido como tapete no asfalto.
Nova Friburgo, 21 de Março de 2007 (20h35min).
no horizonte do destino.
O carro transita seguro
pela estrada deserta.
Um gambá atravessou fora da faixa
e ficou estendido como tapete no asfalto.
Nova Friburgo, 21 de Março de 2007 (20h35min).
RETINIGRAFIA XV
O motorista sobe
na boléia do caminhão
e zarpa estrada afora.
Há uma noite longa
de asfalto pela frente.
Mas quando raiar o dia
anseia pelo descanso sereno
do dever cumprido.
Nova Friburgo, 21 de Março de 2007 (20h30min).
na boléia do caminhão
e zarpa estrada afora.
Há uma noite longa
de asfalto pela frente.
Mas quando raiar o dia
anseia pelo descanso sereno
do dever cumprido.
Nova Friburgo, 21 de Março de 2007 (20h30min).
RETINIGRAFIA XIV
A chuva cai mansamente
no breu da noite que vem.
A cidade mergulha no silêncio
da pausa do ronco dos motores.
Alguns pedestres caminham esperanças
sob marquises mal iluminadas.
Nova Friburgo, 21 de Março de 2007 (20h25min).
no breu da noite que vem.
A cidade mergulha no silêncio
da pausa do ronco dos motores.
Alguns pedestres caminham esperanças
sob marquises mal iluminadas.
Nova Friburgo, 21 de Março de 2007 (20h25min).
RETINIGRAFIA XIII
Um sonido incerto se faz
ouvir na madrugada.
Não é o apito da fábrica
nem a sirene dos bombeiros.
Um alegre torcedor comemora
solitário a vitória de seu time.
Nova Friburgo, 16 de Março de 2007 (20h42min).
ouvir na madrugada.
Não é o apito da fábrica
nem a sirene dos bombeiros.
Um alegre torcedor comemora
solitário a vitória de seu time.
Nova Friburgo, 16 de Março de 2007 (20h42min).
quinta-feira, dezembro 04, 2008
RETINIGRAFIA XII
A algazarra estudantil
sacoleja o ponto de ônibus.
Os coletivos se sucedem
na fila que se forma retilínea.
Mas nem a buzina insistente
desperta a garotada: vão esperar
o próximo porque é tão bom
estar próximo da namorada!
Nova Friburgo, 16 de Março de 2007 (20h33min).
sacoleja o ponto de ônibus.
Os coletivos se sucedem
na fila que se forma retilínea.
Mas nem a buzina insistente
desperta a garotada: vão esperar
o próximo porque é tão bom
estar próximo da namorada!
Nova Friburgo, 16 de Março de 2007 (20h33min).
RETINIGRAFIA XI
Fim de aula e o ponto de ônibus
superlotado de estudantes
fervilha alegria.
O burburinho dos namoricos
assemelha a pardalhada se
acomodando para a noite nas árvores.
Parece exagero, mas pelo que observo,
já há alguns pensando em acasalamento.
Nova Friburgo, 16 de Março de 2007 (20h25min).
superlotado de estudantes
fervilha alegria.
O burburinho dos namoricos
assemelha a pardalhada se
acomodando para a noite nas árvores.
Parece exagero, mas pelo que observo,
já há alguns pensando em acasalamento.
Nova Friburgo, 16 de Março de 2007 (20h25min).
RETINIGRAFIA X
A criançada toma conta da praça
no calor do verão.
E a bola rolando solta
faz a alegria da molecada.
Mas a senhora gordinha
solta um palavrão
quando a bola perdida
lhe atinge a cara...
Nova Friburgo, 16 de Março de 2007 (20h18min).
no calor do verão.
E a bola rolando solta
faz a alegria da molecada.
Mas a senhora gordinha
solta um palavrão
quando a bola perdida
lhe atinge a cara...
Nova Friburgo, 16 de Março de 2007 (20h18min).
RETINIGRAFIA IX
A moça encolhida no banco
prende a bolsa contra o peito.
A face assustada passeia
olhares para os lados.
O namorado mais uma vez furou
e ela somente pisca para o estranho.
Nova Friburgo, 16 de Março de 2007 (20h12min).
prende a bolsa contra o peito.
A face assustada passeia
olhares para os lados.
O namorado mais uma vez furou
e ela somente pisca para o estranho.
Nova Friburgo, 16 de Março de 2007 (20h12min).
RETINIGRAFIA VIII
O breu esconde certezas;
mascara realidades.
O medo sai de casa
e passeia pelas ruas
de mãos dadas com a ansiedade.
Tropeço na tampa mal fechada
do bueiro álacre
e espatifo desesperos no chão.
Nova Friburgo, 16 de Março de 2007 (20h05min).
mascara realidades.
O medo sai de casa
e passeia pelas ruas
de mãos dadas com a ansiedade.
Tropeço na tampa mal fechada
do bueiro álacre
e espatifo desesperos no chão.
Nova Friburgo, 16 de Março de 2007 (20h05min).
RETINIGRAFIA VII
O boteco abre as portas
ao cair da noite.
As cadeiras e mesas
da cervejaria vão sendo
espalhadas pela calçada.
Os pedestres são
empurrados para a rua
e uma criança morre atropelada.
Nova Friburgo, 16 de Março de 2007 (19h58min).
ao cair da noite.
As cadeiras e mesas
da cervejaria vão sendo
espalhadas pela calçada.
Os pedestres são
empurrados para a rua
e uma criança morre atropelada.
Nova Friburgo, 16 de Março de 2007 (19h58min).
RETINIGRAFIA VI
A luz do poste acende
repentinamente
na escuridão.
Embaixo o bêbado
se equilibra sonolento
em pernas frágeis.
Um cachorro magro
passa latindo tristonho.
Nova Friburgo, 16 de Março de 2007 (19h53min).
repentinamente
na escuridão.
Embaixo o bêbado
se equilibra sonolento
em pernas frágeis.
Um cachorro magro
passa latindo tristonho.
Nova Friburgo, 16 de Março de 2007 (19h53min).
RETINIGRAFIA V
O fim de noite acompanha
a volta dos operários
às suas casas.
A fome abastece
a mente já inquieta.
E a barriga vazia
ronca presságios
de uma noite insone.
Nova Friburgo, 16 de Março de 2007 (19h45min).
a volta dos operários
às suas casas.
A fome abastece
a mente já inquieta.
E a barriga vazia
ronca presságios
de uma noite insone.
Nova Friburgo, 16 de Março de 2007 (19h45min).
RETINIGRAFIA IV
No ônibus os sonolentos
descansam a dor
da alma que ainda espera
um vago sorrir.
Mas os sulcos da existência
deixaram marcas
nas faces frustradas.
E o sorriso desdentado
é o que restou no rosto do velho...
Nova Friburgo, 16 de Março de 2007 (19h35min).
descansam a dor
da alma que ainda espera
um vago sorrir.
Mas os sulcos da existência
deixaram marcas
nas faces frustradas.
E o sorriso desdentado
é o que restou no rosto do velho...
Nova Friburgo, 16 de Março de 2007 (19h35min).
terça-feira, novembro 18, 2008
RETINIGRAFIA III
O comércio está
cerrando as portas.
E a cidade se
silencia para ouvir
só o canto das estrelas.
Mas o canto se faz lamento
naquele paisagem:
o dia foi de muita poluição!
Nova Friburgo, 16 de Março de 2007 (19h29min).
cerrando as portas.
E a cidade se
silencia para ouvir
só o canto das estrelas.
Mas o canto se faz lamento
naquele paisagem:
o dia foi de muita poluição!
Nova Friburgo, 16 de Março de 2007 (19h29min).
RETINIGRAFIA II
A rua apertada, escura,
esconde mistérios...
E os paralelepípedos
se sucedem
como um jogo de amarelinha.
Mas são muitas casas
para chegar aos céus,
e o bandido acaba
me apontando a arma antes.
Nova Friburgo, 16 de Março de 2007 (19h21min).
esconde mistérios...
E os paralelepípedos
se sucedem
como um jogo de amarelinha.
Mas são muitas casas
para chegar aos céus,
e o bandido acaba
me apontando a arma antes.
Nova Friburgo, 16 de Março de 2007 (19h21min).
RETINIGRAFIA I
A cidade, à noite,
tem luzes que
acendem sonhos.
Quando a manhã chega
e o sol desponta,
quantos perdem a esperança?
Mas o mendigo
que acorda naquele instante –
sujo da noite fria e viscosa –
acha uma moeda perdida.
Nova Friburgo, 16 de Março de 2007 (19h14min).
tem luzes que
acendem sonhos.
Quando a manhã chega
e o sol desponta,
quantos perdem a esperança?
Mas o mendigo
que acorda naquele instante –
sujo da noite fria e viscosa –
acha uma moeda perdida.
Nova Friburgo, 16 de Março de 2007 (19h14min).
QUERO UMA GOTA DE COLÍRIO
Quero uma gota de colírio;
uma gota apenas.
Quero a gota aliviadora
que alivia a dor.
E a gente adora
porque mandou a dor embora...
Quero uma gota de colírio;
somente uma.
Em meu olho não cabe espuma,
não cabe pluma.
Não cabe mais que uma gota
de colírio que meu ser arruma...
Quero uma gota de colírio.
Somente uma é suficiente.
O excedente
pode mudar de plano,
chegar ao nariz por engano,
e entrar na corrente sangüínea...
Quero uma gota de colírio;
uma gota apenas.
E esta instilação
tem que ser suave, serena,
pois estou à busca de vida plena
que me acalme o coração...
Quero uma gota de colírio;
aquela que basta.
Não quero sentir gosto ruim na boca
e nem na garganta.
Quero uma alma que canta
e um coração que se encanta
com a paz...
Quero uma gota de colírio.
Colírio para os olhos.
Para os olhos da alma
uma gota apenas basta!
É uma gota de paz, uma gota de amor.
Gota poli-eficiente.
É a gota do sangue de Jesus
derramado na cruz,
para que eu possa caminhar
olhando para Cristo.
Nova Friburgo, 10 de Fevereiro de 2007 (17h37min).
uma gota apenas.
Quero a gota aliviadora
que alivia a dor.
E a gente adora
porque mandou a dor embora...
Quero uma gota de colírio;
somente uma.
Em meu olho não cabe espuma,
não cabe pluma.
Não cabe mais que uma gota
de colírio que meu ser arruma...
Quero uma gota de colírio.
Somente uma é suficiente.
O excedente
pode mudar de plano,
chegar ao nariz por engano,
e entrar na corrente sangüínea...
Quero uma gota de colírio;
uma gota apenas.
E esta instilação
tem que ser suave, serena,
pois estou à busca de vida plena
que me acalme o coração...
Quero uma gota de colírio;
aquela que basta.
Não quero sentir gosto ruim na boca
e nem na garganta.
Quero uma alma que canta
e um coração que se encanta
com a paz...
Quero uma gota de colírio.
Colírio para os olhos.
Para os olhos da alma
uma gota apenas basta!
É uma gota de paz, uma gota de amor.
Gota poli-eficiente.
É a gota do sangue de Jesus
derramado na cruz,
para que eu possa caminhar
olhando para Cristo.
Nova Friburgo, 10 de Fevereiro de 2007 (17h37min).
EXAMES
Consultar.
Fazer jejum.
Dormir.
Acordar.
Defecar.
Urinar.
(estes dois últimos,
não necessariamente
nesta ordem).
Potes de prontidão.
Tomar o táxi.
Sobre a mesa
do doutor
os potes.
Encaminhamento
para o laboratório.
Picada.
Sangue.
Careta.
Ausência.
(o enfermeiro
saiu da sala).
As fezes
e a urina
já foram.
Prontuário.
Aguardar resultados.
Pegar
no dia aprazado.
Ler e não entender.
Voltar ao médico.
Análise.
Silêncio.
Olhos nos olhos...
Fazer tudo de novo.
Deu tudo errado.
Porque a saúde pública no Brasil
está uma merda!
Nova Friburgo, 16 de Janeiro de 2007 (9h18min).
Fazer jejum.
Dormir.
Acordar.
Defecar.
Urinar.
(estes dois últimos,
não necessariamente
nesta ordem).
Potes de prontidão.
Tomar o táxi.
Sobre a mesa
do doutor
os potes.
Encaminhamento
para o laboratório.
Picada.
Sangue.
Careta.
Ausência.
(o enfermeiro
saiu da sala).
As fezes
e a urina
já foram.
Prontuário.
Aguardar resultados.
Pegar
no dia aprazado.
Ler e não entender.
Voltar ao médico.
Análise.
Silêncio.
Olhos nos olhos...
Fazer tudo de novo.
Deu tudo errado.
Porque a saúde pública no Brasil
está uma merda!
Nova Friburgo, 16 de Janeiro de 2007 (9h18min).
SISIFUTRICA
O que sustenta
a enorme pedra
é um barro vermelho
cujo amálgama
são os arbustos, as árvores
e a geografia do entorno:
o menino colheu os morangos silvestres;
o boi pastou o capim gordura;
o micro-empresário transformou os eucaliptos
em dois ou três caminhões de lenha;
as águas da chuva se encarregaram
de levar o barro vermelho...
A pedra soltou-se,
rolou
e está vindo aí!
Nova Friburgo, 13 de Janeiro de 2007 (10h40min).
a enorme pedra
é um barro vermelho
cujo amálgama
são os arbustos, as árvores
e a geografia do entorno:
o menino colheu os morangos silvestres;
o boi pastou o capim gordura;
o micro-empresário transformou os eucaliptos
em dois ou três caminhões de lenha;
as águas da chuva se encarregaram
de levar o barro vermelho...
A pedra soltou-se,
rolou
e está vindo aí!
Nova Friburgo, 13 de Janeiro de 2007 (10h40min).
quinta-feira, outubro 16, 2008
MOMENTOS
I
As chuvas pararam
e agora a água
densa e barrenta
rola apressada
no leito do rio.
Rola a água
rolam os galhos
arrancados à força
mesmo com o choro das árvores.
Rola a vida
porque as pedras polidas
na insistência das chuvas
são mais que seixos largados no chão:
são indicadores de que a vida precisa
seguir seu rumo...
II
Um cachorro passa
com a focinheira incômoda.
Guarda breve distância
do dono que caminha atrás.
O menino apressado
caminha à frente.
Não desprega os olhos
do pitt-bull:
tem medo de uma surpresa
desagradável.
As enchentes baixaram o moral
de muita gente.
Foi o presente de Ano Novo
pra quem só viu barranco
dar o arranque
dessa corrida maluca
pela sobrevivência.
A população foi pega de surpresa
pela chuva torrencial.
III
As folhas
das árvores
verdes,
viçosas,
baloiçam
ao vento...
Em seus galhos
um amarelo
canário da terra
(magrelo
de tão belo)
solta o canto
que não emperra.
Por que canta
o canário
à beira do rio?
IV
O canto do pássaro livre
após chuvas de verão
insiste em proclamar paz
e até celebração.
O trinado estridente
ecoa nos ares uns sons...
E do meio das folhagens verdes
o amarelo pássaro voa
espalhando pelo éter
sua canção de esperança.
Só agora percebo o céu
de um azul dantesco.
E no firmamento o sol
que assume seu esplendor!
Nova Friburgo, 13 de Janeiro de 2007 (10h15min).
As chuvas pararam
e agora a água
densa e barrenta
rola apressada
no leito do rio.
Rola a água
rolam os galhos
arrancados à força
mesmo com o choro das árvores.
Rola a vida
porque as pedras polidas
na insistência das chuvas
são mais que seixos largados no chão:
são indicadores de que a vida precisa
seguir seu rumo...
II
Um cachorro passa
com a focinheira incômoda.
Guarda breve distância
do dono que caminha atrás.
O menino apressado
caminha à frente.
Não desprega os olhos
do pitt-bull:
tem medo de uma surpresa
desagradável.
As enchentes baixaram o moral
de muita gente.
Foi o presente de Ano Novo
pra quem só viu barranco
dar o arranque
dessa corrida maluca
pela sobrevivência.
A população foi pega de surpresa
pela chuva torrencial.
III
As folhas
das árvores
verdes,
viçosas,
baloiçam
ao vento...
Em seus galhos
um amarelo
canário da terra
(magrelo
de tão belo)
solta o canto
que não emperra.
Por que canta
o canário
à beira do rio?
IV
O canto do pássaro livre
após chuvas de verão
insiste em proclamar paz
e até celebração.
O trinado estridente
ecoa nos ares uns sons...
E do meio das folhagens verdes
o amarelo pássaro voa
espalhando pelo éter
sua canção de esperança.
Só agora percebo o céu
de um azul dantesco.
E no firmamento o sol
que assume seu esplendor!
Nova Friburgo, 13 de Janeiro de 2007 (10h15min).
AUTO-CRÍTICA
mudei
se já é público e notório:
não sei!
pequenas coisas estou fazendo.
outras,
parei!
começo o ano com novo ânimo.
estou cheio
de boas intenções.
quero viver o melhor
e purificar-me!
mas tem um saco
de lixo
abandonado no portão
de minha casa.
Nova Friburgo, 13 de Janeiro de 2007 (10h35min).
se já é público e notório:
não sei!
pequenas coisas estou fazendo.
outras,
parei!
começo o ano com novo ânimo.
estou cheio
de boas intenções.
quero viver o melhor
e purificar-me!
mas tem um saco
de lixo
abandonado no portão
de minha casa.
Nova Friburgo, 13 de Janeiro de 2007 (10h35min).
ORAÇÃO DA FAMÍLIA
Senhor!
Que a chaleira sempre apite
Uma água fervendo;
Enquanto houver um amigo
Para tomar um café preto com a gente.
Que a brisa do vento
Sempre encontre uma janela aberta
Para atravessar toda a casa e espalhar
O perfume da esposa após o banho da noite.
Que haja sempre brinquedos
Espalhados pelos corredores
A indicar que filhos, netos e bisnetos
(ou ainda alguma criança amiga)
Povoam nosso lar de irreverência infantil.
Que o forno tenha a chance de ser
Aquecido de tempos em tempos
Para produzir uma gostosa broa de milho,
Fruto da criatividade culinária
De quem tem junto um sorriso para oferecer fora do pires.
Que haja sempre um sofá,
Mesmo que velho e recoberto de um pano rejuvenescedor,
Para abrigar nossos corpos e nossas vozes
Em um diálogo franco e criativo,
Tendo a televisão desligada.
Que a falta de água do verão
Não impeça de se produzir beijos molhados
E se dar abraços apertados
Multiplicando afeto por todas as estações.
E que, acima de tudo, haja sempre canções
A serem entoadas por corações agradecidos
Pela vida e pelo amor
Que começou em ti e que tocou os que
Simplesmente acreditaram no Eterno.
Amém!
Rio de Janeiro, 11 de Janeiro de 2007 (15h43min).
Que a chaleira sempre apite
Uma água fervendo;
Enquanto houver um amigo
Para tomar um café preto com a gente.
Que a brisa do vento
Sempre encontre uma janela aberta
Para atravessar toda a casa e espalhar
O perfume da esposa após o banho da noite.
Que haja sempre brinquedos
Espalhados pelos corredores
A indicar que filhos, netos e bisnetos
(ou ainda alguma criança amiga)
Povoam nosso lar de irreverência infantil.
Que o forno tenha a chance de ser
Aquecido de tempos em tempos
Para produzir uma gostosa broa de milho,
Fruto da criatividade culinária
De quem tem junto um sorriso para oferecer fora do pires.
Que haja sempre um sofá,
Mesmo que velho e recoberto de um pano rejuvenescedor,
Para abrigar nossos corpos e nossas vozes
Em um diálogo franco e criativo,
Tendo a televisão desligada.
Que a falta de água do verão
Não impeça de se produzir beijos molhados
E se dar abraços apertados
Multiplicando afeto por todas as estações.
E que, acima de tudo, haja sempre canções
A serem entoadas por corações agradecidos
Pela vida e pelo amor
Que começou em ti e que tocou os que
Simplesmente acreditaram no Eterno.
Amém!
Rio de Janeiro, 11 de Janeiro de 2007 (15h43min).
VOCÊ
você
que a gente não vê
mas que percebe
que passa emoção
de um coração
um tanto em febre
que corre apressada
feito lebre
e deixa um rastro
um antepasto
de amor...
só você
que quando em chama
coração que ama
me faz luzir
que acende o sonho
e projeta a vida
desfaz ferida
e põe sorriso
e mais que isso
alegra os dias
com as poesias
acende a noite
com os archotes
de um novo amor
você é luz
na escuridão
é eu partindo
no mar revolto
dessa paixão
aguardando pra breve
a sua volta.
Niterói, 07 de Janeiro de 2007 (7h05min).
que a gente não vê
mas que percebe
que passa emoção
de um coração
um tanto em febre
que corre apressada
feito lebre
e deixa um rastro
um antepasto
de amor...
só você
que quando em chama
coração que ama
me faz luzir
que acende o sonho
e projeta a vida
desfaz ferida
e põe sorriso
e mais que isso
alegra os dias
com as poesias
acende a noite
com os archotes
de um novo amor
você é luz
na escuridão
é eu partindo
no mar revolto
dessa paixão
aguardando pra breve
a sua volta.
Niterói, 07 de Janeiro de 2007 (7h05min).
NOVA FRIBURGO
Estas chuvas arrasadoras sobre a cidade;
estas águas avassaladoras sobre mim.
O canteiro ficou sem rosas
e os entulhos da correnteza
procuram se esconder pelos cantos de muros
de uma rua de lama ressequida.
O sol desponta novamente no horizonte
e a esperança volta a brilhar
nos olhos tristes de um povo sofredor.
O transbordar do Bengalas.
A enxurrada do Rio Grande.
O aguaceiro que arrasou o Jardinlândia e o Jardim Califórnia.
E o povo triste, beirando encostas de morros
que ainda vão despencar...
Ah, minha Nova Friburgo!
Quantas chances ainda hás de almejar
para realmente te fazeres nova?
Quem governa não pensa no povo,
não pensa no pobre...
Fica arrumando praças no centro da cidade,
erguendo monumentos aos mortos,
pra riquinho se contentar
e turista se divertir.
Enquanto isso...
as obras que não foram feitas;
as encostas que não foram cuidadas;
a dragagem do rio que não se completou;
os ciclopes e muros de contenção que deixaram de ser construídos;
a urbanização não implementada,
neste caos da civilização friburguense;
vão providenciando novos mortos, às dezenas,
numa cidade que tinha tudo para ser feliz...
E estes mortos sequer saberão
que se gastou dinheiro em mais uma pracinha
ou se ergueu novos monumentos
para os pombos defecarem em cima...
Niterói, 07 de Janeiro de 2007 (6h10min).
estas águas avassaladoras sobre mim.
O canteiro ficou sem rosas
e os entulhos da correnteza
procuram se esconder pelos cantos de muros
de uma rua de lama ressequida.
O sol desponta novamente no horizonte
e a esperança volta a brilhar
nos olhos tristes de um povo sofredor.
O transbordar do Bengalas.
A enxurrada do Rio Grande.
O aguaceiro que arrasou o Jardinlândia e o Jardim Califórnia.
E o povo triste, beirando encostas de morros
que ainda vão despencar...
Ah, minha Nova Friburgo!
Quantas chances ainda hás de almejar
para realmente te fazeres nova?
Quem governa não pensa no povo,
não pensa no pobre...
Fica arrumando praças no centro da cidade,
erguendo monumentos aos mortos,
pra riquinho se contentar
e turista se divertir.
Enquanto isso...
as obras que não foram feitas;
as encostas que não foram cuidadas;
a dragagem do rio que não se completou;
os ciclopes e muros de contenção que deixaram de ser construídos;
a urbanização não implementada,
neste caos da civilização friburguense;
vão providenciando novos mortos, às dezenas,
numa cidade que tinha tudo para ser feliz...
E estes mortos sequer saberão
que se gastou dinheiro em mais uma pracinha
ou se ergueu novos monumentos
para os pombos defecarem em cima...
Niterói, 07 de Janeiro de 2007 (6h10min).
SAUDADE
Saudade é um buraco vazio
que fica pedindo insistentemente
pra ser preenchido.
É uma vontade de voltar
a andar por onde já se caminhou,
e sentir outra vez cheiros
que a memória
teima em não esquecer.
Saudade é um estado de êxtase
profundo na ausência do ser amado.
Saudade era o mundo virtual do amor
antes da invenção da Internet.
Niterói, 06 de Janeiro de 2007 (19h15min).
que fica pedindo insistentemente
pra ser preenchido.
É uma vontade de voltar
a andar por onde já se caminhou,
e sentir outra vez cheiros
que a memória
teima em não esquecer.
Saudade é um estado de êxtase
profundo na ausência do ser amado.
Saudade era o mundo virtual do amor
antes da invenção da Internet.
Niterói, 06 de Janeiro de 2007 (19h15min).
O MICRO
Meu micro fez greve
É grave a greve do micro.
Meu micro não escreve
Não escreve e pago mico.
O teclado desconfigurado
Embaralha a poesia.
Um coração enamorado
Não rima com apatia.
Meu micro fez greve
Ele estava démodé.
Mandei logo pro conserto
Comprei outro HD.
Meu micro agora escreve
Tudo o que coração pede.
Ela acabou com a greve
E obedece ao mouse pad.
Niterói, 06 de Janeiro de 2007 (6h15min).
É grave a greve do micro.
Meu micro não escreve
Não escreve e pago mico.
O teclado desconfigurado
Embaralha a poesia.
Um coração enamorado
Não rima com apatia.
Meu micro fez greve
Ele estava démodé.
Mandei logo pro conserto
Comprei outro HD.
Meu micro agora escreve
Tudo o que coração pede.
Ela acabou com a greve
E obedece ao mouse pad.
Niterói, 06 de Janeiro de 2007 (6h15min).
CHUVA BAILARINA
Claro dia de sol,
calor de quarenta graus.
Chuva chega mansamente
e eu sorrindo contente.
O meu caminho molhado
de pingos grossos de chuva.
Minha vista se faz turva,
meu coração enamorado.
Chamo a paixão pra uma dança
com esta chuva bailarina.
Vou dançando até a esquina
Encharcado de festança.
Em minha chuva de verão
sob quente sol de paixão.
Serpenteia vida-serpentina
nesta doce chuva bailarina.
Niterói, 06 de Janeiro de 2007 (5h45min).
calor de quarenta graus.
Chuva chega mansamente
e eu sorrindo contente.
O meu caminho molhado
de pingos grossos de chuva.
Minha vista se faz turva,
meu coração enamorado.
Chamo a paixão pra uma dança
com esta chuva bailarina.
Vou dançando até a esquina
Encharcado de festança.
Em minha chuva de verão
sob quente sol de paixão.
Serpenteia vida-serpentina
nesta doce chuva bailarina.
Niterói, 06 de Janeiro de 2007 (5h45min).
LUZ POÉTICA
eu queria de mim
um horizonte.
vaga luz
brilhando
no Oceano
das palavras:
frases/flashes
a clarear
a noite.
eu queria
iluminação.
e o som da poesia
preenchendo o dia
e a mensagem
como açoite
afastando a noite.
queria a construção
de um poema épico
que fosse a elaboração
do sentimento humano.
queria a visita do arcano
invadindo o espaço
da criação
do pensar
com sinais de futuro.
a luz é a
ponte/passarela
por onde transita
o homem do futuro
para chegar à esperança.
enquanto isso,
se faz bonança
no espectro de aquarela
que se desenha
nas entrelinhas do texto.
a luz irradia
sons e cores.
e meu coração se
enche de amores,
pois a luz do meu dia
fez nascer a poesia
Niterói, 05 de Janeiro de 2007 (6h50min).
um horizonte.
vaga luz
brilhando
no Oceano
das palavras:
frases/flashes
a clarear
a noite.
eu queria
iluminação.
e o som da poesia
preenchendo o dia
e a mensagem
como açoite
afastando a noite.
queria a construção
de um poema épico
que fosse a elaboração
do sentimento humano.
queria a visita do arcano
invadindo o espaço
da criação
do pensar
com sinais de futuro.
a luz é a
ponte/passarela
por onde transita
o homem do futuro
para chegar à esperança.
enquanto isso,
se faz bonança
no espectro de aquarela
que se desenha
nas entrelinhas do texto.
a luz irradia
sons e cores.
e meu coração se
enche de amores,
pois a luz do meu dia
fez nascer a poesia
Niterói, 05 de Janeiro de 2007 (6h50min).
segunda-feira, outubro 06, 2008
GÊNESE POÉTICA
No princípio era um papel branco,
uma caneta de tinta azul turquesa
e uma mente vazia
neste caos original da poesia.
Os olhos que aquela mente conduzia
se fixavam tão somente
na mesa de madeira envelhecida
onde também repousavam
uns cotovelos desanimados.
E nesse princípio criou o poeta
o cenário e a motivação.
E passaram diante de seus olhos
(não se faz poesia sem imaginação):
crianças brincando alvoroçadamente;
pássaros voando livremente;
rosas desabrochando alegremente...
E as trevas que havia sobre a
face do abismo poético
foram afugentadas pela inspiração;
que passou a pairar
sobre o mar dos sonhos
quando ela chegou:
a eloqüente Musa do Amor.
E disse (quando a viu) o poeta:
- Haja poesia!
E houve poesia...
Niterói, 05 de Janeiro de 2007 (7h).
uma caneta de tinta azul turquesa
e uma mente vazia
neste caos original da poesia.
Os olhos que aquela mente conduzia
se fixavam tão somente
na mesa de madeira envelhecida
onde também repousavam
uns cotovelos desanimados.
E nesse princípio criou o poeta
o cenário e a motivação.
E passaram diante de seus olhos
(não se faz poesia sem imaginação):
crianças brincando alvoroçadamente;
pássaros voando livremente;
rosas desabrochando alegremente...
E as trevas que havia sobre a
face do abismo poético
foram afugentadas pela inspiração;
que passou a pairar
sobre o mar dos sonhos
quando ela chegou:
a eloqüente Musa do Amor.
E disse (quando a viu) o poeta:
- Haja poesia!
E houve poesia...
Niterói, 05 de Janeiro de 2007 (7h).
ANTI-EMOÇÃO
diz pra mim:
de que adiantou
aquele sorriso,
aquele abraço,
aquele beijo?
se após
só restou
de sua aparição:
um fantasma,
uma máscara,
assombração?
restou
um vazio,
um nada,
(quanto vale isso?)
e minha alma
enamorada...
Niterói, 05 de Janeiro de 2007 (6h35min).
de que adiantou
aquele sorriso,
aquele abraço,
aquele beijo?
se após
só restou
de sua aparição:
um fantasma,
uma máscara,
assombração?
restou
um vazio,
um nada,
(quanto vale isso?)
e minha alma
enamorada...
Niterói, 05 de Janeiro de 2007 (6h35min).
PONTO ENIGMÁTICO
Vai.
Anda logo.
Vai avante.
A rua está livre:
Nenhum carro
Nenhum transeunte.
Só, ao final (lá longe),
Onde a rua faz curva
Ao sabor do vento,
Farfalhando folhas,
Indicando direção
De árvores buliçosas:
Um ponto.
Que será?
Ponto escuro
Em minhas vistas cansadas.
Forço a vista,
Faço a revista,
Mas não adianta.
O ponto persiste
Em afastar-se
De meu entendimento
Meu ser se espanta
Com o mistério.
E eu vou.
Sim, vou.
Vou logo.
Vou avante.
A rua continua livre:
Passa apenas um carro,
Ligeiro,
E desaparece.
Passa um transeunte.
Apenas um.
E ele vai também
Caminhando.
Rua a fora.
Depois que ele
Passa e,
Quase se disfarça,
Em ponto também...
No fim do meu ver,
Decido caminhar.
Meus passos
São mais rápidos
Que a minha visão.
E quando,
Na minha pressa,
O ponto móvel
Volta a ser alguém
(E o ponto
Enigmático
Passa a ser algo)
Vem o susto.
O ponto perdido,
Distante,
Do fim da rua,
Era uma caçamba.
E o ser que
Caminha desespero
Nas ruas da cidade
Encontrou na
Rua de minha casa
Rua de minha vida
Uma caçamba de lixo
Para garimpar comida.
Vomito.
E volto correndo
Para casa
Tropeçando paralelepípedos.
Niterói, 04/01/2007 (8h15min).
Anda logo.
Vai avante.
A rua está livre:
Nenhum carro
Nenhum transeunte.
Só, ao final (lá longe),
Onde a rua faz curva
Ao sabor do vento,
Farfalhando folhas,
Indicando direção
De árvores buliçosas:
Um ponto.
Que será?
Ponto escuro
Em minhas vistas cansadas.
Forço a vista,
Faço a revista,
Mas não adianta.
O ponto persiste
Em afastar-se
De meu entendimento
Meu ser se espanta
Com o mistério.
E eu vou.
Sim, vou.
Vou logo.
Vou avante.
A rua continua livre:
Passa apenas um carro,
Ligeiro,
E desaparece.
Passa um transeunte.
Apenas um.
E ele vai também
Caminhando.
Rua a fora.
Depois que ele
Passa e,
Quase se disfarça,
Em ponto também...
No fim do meu ver,
Decido caminhar.
Meus passos
São mais rápidos
Que a minha visão.
E quando,
Na minha pressa,
O ponto móvel
Volta a ser alguém
(E o ponto
Enigmático
Passa a ser algo)
Vem o susto.
O ponto perdido,
Distante,
Do fim da rua,
Era uma caçamba.
E o ser que
Caminha desespero
Nas ruas da cidade
Encontrou na
Rua de minha casa
Rua de minha vida
Uma caçamba de lixo
Para garimpar comida.
Vomito.
E volto correndo
Para casa
Tropeçando paralelepípedos.
Niterói, 04/01/2007 (8h15min).
SE
se
meu coração
soubesse
pelo menos
que Neruda
me ensinaria
metáforas
faria poesia
e serviria
mandrágoras
para minha
mulher
gestar o
infinito mar
das palavras
verdes...
Nova Friburgo, 01 de Janeiro de 2007 (21h40min).
meu coração
soubesse
pelo menos
que Neruda
me ensinaria
metáforas
faria poesia
e serviria
mandrágoras
para minha
mulher
gestar o
infinito mar
das palavras
verdes...
Nova Friburgo, 01 de Janeiro de 2007 (21h40min).
O QUE SOU
o que sou
agora
no exato instante
do meu pensar
não será mais
o que serei
quando o
sol se por
distante
opaco
sem um frêmito
nas mãos ou no olhar
sou apenas
o encontro
de águas
que correm para o mar
o que sou
o que serei
agora
amanhã
só saberei
quando a porta
da casa se trancar
atrás de mim
e desnudar-me
silente
para um banho frio
Nova Friburgo, 01 de Janeiro de 2007 (21h35min).
agora
no exato instante
do meu pensar
não será mais
o que serei
quando o
sol se por
distante
opaco
sem um frêmito
nas mãos ou no olhar
sou apenas
o encontro
de águas
que correm para o mar
o que sou
o que serei
agora
amanhã
só saberei
quando a porta
da casa se trancar
atrás de mim
e desnudar-me
silente
para um banho frio
Nova Friburgo, 01 de Janeiro de 2007 (21h35min).
ESTRADA
eu queria de mim
um pouco de estrada
pés que caminham esperanças
a passos largos
e um vento batendo brisas
esvoaçando risos
e o desalinho do cabelo
denunciando a caminhada
enquanto isso
o chão se faz possível
e o equilíbrio é conquistado
no fundo do cenário
um horizonte azul de luz
e o sonho é céu
e o futuro uma nação
e a estrada não acaba aqui
é preciso sapatos novos
para chegar do outro lado
resolvo, então, jogar fora
as meias velhas
e partir em busca de uns...
Nova Friburgo, 01 de Janeiro de 2007 (20h05min).
um pouco de estrada
pés que caminham esperanças
a passos largos
e um vento batendo brisas
esvoaçando risos
e o desalinho do cabelo
denunciando a caminhada
enquanto isso
o chão se faz possível
e o equilíbrio é conquistado
no fundo do cenário
um horizonte azul de luz
e o sonho é céu
e o futuro uma nação
e a estrada não acaba aqui
é preciso sapatos novos
para chegar do outro lado
resolvo, então, jogar fora
as meias velhas
e partir em busca de uns...
Nova Friburgo, 01 de Janeiro de 2007 (20h05min).
2007
dada a partida
meus olhos fitos
nas letras
serpenteiam palavras
mas a contagem do ano
é feita de números
que representam dias
e o primeiro dia
está acabando
prenhe de poesia:
estão nascendo as crias
da longa gestação de 2006
Nova Friburgo, 01 de Janeiro de 2007 (21h45min).
meus olhos fitos
nas letras
serpenteiam palavras
mas a contagem do ano
é feita de números
que representam dias
e o primeiro dia
está acabando
prenhe de poesia:
estão nascendo as crias
da longa gestação de 2006
Nova Friburgo, 01 de Janeiro de 2007 (21h45min).
sexta-feira, outubro 03, 2008
MANHÃ REBELDE
Procuro um algo que ainda não sei
por entre esta manhã que ainda não vi
por entre um frio que neblina faces,
chamusca lábios,
arde esperanças...
A manhã se rebela contra a existência:
manhã soturna,
noturna,
que ainda se esconde,
por detrás dos montes.
Manhã que teima em não acordar.
Do sol não há vestígios.
Como também não se vê o clarão
desta louca obsessão,
desejo de existir.
Procuro razão
e no ir e vir da manhã sem sol
improviso um canto
à beira-monte.
E o vento uivando
por entre pedras e árvores
faz chacoalhar o mundo
de uma melodia triste
enquanto assentado sobre o feno
dou um grito profundo
com o dedo em riste
a sonhar com um dia ameno.
Nova Friburgo, 31 de Dezembro de 2006 (9h52min).
por entre esta manhã que ainda não vi
por entre um frio que neblina faces,
chamusca lábios,
arde esperanças...
A manhã se rebela contra a existência:
manhã soturna,
noturna,
que ainda se esconde,
por detrás dos montes.
Manhã que teima em não acordar.
Do sol não há vestígios.
Como também não se vê o clarão
desta louca obsessão,
desejo de existir.
Procuro razão
e no ir e vir da manhã sem sol
improviso um canto
à beira-monte.
E o vento uivando
por entre pedras e árvores
faz chacoalhar o mundo
de uma melodia triste
enquanto assentado sobre o feno
dou um grito profundo
com o dedo em riste
a sonhar com um dia ameno.
Nova Friburgo, 31 de Dezembro de 2006 (9h52min).
BEIRA RIO
Instante incômodo.
Onde a chuva torrencial
prenuncia possível mal.
O rio é semimorto,
semi-rio,
semi-vida.
Não são águas que correm:
escorre lodo,
lama,
esgoto.
O aguaceiro arruaceiro
desbanca a margem:
barranco,
ultraje,
de um rio sem barco.
É chuva,
é lama,
é ser que se inflama,
na expectativa do
transbordamento.
Minha vida esguia
se encolhe.
Filete agudo,
serpentiforme,
quase uma enguia,
no meio do roldão pesado
do rio descontrolado...
Nova Friburgo, 31 de Dezembro de 2006 (9h42min).
Onde a chuva torrencial
prenuncia possível mal.
O rio é semimorto,
semi-rio,
semi-vida.
Não são águas que correm:
escorre lodo,
lama,
esgoto.
O aguaceiro arruaceiro
desbanca a margem:
barranco,
ultraje,
de um rio sem barco.
É chuva,
é lama,
é ser que se inflama,
na expectativa do
transbordamento.
Minha vida esguia
se encolhe.
Filete agudo,
serpentiforme,
quase uma enguia,
no meio do roldão pesado
do rio descontrolado...
Nova Friburgo, 31 de Dezembro de 2006 (9h42min).
AUSÊNCIA ANUNCIADA
saiba que o horizonte
é um nada.
saiba também que é nada
o amor amante.
e é nada o instante
da sua presença:
fugidia presença
de uma ausência anunciada.
por todos os meus versos,
dispersos versos
que me atacam os nervos,
sei que tenho um encontro marcado
com o vazio de tua ausência:
e nele encontro a morte do prazer.
Nova Friburgo, 31 de Dezembro de 2006 (9h35min).
é um nada.
saiba também que é nada
o amor amante.
e é nada o instante
da sua presença:
fugidia presença
de uma ausência anunciada.
por todos os meus versos,
dispersos versos
que me atacam os nervos,
sei que tenho um encontro marcado
com o vazio de tua ausência:
e nele encontro a morte do prazer.
Nova Friburgo, 31 de Dezembro de 2006 (9h35min).
AMAR
Amar.
A gente ama e vive perguntando:
o que é?
A gente se dá
e vive dessa febre de amar.
E a gente nem sempre entende...
A gente só sabe amar; só sabe dar.
Amar.
Amar é doar.
E a gente se entrega e percebe que o outro é feliz por isso.
E a gente compartilha e percebe que parte da gente
voa em direção ao outro que é objeto da nossa paixão.
Amar é esperar!
É ter paciência na espera dos efeitos sobre o outro.
A gente investe e supõe que o investimento
trará dividendos em forma de mais amor.
Amar é crer!
É confiar que o amor devotado
será correspondido.
Que a reciprocidade será a chance
de perceber que amar valeu a pena.
E sempre vale a pena quando o amor
é a tinta que escorre da terna pena
do poeta-tinteiro...
Amar é sonho.
Quem ainda não viajou nos devaneios
desse Universo chamado amor?
desse mundo chamado paixão?
desse tesouro que se guarda no cofre
do coração, mas que se apresenta
cotidianamente na epiderme do corpo
amado que caminha sol
pelas avenidas da vida?
Amar. A sensação mais doce que
a existência pode produzir no paladar da vida!
Nova Friburgo, 21 de Dezembro de 2006 (12h45min).
A gente ama e vive perguntando:
o que é?
A gente se dá
e vive dessa febre de amar.
E a gente nem sempre entende...
A gente só sabe amar; só sabe dar.
Amar.
Amar é doar.
E a gente se entrega e percebe que o outro é feliz por isso.
E a gente compartilha e percebe que parte da gente
voa em direção ao outro que é objeto da nossa paixão.
Amar é esperar!
É ter paciência na espera dos efeitos sobre o outro.
A gente investe e supõe que o investimento
trará dividendos em forma de mais amor.
Amar é crer!
É confiar que o amor devotado
será correspondido.
Que a reciprocidade será a chance
de perceber que amar valeu a pena.
E sempre vale a pena quando o amor
é a tinta que escorre da terna pena
do poeta-tinteiro...
Amar é sonho.
Quem ainda não viajou nos devaneios
desse Universo chamado amor?
desse mundo chamado paixão?
desse tesouro que se guarda no cofre
do coração, mas que se apresenta
cotidianamente na epiderme do corpo
amado que caminha sol
pelas avenidas da vida?
Amar. A sensação mais doce que
a existência pode produzir no paladar da vida!
Nova Friburgo, 21 de Dezembro de 2006 (12h45min).
O SONHO
A rua de minha infância
tinha pedras.
E eu caminhava esperanças
nas pedras de minhas andanças.
Meus sonhos depositei
nos altos.
Nos altos montes verdes
da Serra de pedras-paredes.
Da rua eu via o monte;
pisava o chão.
O chão do meu sonho Brasil:
um cristal que se partiu.
Tentei escrever uma história
nos céus.
Céus de um azul tristonho
aniquilador de sonho.
Minha pipa serpenteava
bem alegre.
Escrevi no horizonte: futuro.
Mas do sonho o monte era um muro...
Minha casa ficava na rua
da esperança.
Esperança que se perdeu na chuva
deixando-me com a vista turva.
A rua ainda continua por lá
e a casa.
A casa de onde ainda se vê o monte.
Só o sonho que secou como a fonte...
Nova Friburgo, 20 de Dezembro de 2006 (12h15min).
tinha pedras.
E eu caminhava esperanças
nas pedras de minhas andanças.
Meus sonhos depositei
nos altos.
Nos altos montes verdes
da Serra de pedras-paredes.
Da rua eu via o monte;
pisava o chão.
O chão do meu sonho Brasil:
um cristal que se partiu.
Tentei escrever uma história
nos céus.
Céus de um azul tristonho
aniquilador de sonho.
Minha pipa serpenteava
bem alegre.
Escrevi no horizonte: futuro.
Mas do sonho o monte era um muro...
Minha casa ficava na rua
da esperança.
Esperança que se perdeu na chuva
deixando-me com a vista turva.
A rua ainda continua por lá
e a casa.
A casa de onde ainda se vê o monte.
Só o sonho que secou como a fonte...
Nova Friburgo, 20 de Dezembro de 2006 (12h15min).
VAGANTES BRUMAS
Do ser e a incompreensão da vida.
Episódicas brumas de uma lida;
Vagantes experiências do saber.
Não ser!
E a incompreendida existência
Faz vagar o ser em sua sobrevivência
Diante dos muros humanos...
Não fosse a vida matéria-prima do ser
Seria escultura inerte na praça,
Por onde passa,
A vida que segue resoluta seu destino.
O granito pigmentado já não é o ser.
Refulge o brilho de uma pele angustiante
Nas duras conseqüências de um mundo
Que já não é o seu.
Há limites!
Os limites da matéria transformada;
Limites do ocaso a que estivera largado na praça,
Onde os pombos borrifam dejetos
Sobre o crânio desprotegido,
Os ombros desbotados,
A pele artificial do mármore ignominioso.
E ele que pensava – quando em vida –
A imortalidade...
E ele que imaginava a continuidade
Do sonho.
Das palavras que não seriam aprisionadas nos livros...
Das idéias que alçariam vôos mais longínquos
Nas cabeças dos jovens sonhadores...
Das transformações que homens de livros são
Capazes de oferecer à Sociedade.
Mas o registro da história lhe reservou
Apenas uma escultura marmórea,
Um brilho efêmero,
E uns tantos pombos grasnando
Nos contornos da imitação de quem fora.
Os tempos eram outros.
Seus ideais não sobreviveram
À avalanche de reflexões do mundo plural.
Ficou apenas a constatação:
- Existiu e pensou algo.
Resignou-se.
Isso não era pouco!
Mas os pombos continuavam a incomodá-lo...
Rio de Janeiro, 11 de Dezembro de 2006 (14h50min).
Episódicas brumas de uma lida;
Vagantes experiências do saber.
Não ser!
E a incompreendida existência
Faz vagar o ser em sua sobrevivência
Diante dos muros humanos...
Não fosse a vida matéria-prima do ser
Seria escultura inerte na praça,
Por onde passa,
A vida que segue resoluta seu destino.
O granito pigmentado já não é o ser.
Refulge o brilho de uma pele angustiante
Nas duras conseqüências de um mundo
Que já não é o seu.
Há limites!
Os limites da matéria transformada;
Limites do ocaso a que estivera largado na praça,
Onde os pombos borrifam dejetos
Sobre o crânio desprotegido,
Os ombros desbotados,
A pele artificial do mármore ignominioso.
E ele que pensava – quando em vida –
A imortalidade...
E ele que imaginava a continuidade
Do sonho.
Das palavras que não seriam aprisionadas nos livros...
Das idéias que alçariam vôos mais longínquos
Nas cabeças dos jovens sonhadores...
Das transformações que homens de livros são
Capazes de oferecer à Sociedade.
Mas o registro da história lhe reservou
Apenas uma escultura marmórea,
Um brilho efêmero,
E uns tantos pombos grasnando
Nos contornos da imitação de quem fora.
Os tempos eram outros.
Seus ideais não sobreviveram
À avalanche de reflexões do mundo plural.
Ficou apenas a constatação:
- Existiu e pensou algo.
Resignou-se.
Isso não era pouco!
Mas os pombos continuavam a incomodá-lo...
Rio de Janeiro, 11 de Dezembro de 2006 (14h50min).
SONETO DO CENTENÁRIO
A Nilson Gomes Godoy
Nesta data tão festiva de comemorar centenário
Os batistas fluminenses se revestem de alegria.
Houvesse sino repicante a dobrar no campanário
Uma canção de louvor logo pronto ecoaria...
Num momento pioneiro, uma associação nascente
Reuniu as igrejas batistas para sua cooperação.
E assim nesta acolhida, aquecendo coração crente
A história se consolida com o surgir da Convenção.
Pra construir esta história que começou em Aperibé
Foi preciso assim reunir vários homens visionários
Que colocaram seu tijolo neste belo edifício de fé.
E os crentes nas igrejas se fizeram missionários
Deste Deus da Convenção, o seu firme fundamento
E como herança recebida: O Deus de todo momento!
Aperibé, 07 de Dezembro de 2006 (20h50min).
Nesta data tão festiva de comemorar centenário
Os batistas fluminenses se revestem de alegria.
Houvesse sino repicante a dobrar no campanário
Uma canção de louvor logo pronto ecoaria...
Num momento pioneiro, uma associação nascente
Reuniu as igrejas batistas para sua cooperação.
E assim nesta acolhida, aquecendo coração crente
A história se consolida com o surgir da Convenção.
Pra construir esta história que começou em Aperibé
Foi preciso assim reunir vários homens visionários
Que colocaram seu tijolo neste belo edifício de fé.
E os crentes nas igrejas se fizeram missionários
Deste Deus da Convenção, o seu firme fundamento
E como herança recebida: O Deus de todo momento!
Aperibé, 07 de Dezembro de 2006 (20h50min).
quarta-feira, outubro 01, 2008
O QUE É COMO O AMOR?
A Nathália e Élcio Jr.
Vês a menina de Tom Jobim, assim cheia de graça?
Que caminha leve na rua e suave passeia na praça?
Ela pode ser muito bela, ser garota linda até!
Desfilando limusine, caminhando por aí a pé.
Mas ela com toda beleza, mesmo sendo uma flor.
Ainda assim não pode ser comparada ao amor!
Vês no jardim uma rosa, botão novo a desabrochar?
Há ali sonho de pétalas, brilhando sob a luz do luar...
Sinta o perfume cheiroso, inale bem seu aroma.
Deixe aos olhos o encanto da mistura de cada cor.
Há suavidade nas pétalas e estilo em sua forma,
Ainda assim não se pode relacioná-la ao amor!
Vês na árvore um pássaro, esplêndido em seu cantar?
O seu trinado é vibrante, bem capaz de emocionar...
O canto do pássaro livre, na casa que Deus lhe deu,
Habitando a natureza recheada de fruta e sabor...
Ele canta sem espanto, o canto que é todo seu.
Mesmo o pássaro livre ainda não é como o amor!
Vês a criança sorrindo, vivendo a simplicidade?
É a criança que abençoa com sua paz cada cidade.
Ela apresenta ao mundo seu lindo universo de luz.
A criança quando sorri faz lembrar o bom Jesus.
Pode a criança ingênua, apaziguar qualquer dor?
Ainda assim seu sorriso, não se compara ao amor!
Mas que é então o amor? A que ele se compara?
Se a garota mais linda e a flor de espécie rara;
Se o pássaro cantante, mesmo a criança mais doce;
São pobres como modelo para o amor demonstrar?
O amor é um sentimento que Jesus ao mundo trouxe
Quem o guarda em seu peito pode amor extravasar!
Por isso somente a Deus, que é o AMOR: bem supremo!
Pode então ser comparado o amor de uma forma sã:
O amor desliza suave como num lago o barco a remo.
O amor é brisa serena como orvalho de linda manhã.
Diz quem ama de coração: “Vivo a vida e não temo!”
Só Deus é demonstração do amor de hoje e amanhã.
Nova Friburgo, 29 de Novembro de 2006 (19h48min).
Vês a menina de Tom Jobim, assim cheia de graça?
Que caminha leve na rua e suave passeia na praça?
Ela pode ser muito bela, ser garota linda até!
Desfilando limusine, caminhando por aí a pé.
Mas ela com toda beleza, mesmo sendo uma flor.
Ainda assim não pode ser comparada ao amor!
Vês no jardim uma rosa, botão novo a desabrochar?
Há ali sonho de pétalas, brilhando sob a luz do luar...
Sinta o perfume cheiroso, inale bem seu aroma.
Deixe aos olhos o encanto da mistura de cada cor.
Há suavidade nas pétalas e estilo em sua forma,
Ainda assim não se pode relacioná-la ao amor!
Vês na árvore um pássaro, esplêndido em seu cantar?
O seu trinado é vibrante, bem capaz de emocionar...
O canto do pássaro livre, na casa que Deus lhe deu,
Habitando a natureza recheada de fruta e sabor...
Ele canta sem espanto, o canto que é todo seu.
Mesmo o pássaro livre ainda não é como o amor!
Vês a criança sorrindo, vivendo a simplicidade?
É a criança que abençoa com sua paz cada cidade.
Ela apresenta ao mundo seu lindo universo de luz.
A criança quando sorri faz lembrar o bom Jesus.
Pode a criança ingênua, apaziguar qualquer dor?
Ainda assim seu sorriso, não se compara ao amor!
Mas que é então o amor? A que ele se compara?
Se a garota mais linda e a flor de espécie rara;
Se o pássaro cantante, mesmo a criança mais doce;
São pobres como modelo para o amor demonstrar?
O amor é um sentimento que Jesus ao mundo trouxe
Quem o guarda em seu peito pode amor extravasar!
Por isso somente a Deus, que é o AMOR: bem supremo!
Pode então ser comparado o amor de uma forma sã:
O amor desliza suave como num lago o barco a remo.
O amor é brisa serena como orvalho de linda manhã.
Diz quem ama de coração: “Vivo a vida e não temo!”
Só Deus é demonstração do amor de hoje e amanhã.
Nova Friburgo, 29 de Novembro de 2006 (19h48min).
POEMA DO MAR
Que belo é o mar
O mar.
O mar.
O mar.
A gente se perde
No horizonte das águas
Do mar...
Tão belo é amar.
Amar.
Amar.
Amar.
A gente se acha
No horizonte das águas
Do amar...
Niterói, 28 de Novembro de 2006 (11h30min).
Na travessia das barcas Niterói X Rio de Janeiro.
O mar.
O mar.
O mar.
A gente se perde
No horizonte das águas
Do mar...
Tão belo é amar.
Amar.
Amar.
Amar.
A gente se acha
No horizonte das águas
Do amar...
Niterói, 28 de Novembro de 2006 (11h30min).
Na travessia das barcas Niterói X Rio de Janeiro.
NO AZUL DO MAR
A Katia Cardoso Soares
Eu te encontrei
No azul do mar.
E foi neste olhar
Que eu te achei
Pra não mais deixar...
Pra não mais sofrer
Para sempre amar
E poder dizer
Quão lindo é o mar
Tão lindo o olhar
Tão belo o amor.
Amor...
Poder sonhar
E poder viver
Pra também dizer
Junto ao coração
Vendo o azul do mar:
Pra sempre e sempre
Eu vou te amar!
Niterói, 28 de Novembro de 2006 (11h35min).
Na travessia das barcas Niterói X Rio de Janeiro.
Eu te encontrei
No azul do mar.
E foi neste olhar
Que eu te achei
Pra não mais deixar...
Pra não mais sofrer
Para sempre amar
E poder dizer
Quão lindo é o mar
Tão lindo o olhar
Tão belo o amor.
Amor...
Poder sonhar
E poder viver
Pra também dizer
Junto ao coração
Vendo o azul do mar:
Pra sempre e sempre
Eu vou te amar!
Niterói, 28 de Novembro de 2006 (11h35min).
Na travessia das barcas Niterói X Rio de Janeiro.
quinta-feira, setembro 11, 2008
SONETO DO CAMINHO
Disse o poeta em sua feliz canção:
O caminho se faz na caminhada.
É preciso ouvir a voz do coração
E seguir em harmoniosa toada...
O caminho pode ser duro, árduo e fugaz.
Mas (que importa?) se folhas cobrem o chão?
Haverá sempre um tapete para a paz
Enquanto houver a quem chamar de irmão.
Ah, caminho meu, caminho íngreme, difícil.
Caminho que se descobre a cada passo dado.
E o que era obstáculo vai se fazendo possível.
E a gente vai vivendo do caminho enamorado
Pisando sobre folhas, entre flores da estrada,
Neste caminho da vida, nesta breve caminhada.
Nova Friburgo, 27 de Novembro de 2006 (11h26min).
O caminho se faz na caminhada.
É preciso ouvir a voz do coração
E seguir em harmoniosa toada...
O caminho pode ser duro, árduo e fugaz.
Mas (que importa?) se folhas cobrem o chão?
Haverá sempre um tapete para a paz
Enquanto houver a quem chamar de irmão.
Ah, caminho meu, caminho íngreme, difícil.
Caminho que se descobre a cada passo dado.
E o que era obstáculo vai se fazendo possível.
E a gente vai vivendo do caminho enamorado
Pisando sobre folhas, entre flores da estrada,
Neste caminho da vida, nesta breve caminhada.
Nova Friburgo, 27 de Novembro de 2006 (11h26min).
EU, QUE SEI POUCO DE AMAR
Eu, que sei pouco de amar,
que sei quase nada de cheiro de flor
e que desconheço a poesia das rosas...
Só sei que as pedras são duras e lisas
e correm serenas nos rios da vida.
Eu, que sei pouco de amar,
que nem sei ao certo se a casa do amor:
se encontra nas urbes ou numas palhoças...
Só sei que as águas deságuam das fontes
e o Sol após dia se esconde nos montes.
Eu, que sei pouco de amar,
que não descortino da saudade sua dor
e sonho acordado em tardes morosas...
Só sei que o vento que bate nas frontes
é solene ventilar de corações amantes.
Eu, que sei pouco de amar,
mas guardo coração liberto de rancor
e vivo minha vida em noites chorosas...
Só sei que o perdurar da noite triste
é sinônimo singelo que o amor existe.
Eu, que sei pouco de amar,
que apenas sei reconhecer o valor
de doces palavras: ternas, amorosas...
Só sei que esperança é última que morre
E afugenta a lágrima que de mim escorre.
Nova Friburgo, 28 de Outubro de 2006 (15h50min).
que sei quase nada de cheiro de flor
e que desconheço a poesia das rosas...
Só sei que as pedras são duras e lisas
e correm serenas nos rios da vida.
Eu, que sei pouco de amar,
que nem sei ao certo se a casa do amor:
se encontra nas urbes ou numas palhoças...
Só sei que as águas deságuam das fontes
e o Sol após dia se esconde nos montes.
Eu, que sei pouco de amar,
que não descortino da saudade sua dor
e sonho acordado em tardes morosas...
Só sei que o vento que bate nas frontes
é solene ventilar de corações amantes.
Eu, que sei pouco de amar,
mas guardo coração liberto de rancor
e vivo minha vida em noites chorosas...
Só sei que o perdurar da noite triste
é sinônimo singelo que o amor existe.
Eu, que sei pouco de amar,
que apenas sei reconhecer o valor
de doces palavras: ternas, amorosas...
Só sei que esperança é última que morre
E afugenta a lágrima que de mim escorre.
Nova Friburgo, 28 de Outubro de 2006 (15h50min).
AMAR SE VIVE AMANDO
Amar se vive amando
Há mar de ir singrando
Amor estanca o pranto
No mar do acalanto.
Nas fortes águas do amor
Rega-se e banha-se a dor
São respingos de alegria
Na vida que já morria.
Amar se vive amando
Do mesmo ar respirando.
Acalentando os sonhos
De tempos já antanhos.
Flana-se nas asas do amor
Perfumes de uma só flor...
Amor sem explicação
Simples gesto do coração.
Amar é ir navegando
Qual nau nos mares da vida.
É transpor ondas remando
Utopia desimpedida.
Só não transpõe este mar
De amar a vida sorrindo
Aquele que não tem um lar:
Mulher e filhos reunindo.
Se amar se vive amando
Em vida de fazer gosto.
Quero meu mar ir singrando
Sem abandonar o meu posto.
E se um dia a vida naufragar
E tiver que ir para o além.
Ainda assim hei de amar
A quem sempre me quis bem.
Nova Friburgo, 28 de Outubro de 2006 (15h50min).
Há mar de ir singrando
Amor estanca o pranto
No mar do acalanto.
Nas fortes águas do amor
Rega-se e banha-se a dor
São respingos de alegria
Na vida que já morria.
Amar se vive amando
Do mesmo ar respirando.
Acalentando os sonhos
De tempos já antanhos.
Flana-se nas asas do amor
Perfumes de uma só flor...
Amor sem explicação
Simples gesto do coração.
Amar é ir navegando
Qual nau nos mares da vida.
É transpor ondas remando
Utopia desimpedida.
Só não transpõe este mar
De amar a vida sorrindo
Aquele que não tem um lar:
Mulher e filhos reunindo.
Se amar se vive amando
Em vida de fazer gosto.
Quero meu mar ir singrando
Sem abandonar o meu posto.
E se um dia a vida naufragar
E tiver que ir para o além.
Ainda assim hei de amar
A quem sempre me quis bem.
Nova Friburgo, 28 de Outubro de 2006 (15h50min).
VIDA QUE VALE A PENA
A Karina de Almeida Borges em seus 15 anos.
Qual vida que vale a pena, que não parece tormento?
Que não escorre entrededos e nem é só de momento?
É vida que se vive plena, que não se vive incerta.
É vida de muitos enredos e de emoção desperta.
Qual vida com atitude e sem nenhum dissabor?
Que não se perde chorando e não escapa o amor?
É vida em plenitude, que se vive com respeito.
É nau sempre singrando em percurso de raro efeito.
Qual vida que se aproveita, que se vive intensamente?
Que não se perde na estrada, nem se faz inconveniente?
É vida que não se rejeita, que se encontra só em Jesus.
Que torna alegre a jornada, transformada pela Cruz!
Nova Friburgo, 27 de Outubro de 2006 (21h45min).
Qual vida que vale a pena, que não parece tormento?
Que não escorre entrededos e nem é só de momento?
É vida que se vive plena, que não se vive incerta.
É vida de muitos enredos e de emoção desperta.
Qual vida com atitude e sem nenhum dissabor?
Que não se perde chorando e não escapa o amor?
É vida em plenitude, que se vive com respeito.
É nau sempre singrando em percurso de raro efeito.
Qual vida que se aproveita, que se vive intensamente?
Que não se perde na estrada, nem se faz inconveniente?
É vida que não se rejeita, que se encontra só em Jesus.
Que torna alegre a jornada, transformada pela Cruz!
Nova Friburgo, 27 de Outubro de 2006 (21h45min).
OS LIMITES DA EXISTÊNCIA
Ao Pr. Ebenézer Soares Ferreira em seus 80 anos.
“Os anos de nossa vida chega a setenta,
ou a oitenta para os que têm mais vigor”
(Sl 90.10, NVI).
Deixou Deus pelo salmista um limite de idade
Um tempo de existência para a jornada terrena.
E a gente vai vivendo com toda a intensidade
Esta vida tão sublime que com Cristo vale a pena.
E vive com alegria sem supor chegar aos setenta
Numa vida bem sadia expulsando qualquer dor.
Mas logo lá chegando é um pulo para os oitenta
E nesta fase só chega, aquele que tem mais vigor.
Viver com Cristo é bom; morrer com ele é lucro.
Enquanto Deus permitir é preciso testemunhar,
Viver com veracidade, impedir o simulacro.
E bradar com toda a voz, bem do alto da montanha
Da vida que se alcançou aprendendo a Deus amar:
- Com Deus a vida é boa, é uma bênção tamanha!
Rio de Janeiro, 23 de Outubro de 2006 (14h45min).
“Os anos de nossa vida chega a setenta,
ou a oitenta para os que têm mais vigor”
(Sl 90.10, NVI).
Deixou Deus pelo salmista um limite de idade
Um tempo de existência para a jornada terrena.
E a gente vai vivendo com toda a intensidade
Esta vida tão sublime que com Cristo vale a pena.
E vive com alegria sem supor chegar aos setenta
Numa vida bem sadia expulsando qualquer dor.
Mas logo lá chegando é um pulo para os oitenta
E nesta fase só chega, aquele que tem mais vigor.
Viver com Cristo é bom; morrer com ele é lucro.
Enquanto Deus permitir é preciso testemunhar,
Viver com veracidade, impedir o simulacro.
E bradar com toda a voz, bem do alto da montanha
Da vida que se alcançou aprendendo a Deus amar:
- Com Deus a vida é boa, é uma bênção tamanha!
Rio de Janeiro, 23 de Outubro de 2006 (14h45min).
DA ORAÇÃO PARA O SONO
Pai, perdoa todos aqueles
Que não tendo tempo pra ti
Não param para sentir
Tua presença de amor.
Não desfrutam da comunhão,
Pois incapazes de ouvir
O vibrar do coração
Que genuflexo em clamor
Reverbera uma oração.
Pai, perdoa os sem tempo
Que não reservam momento
Para elevar uma prece.
Não são capazes da calma,
Do ouvir a doce voz d’alma,
Que neste mundo padece.
Apenas na noite infinda:
Bem-vinda a paz e o abandono
Da oração para o sono.
Que balbucia este ser
Cansado de um dia árduo
Trazendo ainda seu fardo
Não sabe o que vai fazer?
Se nem ao menos oração
Este pobre e triste coração
Não consegue concatenar...
Da oração para o sono
É alguém que vive sem dono
Não aprendeu a te amar.
Mas se este ser inquieto
Deixar por Deus ser desperto
Buscando uma vida sã.
Será livre do peso do corpo
Deixará de ser alguém morto
Perdido em jornada tão vã.
E da oração para o sono
Fará a ponte pro sonho
De ter um novo amanhã.
Nova Friburgo, 15 de Outubro de 2006 (10h05min).
Que não tendo tempo pra ti
Não param para sentir
Tua presença de amor.
Não desfrutam da comunhão,
Pois incapazes de ouvir
O vibrar do coração
Que genuflexo em clamor
Reverbera uma oração.
Pai, perdoa os sem tempo
Que não reservam momento
Para elevar uma prece.
Não são capazes da calma,
Do ouvir a doce voz d’alma,
Que neste mundo padece.
Apenas na noite infinda:
Bem-vinda a paz e o abandono
Da oração para o sono.
Que balbucia este ser
Cansado de um dia árduo
Trazendo ainda seu fardo
Não sabe o que vai fazer?
Se nem ao menos oração
Este pobre e triste coração
Não consegue concatenar...
Da oração para o sono
É alguém que vive sem dono
Não aprendeu a te amar.
Mas se este ser inquieto
Deixar por Deus ser desperto
Buscando uma vida sã.
Será livre do peso do corpo
Deixará de ser alguém morto
Perdido em jornada tão vã.
E da oração para o sono
Fará a ponte pro sonho
De ter um novo amanhã.
Nova Friburgo, 15 de Outubro de 2006 (10h05min).
O DIA DA VINDA DO SENHOR
(Malaquias 3.1-5)
O povo distante, vivendo em pecado.
Estando afastado da graça infinda.
Talvez, até tu, também sintas deslocado:
“Mas quem suportará o dia da sua vinda?”
Deus, porém, deseja fazer-te uma visita.
Provar-te no fogo, lavar-te com sabão.
Começando em tua casa, caso tu permitas.
Preparando-te de fato, para a vera adoração.
Na vinda do Senhor, sua justiça implacável:
Contra os pervertedores do sentido do culto
E da família, os detratores, que a tornam instável.
Contra os que desonram a palavra, o estulto.
Os que fazem injustiça, perseguindo o oprimido.
Antes da Vinda do Senhor, arrepende-te e sê remido.
Niterói, 23 de Julho de 2006 (21h).
O povo distante, vivendo em pecado.
Estando afastado da graça infinda.
Talvez, até tu, também sintas deslocado:
“Mas quem suportará o dia da sua vinda?”
Deus, porém, deseja fazer-te uma visita.
Provar-te no fogo, lavar-te com sabão.
Começando em tua casa, caso tu permitas.
Preparando-te de fato, para a vera adoração.
Na vinda do Senhor, sua justiça implacável:
Contra os pervertedores do sentido do culto
E da família, os detratores, que a tornam instável.
Contra os que desonram a palavra, o estulto.
Os que fazem injustiça, perseguindo o oprimido.
Antes da Vinda do Senhor, arrepende-te e sê remido.
Niterói, 23 de Julho de 2006 (21h).
domingo, setembro 07, 2008
QUE SÃO QUINZE ANOS?
A Juliana Soares Valério
Que são quinze anos de uma vida
Se estes são os primeiros vividos?
Se apenas o início de uma jornada
Sem saber ainda em que vai dar?
São somente quinze anos de uma lida
Expectativas e sonhos resumidos
Da longa caminhada desta estrada
Que apenas se está a começar...
Na vida que são quinze anos?
Sendo eles os primeiros desta história
Sendo anos de infância e formação
Preparo de tempo que não se sabe quanto?
É o tempo de sonhos e tantos planos
Primeiros passos de uma trajetória
Construída com lágrimas e oração
Um pouco de dor e algum pranto.
Se quinze são os anos da infância
E da juventude que alegre vem brotar.
São anos de esperança, nenhuma ânsia,
Apenas um coração livre a sonhar.
Mas se quinze são os anos da maturidade
Ou mesmo sofridos anos de uma velhice.
Passam rápido e já não se tem idade
Para experimentos e qualquer parvoíce.
Por isto, enquanto estás na juventude
Vivendo estas quinze primaveras.
Tome logo uma grande atitude
Que na vida te ajudará deveras:
Acima de todas as coisas, ame a Deus!
Como a ti mesmo, ame ao próximo!
Viva em paz com todos os teus
E da Sabedoria extraia o máximo.
Cachoeiras de Macacu, 07/07/2006(10h50min).
Que são quinze anos de uma vida
Se estes são os primeiros vividos?
Se apenas o início de uma jornada
Sem saber ainda em que vai dar?
São somente quinze anos de uma lida
Expectativas e sonhos resumidos
Da longa caminhada desta estrada
Que apenas se está a começar...
Na vida que são quinze anos?
Sendo eles os primeiros desta história
Sendo anos de infância e formação
Preparo de tempo que não se sabe quanto?
É o tempo de sonhos e tantos planos
Primeiros passos de uma trajetória
Construída com lágrimas e oração
Um pouco de dor e algum pranto.
Se quinze são os anos da infância
E da juventude que alegre vem brotar.
São anos de esperança, nenhuma ânsia,
Apenas um coração livre a sonhar.
Mas se quinze são os anos da maturidade
Ou mesmo sofridos anos de uma velhice.
Passam rápido e já não se tem idade
Para experimentos e qualquer parvoíce.
Por isto, enquanto estás na juventude
Vivendo estas quinze primaveras.
Tome logo uma grande atitude
Que na vida te ajudará deveras:
Acima de todas as coisas, ame a Deus!
Como a ti mesmo, ame ao próximo!
Viva em paz com todos os teus
E da Sabedoria extraia o máximo.
Cachoeiras de Macacu, 07/07/2006(10h50min).
VIAGEM DA CRIANÇA
VIAGEM DA CRIANÇA
(Dois passageiros numa viagem para São Paulo)
Primeiro (era uma criança) – Você tá indo para onde?
Segundo (um rapaz) – Para São Paulo.
Primeiro – Você vai para a casa da minha avó?
Segundo (responde sorrindo) – Não!
Primeiro – Por quê?
Segundo – Ah, São Paulo é muito grande!
Primeiro – Não é não! São Paulo é do tamanho da casa da minha avó...
Segundo (soltando o riso espontâneo) – Sim, e o coração de sua avó é maior ainda, onde cabe todo mundo!
E o jovem afagou a cabeça do menino e sorriu gostoso...
Nova Friburgo, 13/06/2006 (19h02min).
(Dois passageiros numa viagem para São Paulo)
Primeiro (era uma criança) – Você tá indo para onde?
Segundo (um rapaz) – Para São Paulo.
Primeiro – Você vai para a casa da minha avó?
Segundo (responde sorrindo) – Não!
Primeiro – Por quê?
Segundo – Ah, São Paulo é muito grande!
Primeiro – Não é não! São Paulo é do tamanho da casa da minha avó...
Segundo (soltando o riso espontâneo) – Sim, e o coração de sua avó é maior ainda, onde cabe todo mundo!
E o jovem afagou a cabeça do menino e sorriu gostoso...
Nova Friburgo, 13/06/2006 (19h02min).
VEM CÁ!
Vem cá, Josué Ebenézer,
o que queres da vida?
Vi uma criança sorrindo hoje –
responde o poeta –
e ela apenas olhava um patinho na lagoa...
Eu já não vejo mais patinhos
e já nem sei se as lagoas ainda existem.
Estou pagando o pato –
mesmo que hoje se paguem micos –
de ser um homem do Século XXI.
Onde o sol? Onde a lua?
Onde os reflexos dos raios na lagoa?
A água secou e meus sonhos já
não podem mais ser regados de amor.
Vem cá, Josué Ebenézer.
Mergulhe fundo no Oceano da vida.
Há um mar e um horizonte
que podem te levar para bem mais longe...
E o poeta que há dentro de mim
tão somente responde:
- Tenho medo de morrer afogado!
Nova Friburgo, 13/06/2006 (18h55min).
o que queres da vida?
Vi uma criança sorrindo hoje –
responde o poeta –
e ela apenas olhava um patinho na lagoa...
Eu já não vejo mais patinhos
e já nem sei se as lagoas ainda existem.
Estou pagando o pato –
mesmo que hoje se paguem micos –
de ser um homem do Século XXI.
Onde o sol? Onde a lua?
Onde os reflexos dos raios na lagoa?
A água secou e meus sonhos já
não podem mais ser regados de amor.
Vem cá, Josué Ebenézer.
Mergulhe fundo no Oceano da vida.
Há um mar e um horizonte
que podem te levar para bem mais longe...
E o poeta que há dentro de mim
tão somente responde:
- Tenho medo de morrer afogado!
Nova Friburgo, 13/06/2006 (18h55min).
NÃO QUERO MORRER!
Pátria de meus sonhos,
minha terra, meu povo.
Quero-a liberta e alegre,
quero-o como um renovo...
Mas não quero morrer!
E Che Guevara repete com dor:
- Não quero morrer!
De que adianta um herói morto?
Herói que ainda fala,
que ainda clama,
enquanto a razão se cala
posto que é chama...
Que um dia foi brasa,
um dia foi fogo,
já foi carvão,
já aqueceu,
hoje morreu...
Nova Friburgo, 13/06/2006 (19h06min).
minha terra, meu povo.
Quero-a liberta e alegre,
quero-o como um renovo...
Mas não quero morrer!
E Che Guevara repete com dor:
- Não quero morrer!
De que adianta um herói morto?
Herói que ainda fala,
que ainda clama,
enquanto a razão se cala
posto que é chama...
Que um dia foi brasa,
um dia foi fogo,
já foi carvão,
já aqueceu,
hoje morreu...
Nova Friburgo, 13/06/2006 (19h06min).
SONETO DE OURO
A Manoel Teixeira e Eulália (Bodas de Ouro)
Qual segredo existe para um longo casamento,
Casamento que segue e logo bodas alcança?
É amar e viver em paz, na vida cada momento
Abastecido de fé e de suprema esperança...
União com amor sincero é esta que vale ouro;
Que vale a vida terrena e nela toda a existência.
Mas só tem esta riqueza e junta este tesouro
Aquele que presto investe nesta sua permanência.
Por isto neste dia lindo, de ver brilho no olhar
As “Bodas de Ouro” atraindo uma nobre multidão
Que junto ao casal benquisto vem alegre celebrar.
Traga singelos presentes, de mui grato coração:
Orações a Deus o Pai, e estas flores espirituais,
Lembranças, recordações e também um sonho a mais...
Nova Friburgo, 20 de Maio de 2006 (12h15m).
Qual segredo existe para um longo casamento,
Casamento que segue e logo bodas alcança?
É amar e viver em paz, na vida cada momento
Abastecido de fé e de suprema esperança...
União com amor sincero é esta que vale ouro;
Que vale a vida terrena e nela toda a existência.
Mas só tem esta riqueza e junta este tesouro
Aquele que presto investe nesta sua permanência.
Por isto neste dia lindo, de ver brilho no olhar
As “Bodas de Ouro” atraindo uma nobre multidão
Que junto ao casal benquisto vem alegre celebrar.
Traga singelos presentes, de mui grato coração:
Orações a Deus o Pai, e estas flores espirituais,
Lembranças, recordações e também um sonho a mais...
Nova Friburgo, 20 de Maio de 2006 (12h15m).
quinta-feira, setembro 04, 2008
MENINA DO SOL NASCENTE
Menina do sol nascente
És bela como o meio dia.
Quero te encontrar no poente
Fazendo a minha alegria.
Acordo pensando em ti.
Pensando, eu passo o dia.
Deito-me e estás aqui
Presente nesta euforia.
Tu brilhas como o sol
Na intensa luz do fulgor
Que chega com o arrebol.
E traz contigo o amor,
Um suave perfume de rosa
Em face linda e charmosa.
Nova Friburgo, 17/05/2006(3h55m).
És bela como o meio dia.
Quero te encontrar no poente
Fazendo a minha alegria.
Acordo pensando em ti.
Pensando, eu passo o dia.
Deito-me e estás aqui
Presente nesta euforia.
Tu brilhas como o sol
Na intensa luz do fulgor
Que chega com o arrebol.
E traz contigo o amor,
Um suave perfume de rosa
Em face linda e charmosa.
Nova Friburgo, 17/05/2006(3h55m).
SE PUDESSE VOLTAR AOS MEUS QUINZE ANOS
A Tamara Rentes Rocha
Se pudesse voltar aos meus quinze anos
Os dias tão belos do raiar da juventude -
Um tempo de sonhos e de muitos planos -
Por certo tomaria uma outra atitude.
Eu ouviria a suave voz do coração
E procuraria crescer pela ciência.
Mas de uma coisa não abriria mão:
Seguir os conselhos da experiência!
Com certeza, se aos quinze pudesse voltar
Projetaria com esmero um novo futuro
Buscando a Deus em primeiro lugar.
Então minha vida não ficaria no escuro
Tendo Cristo ao lado iria caminhando
Com sua luz meus passos todos clareando.
Rio das Ostras, 13/05/2006(11h15m).
Se pudesse voltar aos meus quinze anos
Os dias tão belos do raiar da juventude -
Um tempo de sonhos e de muitos planos -
Por certo tomaria uma outra atitude.
Eu ouviria a suave voz do coração
E procuraria crescer pela ciência.
Mas de uma coisa não abriria mão:
Seguir os conselhos da experiência!
Com certeza, se aos quinze pudesse voltar
Projetaria com esmero um novo futuro
Buscando a Deus em primeiro lugar.
Então minha vida não ficaria no escuro
Tendo Cristo ao lado iria caminhando
Com sua luz meus passos todos clareando.
Rio das Ostras, 13/05/2006(11h15m).
MAMÃE
Não existe palavra mais doce
E pronunciamento mais suave
Que dizer “mamãe” como se fosse
O bater das asas de uma ave.
Não existe afeto mais belo
Nem relacionamento mais veraz
Entre filho e mãe, e este anelo
Todo ser no mundo é capaz.
É que existe nas mães, aura divina,
Presença viva de uma paz angelical
Que ao filho grato move e domina.
Emanação que nos filhos expulsa o mal,
Promove o riso, o canto e o louvor,
Pois quem tem mãe experimenta amor!
Nova Friburgo, 12/05/2006 (11h38m).
E pronunciamento mais suave
Que dizer “mamãe” como se fosse
O bater das asas de uma ave.
Não existe afeto mais belo
Nem relacionamento mais veraz
Entre filho e mãe, e este anelo
Todo ser no mundo é capaz.
É que existe nas mães, aura divina,
Presença viva de uma paz angelical
Que ao filho grato move e domina.
Emanação que nos filhos expulsa o mal,
Promove o riso, o canto e o louvor,
Pois quem tem mãe experimenta amor!
Nova Friburgo, 12/05/2006 (11h38m).
DIA DAS MÃES
Mãe, não precisas de um dia, em bem sei
Nem mesmo de qualquer comemoração.
Precisas saber que sempre te amarei
E que é teu este meu grato coração.
Não precisas de movimento e até festa
Nem mesmo flores ou algum presente.
Precisas do respeito que não se contesta
E da fiel palavra que nunca mente.
Por isso mãe, neste dia que te criaram:
Vim trazer-te com sorrisos uma flor,
Vim trazer-te um beijo e também afeto.
E dos olhos que lágrimas por mim minaram
Se tenha a visão, nestas pétalas, do grande amor
E neste beijo o sumiço de qualquer deserto.
Nova Friburgo, 12/05/2006 (11h20m).
Nem mesmo de qualquer comemoração.
Precisas saber que sempre te amarei
E que é teu este meu grato coração.
Não precisas de movimento e até festa
Nem mesmo flores ou algum presente.
Precisas do respeito que não se contesta
E da fiel palavra que nunca mente.
Por isso mãe, neste dia que te criaram:
Vim trazer-te com sorrisos uma flor,
Vim trazer-te um beijo e também afeto.
E dos olhos que lágrimas por mim minaram
Se tenha a visão, nestas pétalas, do grande amor
E neste beijo o sumiço de qualquer deserto.
Nova Friburgo, 12/05/2006 (11h20m).
SONETO DA AMIZADE
A Lindomar Ferreira da Silva
Amizade é um sentimento
Mais forte que a razão.
Não surge de momento
É cultivado no coração.
Ser amigo é algo forte
Mais forte que o próprio ser.
Foi visitado pela sorte
Quem tem amigo em seu viver.
O amigo se faz presente
Na vida por pura amizade
E o que faz a gente sente.
O amigo interesse tem:
Ora e ajuda com lealdade
E só nos resta dizer “amém!”
Rio Bonito, 28 de Março de 2006 (10h10m).
Amizade é um sentimento
Mais forte que a razão.
Não surge de momento
É cultivado no coração.
Ser amigo é algo forte
Mais forte que o próprio ser.
Foi visitado pela sorte
Quem tem amigo em seu viver.
O amigo se faz presente
Na vida por pura amizade
E o que faz a gente sente.
O amigo interesse tem:
Ora e ajuda com lealdade
E só nos resta dizer “amém!”
Rio Bonito, 28 de Março de 2006 (10h10m).
CONSELHO FISCAL
A Marcos Lopes
Olho onipresente a vasculhar
Balanços, papéis e relatórios.
Instituições que precisa sanear
Das contas, valores, nada irrisórios.
Há medo e receio no fiscalizado
Prenúncios de erros descobertos.
Acertos são logo amparados
E pareceres não ficam abertos.
Não é fácil sobre o outro falar
Opinião abalizada a emitir
A instituição precisa caminhar.
Em seara que a gente não plantou
As ações não podem transigir,
Pois o sonho o vento não levou.
Rio Bonito, 28 de Março de 2006 (09h50m).
Olho onipresente a vasculhar
Balanços, papéis e relatórios.
Instituições que precisa sanear
Das contas, valores, nada irrisórios.
Há medo e receio no fiscalizado
Prenúncios de erros descobertos.
Acertos são logo amparados
E pareceres não ficam abertos.
Não é fácil sobre o outro falar
Opinião abalizada a emitir
A instituição precisa caminhar.
Em seara que a gente não plantou
As ações não podem transigir,
Pois o sonho o vento não levou.
Rio Bonito, 28 de Março de 2006 (09h50m).
SOMBRAS NOS OLHARES
O momento é tenso.
Todos ouvem o preletor
E a gravidade do assunto
Faz convergir para o tema todas as atenções...
Os olhares são múltiplos:
Olhares duros,
Olhares tensos,
Olhares perscrutadores
Em busca de respostas nem sempre possíveis.
Havia sombras nos olhares.
Sombras de dúvida.
Inquietantes sombras que pairavam no ar,
Provenientes das angústias
De corações feridos.
Até que o orador esgotou o relatório
Acerca dos problemas financeiros, e disse:
“A criança foi amparada.
Hoje ela tem um novo lar!”
E todos sorriram.
Sorriram com o brilho do olhar.
E o sol se abriu...
Rio Bonito, 27 de Março de 2006 (16h38m).
Todos ouvem o preletor
E a gravidade do assunto
Faz convergir para o tema todas as atenções...
Os olhares são múltiplos:
Olhares duros,
Olhares tensos,
Olhares perscrutadores
Em busca de respostas nem sempre possíveis.
Havia sombras nos olhares.
Sombras de dúvida.
Inquietantes sombras que pairavam no ar,
Provenientes das angústias
De corações feridos.
Até que o orador esgotou o relatório
Acerca dos problemas financeiros, e disse:
“A criança foi amparada.
Hoje ela tem um novo lar!”
E todos sorriram.
Sorriram com o brilho do olhar.
E o sol se abriu...
Rio Bonito, 27 de Março de 2006 (16h38m).
REGRAS
A Vanderlei Batista Marins
Regras, normas e códigos.
Leis, preceitos e mais.
Inscritos n’alma ou pórticos
Sob aplausos ou mesmo ais.
Regras parlamentares.
Disciplinas para conduta.
Regras pra lamentares
Se a vida é dissoluta.
Assim a vida continua
Em sociedade e civilização
Que diante da lei fica nua.
E a voz diz: “É proibido proibir”
Essa é a voz da emoção,
Por isso é preciso resistir.
Rio Bonito, 27 de Março de 2006 (18h45m).
Regras, normas e códigos.
Leis, preceitos e mais.
Inscritos n’alma ou pórticos
Sob aplausos ou mesmo ais.
Regras parlamentares.
Disciplinas para conduta.
Regras pra lamentares
Se a vida é dissoluta.
Assim a vida continua
Em sociedade e civilização
Que diante da lei fica nua.
E a voz diz: “É proibido proibir”
Essa é a voz da emoção,
Por isso é preciso resistir.
Rio Bonito, 27 de Março de 2006 (18h45m).
MIRACEMA
A Francisco Jucá
Minha querida e tão bela cidade
Lugar em que nasci, terra natal.
Dos sonhos singelos da mocidade
Que sonha, que ri, que vence o mal.
Miracema, Miracema, cidade linda.
De um povo ordeiro que busca o amanhã.
No coração o sonho não finda,
Pois há esperança em cada manhã.
Vou cantar Miracema, louvar o seu povo.
Pisar neste solo, colher sua riqueza.
Sentir com vigor brotar o renovo.
És cidade acolhedora, cidade tão bela.
Miracema, Miracema, de tanta beleza.
Em vida de sombras tu és aquarela!
Rio Bonito, 27 de Março de 2006 (17h15m).
Minha querida e tão bela cidade
Lugar em que nasci, terra natal.
Dos sonhos singelos da mocidade
Que sonha, que ri, que vence o mal.
Miracema, Miracema, cidade linda.
De um povo ordeiro que busca o amanhã.
No coração o sonho não finda,
Pois há esperança em cada manhã.
Vou cantar Miracema, louvar o seu povo.
Pisar neste solo, colher sua riqueza.
Sentir com vigor brotar o renovo.
És cidade acolhedora, cidade tão bela.
Miracema, Miracema, de tanta beleza.
Em vida de sombras tu és aquarela!
Rio Bonito, 27 de Março de 2006 (17h15m).
quarta-feira, setembro 03, 2008
POSSE DE PASTOR
A Igreja Batista Central de Nova Friburgo
De um lado gratidão; de outro, expectativa.
Engraçado: é posse de novo pastor aqui.
Ninguém fez esta nem outra estimativa.
Mas há júbilo de alegria lá; lágrimas ali.
Que dúbio este sentimento que se vive:
Uma Igreja perde o seu pastor amado
E outra grande emoção revive:
Um novo pastor vai usar seu cajado!
Mas Deus que é soberano em suas ações
Está sobre todos e sobre tudo neste momento.
Espargindo graça e favor nos corações.
E se apresenta com seu Espírito, suave vento.
A apaziguar corações que estão em brasa.
E ao que chamara Deus o faz sentir em casa...
Nova Friburgo, 18 de Março de 2006 (21h10m).
De um lado gratidão; de outro, expectativa.
Engraçado: é posse de novo pastor aqui.
Ninguém fez esta nem outra estimativa.
Mas há júbilo de alegria lá; lágrimas ali.
Que dúbio este sentimento que se vive:
Uma Igreja perde o seu pastor amado
E outra grande emoção revive:
Um novo pastor vai usar seu cajado!
Mas Deus que é soberano em suas ações
Está sobre todos e sobre tudo neste momento.
Espargindo graça e favor nos corações.
E se apresenta com seu Espírito, suave vento.
A apaziguar corações que estão em brasa.
E ao que chamara Deus o faz sentir em casa...
Nova Friburgo, 18 de Março de 2006 (21h10m).
Ser igreja
A PIB de Lumiar
Ser Igreja neste tempo presente –
Dias difíceis de esfacelamento –
Não é fácil! Mas a Bíblia não mente:
Onde o Espírito chega há ajuntamento.
Igreja é povo, é gente de Deus,
Coração que se abre para o novo.
Tem a missão de pregar os céus
E preparar a esposa para o noivo.
Que os crentes reunidos como Igreja
Abracem sua missão e vivam por fé,
Dessa forma vencerão toda a peleja.
E a Igreja caminhando, firmada em Jesus,
Prosseguindo alegre, celebrando de pé,
Vive e proclama a mensagem da cruz.
Lumiar, 11/02/2006 (22h20m).
Ser Igreja neste tempo presente –
Dias difíceis de esfacelamento –
Não é fácil! Mas a Bíblia não mente:
Onde o Espírito chega há ajuntamento.
Igreja é povo, é gente de Deus,
Coração que se abre para o novo.
Tem a missão de pregar os céus
E preparar a esposa para o noivo.
Que os crentes reunidos como Igreja
Abracem sua missão e vivam por fé,
Dessa forma vencerão toda a peleja.
E a Igreja caminhando, firmada em Jesus,
Prosseguindo alegre, celebrando de pé,
Vive e proclama a mensagem da cruz.
Lumiar, 11/02/2006 (22h20m).
Soneto da Esperança
Um suave som se fez ouvir à porta
E eu rápido fui logo atender.
Ouvi uma voz que julgava morta
E cuja ausência me fazia sofrer.
Então sorriso se fez esboço em meu rosto
E algo em mim de novo vi renascer.
Alguém julgou estar tomado de mosto
De tanta alegria que dava pra perceber.
Se a esperança é a última que morre
Há sempre a chance de vê-la a vida voltar
Sem precisar encher a cara de porre.
A esperança refaz o jeito de amar
E quando chega tudo se faz diferente
Emprestando viço a pobre vida da gente.
Guarani, 29/01/2006(07h45m).
E eu rápido fui logo atender.
Ouvi uma voz que julgava morta
E cuja ausência me fazia sofrer.
Então sorriso se fez esboço em meu rosto
E algo em mim de novo vi renascer.
Alguém julgou estar tomado de mosto
De tanta alegria que dava pra perceber.
Se a esperança é a última que morre
Há sempre a chance de vê-la a vida voltar
Sem precisar encher a cara de porre.
A esperança refaz o jeito de amar
E quando chega tudo se faz diferente
Emprestando viço a pobre vida da gente.
Guarani, 29/01/2006(07h45m).
MARESSA
A Maressa de Paula Nascimento em seus 15 anos.
Maressa rima com mar e beleza.
Aproveite essas ondas, Maressa
e navegue segura no mar que se anuncia.
Mas, se da vida as vagas forem procelosas,
tu podes naufragar ou tornar venturosas
todas as esperanças dessa travessia.
Basta tomar a atitude
de em tua juventude
convidar Jesus para habitar.
E ele que é a única esperança
em ti promoverá bonança
para tua alma descansar.
Maressa, no mar de tua vida
afaste toda tristeza
e também qualquer pobreza
seja de espírito ou coração.
E flutuando nas asas do Espírito
nestas nuvens que deságuam em mar
segure de Deus a mão.
Por isso, Maressa, já que teu nome combina -
com riqueza e com beleza - vê se não desafina
e torne-te essa princesa que Deus de ti quer fazer.
E a ele buscando intensamente
e a Palavra meditando na mente
te fará ter grande certeza de nos céus com o Pai viver.
Nova Friburgo, 14 de Janeiro de 2006 (21h05m).
Maressa rima com mar e beleza.
Aproveite essas ondas, Maressa
e navegue segura no mar que se anuncia.
Mas, se da vida as vagas forem procelosas,
tu podes naufragar ou tornar venturosas
todas as esperanças dessa travessia.
Basta tomar a atitude
de em tua juventude
convidar Jesus para habitar.
E ele que é a única esperança
em ti promoverá bonança
para tua alma descansar.
Maressa, no mar de tua vida
afaste toda tristeza
e também qualquer pobreza
seja de espírito ou coração.
E flutuando nas asas do Espírito
nestas nuvens que deságuam em mar
segure de Deus a mão.
Por isso, Maressa, já que teu nome combina -
com riqueza e com beleza - vê se não desafina
e torne-te essa princesa que Deus de ti quer fazer.
E a ele buscando intensamente
e a Palavra meditando na mente
te fará ter grande certeza de nos céus com o Pai viver.
Nova Friburgo, 14 de Janeiro de 2006 (21h05m).
MINISTÉRIO
A Dálcio da Silva Oliveira em seus 25 anos de Ministério Pastoral
É Deus quem chama e a gente só ouve
E a voz insiste nesse tom a nos chamar.
E em dado momento, porque isso a Deus aprouve
A gente responde: “Sim, Deus, pode comigo contar!”
E inicia um ministério com sonhos no coração
Embalados pelo amor a esse Deus que nos chamou.
Então, ao pecador perdido, por suas almas tendo paixão
Como teve o Filho de Deus que ao mundo tanto amou.
Mas Deus diz em Sua Palavra, que quem quer o episcopado
Uma excelente Obra esse alguém assim deseja
E porque foi Deus quem disse meu coração acredita.
E quando me sinto fraco e um tanto abandonado
O que meu corpo quer, o que meu corpo almeja
É em Deus descansar e vencer toda desdita.
Cordeiro, 07 de Janeiro de 2006 (21h10m).
É Deus quem chama e a gente só ouve
E a voz insiste nesse tom a nos chamar.
E em dado momento, porque isso a Deus aprouve
A gente responde: “Sim, Deus, pode comigo contar!”
E inicia um ministério com sonhos no coração
Embalados pelo amor a esse Deus que nos chamou.
Então, ao pecador perdido, por suas almas tendo paixão
Como teve o Filho de Deus que ao mundo tanto amou.
Mas Deus diz em Sua Palavra, que quem quer o episcopado
Uma excelente Obra esse alguém assim deseja
E porque foi Deus quem disse meu coração acredita.
E quando me sinto fraco e um tanto abandonado
O que meu corpo quer, o que meu corpo almeja
É em Deus descansar e vencer toda desdita.
Cordeiro, 07 de Janeiro de 2006 (21h10m).
SONETO DO AMOR ETERNO
“Com amor eterno te amei e com benignidade te atrai” (Jr 32.1).
Com eterno amor te amei não te espantes
Se o humano coração vazio se achar...
Amo-te criatura por todos os instantes
Da conjugação serena desse jeito de amar!
Amo-te no princípio, na jornada e ao fim
Estou presente nos momentos todos de tua vida
O meu Filho é a prova do amor que há em mim
Amor que em ti só espera por guarida...
Amo-te com amor sublime, incondicional.
Tenho amor que em mim faz parte da essência
E é capaz de dar força pra vencer todo o mal.
E de um amor tão nobre e com tal permanência
Nada haverá para ti por grande e colossal
Senão meu grande amor em tua existência.
Nova Friburgo, 02 de Janeiro de 2006 (07h24m).
Com eterno amor te amei não te espantes
Se o humano coração vazio se achar...
Amo-te criatura por todos os instantes
Da conjugação serena desse jeito de amar!
Amo-te no princípio, na jornada e ao fim
Estou presente nos momentos todos de tua vida
O meu Filho é a prova do amor que há em mim
Amor que em ti só espera por guarida...
Amo-te com amor sublime, incondicional.
Tenho amor que em mim faz parte da essência
E é capaz de dar força pra vencer todo o mal.
E de um amor tão nobre e com tal permanência
Nada haverá para ti por grande e colossal
Senão meu grande amor em tua existência.
Nova Friburgo, 02 de Janeiro de 2006 (07h24m).
segunda-feira, agosto 04, 2008
SONETO A LUCAS SOARES
Quantos sonhos, meu filho, teu coração abriga
Lucas, querido, filho primeiro do amor...
Se em teus pensamentos há emoções e há briga
Lute e vença sempre tendo a Deus por Senhor!
Cante o canto da esperança, do sonho de futuro
Deixe no ar as notas soltas da paixão...
Exerça a fé mesmo que um salto no escuro.
Nos braços de Deus descansa teu coração.
E se densas trevas te toldarem a vista
Nesta curta caminhada pelo mundo cruel
Volte ao Caminho e sempre nele insista.
No vento os prazeres são folhas de papel
Mas faças da Verdade sua grande conquista
Mirando a eternidade, parta em busca do céu.
Nova Friburgo, 02 de Janeiro de 2006 (07h47m).
Lucas, querido, filho primeiro do amor...
Se em teus pensamentos há emoções e há briga
Lute e vença sempre tendo a Deus por Senhor!
Cante o canto da esperança, do sonho de futuro
Deixe no ar as notas soltas da paixão...
Exerça a fé mesmo que um salto no escuro.
Nos braços de Deus descansa teu coração.
E se densas trevas te toldarem a vista
Nesta curta caminhada pelo mundo cruel
Volte ao Caminho e sempre nele insista.
No vento os prazeres são folhas de papel
Mas faças da Verdade sua grande conquista
Mirando a eternidade, parta em busca do céu.
Nova Friburgo, 02 de Janeiro de 2006 (07h47m).
CRIANÇA
Linda criança de uns olhos vivos
De súplicas ingentes no olhar.
Vi-te passar por entre mendigos
No calçadão à beira-mar.
À beira-vida, quase um sopro
Quase esvaindo em desespero.
Brincando ingênua sem ter abrigo
Correndo riscos e até perigo
De acidente e atropelo.
Vi-te criança de pele clara
Roupas rasgadas, pés no chão.
Cabelos ruivos em desalinho
Mãos estendidas pedindo pão.
E meu coração descompassado
Nos passos teus no calçadão
Quis logo ser recompensado
Por decidir estender-te a mão.
Mas logo atrás de ti vieram
Uns homens sujos e mau olhar.
Carrancas graves e as mulheres
Semi-nuas a acompanhar.
E triste a vida e triste o sonho
E quão medonho é o meu pensar:
Que é o homem? meu Deus
Que é o homem? para dele lembrar...
E eu com medo e muito aflito
Recolho a mão, guardo a carteira
Meu coração que estava contrito
Murcha e silente pensa besteira.
Pensa em pânico, num arrastão,
Os homens monstros sobre mim
E nesta visão uma multidão
Me massacrando até o fim!
Corro entre carros, bem apressado,
Busco um abrigo e segurança.
Amar neste mundo é complicado
Meu coração só quer bonança.
Pulo num táxi ainda andando
Quero sumir da Zona Sul.
Vejo a criança ao longe chorando
Disfarço o olhar no céu azul...
Disfarço a vida, revejo os sonhos.
Encaro a luta do dia a dia.
Meus compromissos são tamanhos
Não sei se volto à alegria.
De outra vez te encontrar.
O fato é que em mim persiste
E fixa firme e não desiste
A ingente súplica de teu olhar...
Nova Friburgo, 02 de Janeiro de 2006 (08h21m).
De súplicas ingentes no olhar.
Vi-te passar por entre mendigos
No calçadão à beira-mar.
À beira-vida, quase um sopro
Quase esvaindo em desespero.
Brincando ingênua sem ter abrigo
Correndo riscos e até perigo
De acidente e atropelo.
Vi-te criança de pele clara
Roupas rasgadas, pés no chão.
Cabelos ruivos em desalinho
Mãos estendidas pedindo pão.
E meu coração descompassado
Nos passos teus no calçadão
Quis logo ser recompensado
Por decidir estender-te a mão.
Mas logo atrás de ti vieram
Uns homens sujos e mau olhar.
Carrancas graves e as mulheres
Semi-nuas a acompanhar.
E triste a vida e triste o sonho
E quão medonho é o meu pensar:
Que é o homem? meu Deus
Que é o homem? para dele lembrar...
E eu com medo e muito aflito
Recolho a mão, guardo a carteira
Meu coração que estava contrito
Murcha e silente pensa besteira.
Pensa em pânico, num arrastão,
Os homens monstros sobre mim
E nesta visão uma multidão
Me massacrando até o fim!
Corro entre carros, bem apressado,
Busco um abrigo e segurança.
Amar neste mundo é complicado
Meu coração só quer bonança.
Pulo num táxi ainda andando
Quero sumir da Zona Sul.
Vejo a criança ao longe chorando
Disfarço o olhar no céu azul...
Disfarço a vida, revejo os sonhos.
Encaro a luta do dia a dia.
Meus compromissos são tamanhos
Não sei se volto à alegria.
De outra vez te encontrar.
O fato é que em mim persiste
E fixa firme e não desiste
A ingente súplica de teu olhar...
Nova Friburgo, 02 de Janeiro de 2006 (08h21m).
NO MINISTÉRIO
A Dejalmir Waldhelm
Porque Deus te chamou,
preparado estás para o novo desafio.
E ao teu lado está aquele
que quando a vida estava por um fio,
no madeiro,
disse ao Pai:
- ESTÁ CONSUMADO!
Talvez te sintas como Jesus:
Não podes voltar atrás.
É a posse!
E o povo está presente;
e o coral celebrando;
e as atenções voltadas para teu rosto brilhante,
resplandecente de júbilo e paz.
É grande a responsabilidade.
Mas teu coração está pleno de confiança
e prenhe de uma esperança
que só se deixa por ela fecundar
quem tem o Espírito de Deus.
Por isso, pastor,
neste Culto de Posse:
Que o sonho não esqueça,
que tua mão se esforce
e que o coração aqueça,
com a bênção do Cristo.
E no meio das lutas,
nas batalhas da vida
vividas aqui.
Sintas o toque suave
dessa mão tão querida
de Deus sobre ti.
E a inspiração não te falte.
E porção dobrada do Espírito
sobre ti repouse.
E tenhas sempre a unção.
E no cotidiano do ministério
sintas paz no coração.
Nova Friburgo, 26 de Novembro de 2005 (21h).
Porque Deus te chamou,
preparado estás para o novo desafio.
E ao teu lado está aquele
que quando a vida estava por um fio,
no madeiro,
disse ao Pai:
- ESTÁ CONSUMADO!
Talvez te sintas como Jesus:
Não podes voltar atrás.
É a posse!
E o povo está presente;
e o coral celebrando;
e as atenções voltadas para teu rosto brilhante,
resplandecente de júbilo e paz.
É grande a responsabilidade.
Mas teu coração está pleno de confiança
e prenhe de uma esperança
que só se deixa por ela fecundar
quem tem o Espírito de Deus.
Por isso, pastor,
neste Culto de Posse:
Que o sonho não esqueça,
que tua mão se esforce
e que o coração aqueça,
com a bênção do Cristo.
E no meio das lutas,
nas batalhas da vida
vividas aqui.
Sintas o toque suave
dessa mão tão querida
de Deus sobre ti.
E a inspiração não te falte.
E porção dobrada do Espírito
sobre ti repouse.
E tenhas sempre a unção.
E no cotidiano do ministério
sintas paz no coração.
Nova Friburgo, 26 de Novembro de 2005 (21h).
MEUS QUINZE ANOS
A Ivoneara Pereira
Cantou o poeta famoso
a saudade tida da aurora da vida.
Não posso cantar de saudade
pois sendo ainda moça
não fiz qualquer despedida
que me faça recordar o passado.
Em minha vida e meu corpo
não tem definição a saudade.
Sei cantar de felicidade
da infância que ainda cheira perto
e do futuro que por certo
do passado trará recordação.
Canto estes anos que Deus
neste dia festivo me concedeu
para meu coração embevecer.
Canto os encantos floridos
nestes meus dias vividos
meus quinze anos agradecer.
Nova Friburgo, 08 de Outubro de 2005. (17h44m).
Cantou o poeta famoso
a saudade tida da aurora da vida.
Não posso cantar de saudade
pois sendo ainda moça
não fiz qualquer despedida
que me faça recordar o passado.
Em minha vida e meu corpo
não tem definição a saudade.
Sei cantar de felicidade
da infância que ainda cheira perto
e do futuro que por certo
do passado trará recordação.
Canto estes anos que Deus
neste dia festivo me concedeu
para meu coração embevecer.
Canto os encantos floridos
nestes meus dias vividos
meus quinze anos agradecer.
Nova Friburgo, 08 de Outubro de 2005. (17h44m).
IGREJA BATISTA DO PRADO
Às minhas ovelhas queridas
no Jubileu de Prata da Igreja.
Um dia o Pai tomou uma decisão:
Sobre seu Filho fundaria a Igreja.
Ao mundo o enviou com a missão
De contra o mal vencer a peleja.
Um dia o Pai também decidiu
No Prado uma Igreja estabelecer.
E nesta cidade mais forte se ouviu
As Novas que anunciam um reviver.
Mas uma verdade continua imutável:
Ninguém pode por outro fundamento
Além do que já está posto e é Jesus.
E sobre esta certeza inabalável
A Batista do Prado, neste momento,
Celebra seu Jubileu junto à cruz!
Nova Friburgo, 14 de Setembro de 2005. (21h20m).
no Jubileu de Prata da Igreja.
Um dia o Pai tomou uma decisão:
Sobre seu Filho fundaria a Igreja.
Ao mundo o enviou com a missão
De contra o mal vencer a peleja.
Um dia o Pai também decidiu
No Prado uma Igreja estabelecer.
E nesta cidade mais forte se ouviu
As Novas que anunciam um reviver.
Mas uma verdade continua imutável:
Ninguém pode por outro fundamento
Além do que já está posto e é Jesus.
E sobre esta certeza inabalável
A Batista do Prado, neste momento,
Celebra seu Jubileu junto à cruz!
Nova Friburgo, 14 de Setembro de 2005. (21h20m).
SEREI FIEL AO CHAMADO
A Alex Cordeiro
A voz veio suave e terna
E meu coração ouviu-a firme.
Voz de autoridade paterna
Convocando para ir-me.
A voz veio resoluta
E ecoou por todo canto;
E em mim provocou luta
E despertou o pranto.
Ao ouvir a voz de Deus
Dentro de mim e do meu lado
Travou-se batalha imensa.
Até que meu ser respondeu:
- Serei fiel ao chamado!
E reinou uma paz intensa...
Nova Friburgo, 10 de Setembro de 2005. (20h40m).
A voz veio suave e terna
E meu coração ouviu-a firme.
Voz de autoridade paterna
Convocando para ir-me.
A voz veio resoluta
E ecoou por todo canto;
E em mim provocou luta
E despertou o pranto.
Ao ouvir a voz de Deus
Dentro de mim e do meu lado
Travou-se batalha imensa.
Até que meu ser respondeu:
- Serei fiel ao chamado!
E reinou uma paz intensa...
Nova Friburgo, 10 de Setembro de 2005. (20h40m).
terça-feira, julho 29, 2008
Decepção!
Eu nem sei que horas são.
Eu só sei que agora dói meu coração.
Eu nem sei mais dizer o que é fé.
Só sei que em minha vida
a esperança e a alegria deram marcha a ré...
Como a planta germina na terra e precisa
do carinho do solo envolvendo-a
(para neste aconchego subsistir e vingar...).
Meu coração germinado de amor
viu a terra de seu solo desmoronar
e as rachaduras da frustração,
como frestas de decepção,
erodirem a semente que estava ali para frutificar.
A seiva maldita do escárnio, da zombaria,
da maledicência e da calúnia
se infiltra célere nas brechas diabólicas
de homens que de Deus só tem a Criação.
Profissionais da fé que manipulam sistemas e coisas,
gentes e consciências, para seus fins espúrios de
encherem a aljava de setas satânicas
para diabólicas conquistas.
Ah, meu Deus! Até quando assistiremos inertes
as profundezas do inferno abalarem a igreja?
Até quando in nomine Dei será desculpa
para falsários se apropriarem do seu Reino,
salafrários se infiltrarem nos corredores eclesiásticos
e cuspirem sua peçonha mortífera no rosto de
inocentes criaturas que só querem
uma oportunidade de serviço cristão?
Tem misericórdia do povo que se chama pelo seu nome
e cuida deste escrevente que está morrendo
por dentro e precisa neste instante do Cristo Sofredor
para lhe ajudar a atravessar este Vale de Sombra da Morte.
Nova Friburgo, 15 de Julho de 2005. (4h50m).
Eu só sei que agora dói meu coração.
Eu nem sei mais dizer o que é fé.
Só sei que em minha vida
a esperança e a alegria deram marcha a ré...
Como a planta germina na terra e precisa
do carinho do solo envolvendo-a
(para neste aconchego subsistir e vingar...).
Meu coração germinado de amor
viu a terra de seu solo desmoronar
e as rachaduras da frustração,
como frestas de decepção,
erodirem a semente que estava ali para frutificar.
A seiva maldita do escárnio, da zombaria,
da maledicência e da calúnia
se infiltra célere nas brechas diabólicas
de homens que de Deus só tem a Criação.
Profissionais da fé que manipulam sistemas e coisas,
gentes e consciências, para seus fins espúrios de
encherem a aljava de setas satânicas
para diabólicas conquistas.
Ah, meu Deus! Até quando assistiremos inertes
as profundezas do inferno abalarem a igreja?
Até quando in nomine Dei será desculpa
para falsários se apropriarem do seu Reino,
salafrários se infiltrarem nos corredores eclesiásticos
e cuspirem sua peçonha mortífera no rosto de
inocentes criaturas que só querem
uma oportunidade de serviço cristão?
Tem misericórdia do povo que se chama pelo seu nome
e cuida deste escrevente que está morrendo
por dentro e precisa neste instante do Cristo Sofredor
para lhe ajudar a atravessar este Vale de Sombra da Morte.
Nova Friburgo, 15 de Julho de 2005. (4h50m).
Ai, Meu Filho!
Antes que tenhas que chorar por um filho,
lamentar seus descaminhos e a dor do sofrer,
lamuriar a todo instante, sem ao menos saber
se terás de volta a paz do filho retornado ao lar...
Digas para ti mesmo: - Meu filho quero te amar!
Antes que tenhas de perder as noites de um sono
que não conciliastes, e curtir a dor do abandono
por quem tanto amaste. E na noite, o sonho,
se transformar em pesadelo medonho:
Na escura noite da solidão do amor...
E antes ainda, que já sem esperanças,
nos teus olhos as lágrimas secarem
e teus sonhos murcharem
e antes que teu mundo seja despovoado de crianças
faça a ti mesmo um favor!
Erga os olhos para ver ao teu redor
e enxerga teu filho clamando tua ajuda,
e pedindo teu carinho, e implorando teu amor.
Não te faças de pessoa cega, surda e muda
aos sinais vitais de socorro do menor...
Nova Friburgo, 30 de Maio de 2005. (6h39m).
lamentar seus descaminhos e a dor do sofrer,
lamuriar a todo instante, sem ao menos saber
se terás de volta a paz do filho retornado ao lar...
Digas para ti mesmo: - Meu filho quero te amar!
Antes que tenhas de perder as noites de um sono
que não conciliastes, e curtir a dor do abandono
por quem tanto amaste. E na noite, o sonho,
se transformar em pesadelo medonho:
Na escura noite da solidão do amor...
E antes ainda, que já sem esperanças,
nos teus olhos as lágrimas secarem
e teus sonhos murcharem
e antes que teu mundo seja despovoado de crianças
faça a ti mesmo um favor!
Erga os olhos para ver ao teu redor
e enxerga teu filho clamando tua ajuda,
e pedindo teu carinho, e implorando teu amor.
Não te faças de pessoa cega, surda e muda
aos sinais vitais de socorro do menor...
Nova Friburgo, 30 de Maio de 2005. (6h39m).
O QUE FALTA AINDA
O que falta ainda
para concluir minha jornada;
dar por encerrada
minha trajetória de ovelha muda e tosquiada?
O rebanho do Pastor
não é negociado na Bolsa de Valores.
Nem corações sofredores
são medidos e pesados pela dor!
As ovelhas desse rebanho
não são números nas estatísticas
nem se prestam a intenções cabalísticas
de quem queira fazer crescer seu tamanho.
Não é um rebanho fechado,
o aprisco nunca fica lacrado,
como a impedir a entrada de mais alguém!
O Pastor do rebanho não trata a ninguém com desdém...
O mundo está difícil
eivado de tanto vício
e tomado por transgressão.
No rebanho do Pastor nos tornamos irmãos!
O que falta ainda -
para deixar de ser ovelha -
é de Deus perceber a centelha
que transporta da terra ao céu em estrada linda!
As ovelhas da Terra
como Elias subirão no renovo
em carruagens construídas com fogo
para a posse das delícias que o Céu encerra...
Nova Friburgo, 03 de Maio de 2005 (6h52m).
para concluir minha jornada;
dar por encerrada
minha trajetória de ovelha muda e tosquiada?
O rebanho do Pastor
não é negociado na Bolsa de Valores.
Nem corações sofredores
são medidos e pesados pela dor!
As ovelhas desse rebanho
não são números nas estatísticas
nem se prestam a intenções cabalísticas
de quem queira fazer crescer seu tamanho.
Não é um rebanho fechado,
o aprisco nunca fica lacrado,
como a impedir a entrada de mais alguém!
O Pastor do rebanho não trata a ninguém com desdém...
O mundo está difícil
eivado de tanto vício
e tomado por transgressão.
No rebanho do Pastor nos tornamos irmãos!
O que falta ainda -
para deixar de ser ovelha -
é de Deus perceber a centelha
que transporta da terra ao céu em estrada linda!
As ovelhas da Terra
como Elias subirão no renovo
em carruagens construídas com fogo
para a posse das delícias que o Céu encerra...
Nova Friburgo, 03 de Maio de 2005 (6h52m).
SAUDADES
Quando choro ao te ver partindo,
uma dor no meu ser sentindo
achando que já não resta mais nada.
Percebo que sentirei saudade de tua vida,
mesmo que não consiga fazer despedida
e que te tornes só pessoa imaginada.
É que tua presença foi mais que existência:
Foi luz divina, irradiação de inteligência,
num mundo árido, absorto em trevas.
Buscarei luz no meio dessa escuridão,
me sentirei só, mesmo em meio à multidão,
mas seguirei para onde tu me levas.
Pois a saudade é mais forte que tudo,
e põe palavras de amor em coração mudo
e canções de esperança no reino da solidão.
Sentir-me-ei mais forte neste novo dia,
quando pleno de lembranças, santa utopia,
lembrar de ti, recordar, e encontrar razão!
Nova Friburgo, 02 de Maio de 2005. (7h30m).
uma dor no meu ser sentindo
achando que já não resta mais nada.
Percebo que sentirei saudade de tua vida,
mesmo que não consiga fazer despedida
e que te tornes só pessoa imaginada.
É que tua presença foi mais que existência:
Foi luz divina, irradiação de inteligência,
num mundo árido, absorto em trevas.
Buscarei luz no meio dessa escuridão,
me sentirei só, mesmo em meio à multidão,
mas seguirei para onde tu me levas.
Pois a saudade é mais forte que tudo,
e põe palavras de amor em coração mudo
e canções de esperança no reino da solidão.
Sentir-me-ei mais forte neste novo dia,
quando pleno de lembranças, santa utopia,
lembrar de ti, recordar, e encontrar razão!
Nova Friburgo, 02 de Maio de 2005. (7h30m).
LÁGRIMAS
A J. J. Soares Filho
Quando você se foi
havia em cima da mesa um jarro
e dentro uma rosa branca que murchava.
E eu olhava a rosa
se despetalando a cada dia útil;
e me sentia inútil enquanto a rosa olhava.
Sobre aquela mesa,
de uma fórmica marrom cruel,
as pétalas caíram todas ao redor do vaso.
Apenas uma ficou,
presa a haste como um papel,
onde a vida não mais escreveria pelo atraso.
E em cada pétala caída
vi esvair-se um pouco de minha vida
num sonho que ia transformando-se em dor.
Já não o teria mais perto.
No leito, seu ser exaurindo-se desperto,
em olhos inquietos que ainda transmitiam calor.
Percebi que as pétalas
(largadas na mesa e ao vento)
eram lágrimas perfumadas do meu coração.
Até que a última - da haste
soltou-se - e trouxe naquele momento
a lágrima mais quente da triste separação.
Nova Friburgo, 02 de Maio de 2005 (7h55m).
Quando você se foi
havia em cima da mesa um jarro
e dentro uma rosa branca que murchava.
E eu olhava a rosa
se despetalando a cada dia útil;
e me sentia inútil enquanto a rosa olhava.
Sobre aquela mesa,
de uma fórmica marrom cruel,
as pétalas caíram todas ao redor do vaso.
Apenas uma ficou,
presa a haste como um papel,
onde a vida não mais escreveria pelo atraso.
E em cada pétala caída
vi esvair-se um pouco de minha vida
num sonho que ia transformando-se em dor.
Já não o teria mais perto.
No leito, seu ser exaurindo-se desperto,
em olhos inquietos que ainda transmitiam calor.
Percebi que as pétalas
(largadas na mesa e ao vento)
eram lágrimas perfumadas do meu coração.
Até que a última - da haste
soltou-se - e trouxe naquele momento
a lágrima mais quente da triste separação.
Nova Friburgo, 02 de Maio de 2005 (7h55m).
VERSOS SOLTOS
A Katia Cardoso Soares
Katia! Minha querida,
paixão da minha vida,
desejo de meu coração!
Sonho sempre com você,
anseio logo lhe ver,
tocá-la com minha mão!
Quero senti-la bem perto,
amá-la muito, decerto:
Isto é desejo intenso!
Não fico sequer um segundo
- você domina meu mundo -
sem pensar em tudo que penso!
Amá-la por horas a fio...
Nosso calor espantar o frio
debaixo de um cobertor!
Tocando sua pele suave
voar bem leve, qual ave:
Nos sonhos de nosso amor!
Katia! Você me faz delirar
seu corpo na febre de amar
convida a desejo e paixão!
Por isso, mesmo longe estando
sua lembrança me confortando
reina paz em meu coração!
São Fidélis, 29 de Abril de 2005 (23h15m).
Katia! Minha querida,
paixão da minha vida,
desejo de meu coração!
Sonho sempre com você,
anseio logo lhe ver,
tocá-la com minha mão!
Quero senti-la bem perto,
amá-la muito, decerto:
Isto é desejo intenso!
Não fico sequer um segundo
- você domina meu mundo -
sem pensar em tudo que penso!
Amá-la por horas a fio...
Nosso calor espantar o frio
debaixo de um cobertor!
Tocando sua pele suave
voar bem leve, qual ave:
Nos sonhos de nosso amor!
Katia! Você me faz delirar
seu corpo na febre de amar
convida a desejo e paixão!
Por isso, mesmo longe estando
sua lembrança me confortando
reina paz em meu coração!
São Fidélis, 29 de Abril de 2005 (23h15m).
JUBILEU DE OURO
A Igreja Batista em Santa Maria Madalena
Hoje se contam, completos, exatos:
Cinqüenta anos de um dia especial.
Juntamos da história eventos e fatos
e não esquecemos da Igreja o natal.
Em Madalena, uma Igreja Batista
surgiu como obra e fruto da fé.
Na Bíblia Sagrada mantendo a vista
com gente humilde se pondo de pé.
Mas, Senhor, a história não acabou!
Cinqüenta é apenas um belo começo
de algo que ainda não se realizou...
E a vida da Igreja no altar de Deus
crendo no Cristo que pagou o preço
futuro de glória terá para os seus.
Santa Maria Madalena, 24 de abril de 2005 (11h40m).
Hoje se contam, completos, exatos:
Cinqüenta anos de um dia especial.
Juntamos da história eventos e fatos
e não esquecemos da Igreja o natal.
Em Madalena, uma Igreja Batista
surgiu como obra e fruto da fé.
Na Bíblia Sagrada mantendo a vista
com gente humilde se pondo de pé.
Mas, Senhor, a história não acabou!
Cinqüenta é apenas um belo começo
de algo que ainda não se realizou...
E a vida da Igreja no altar de Deus
crendo no Cristo que pagou o preço
futuro de glória terá para os seus.
Santa Maria Madalena, 24 de abril de 2005 (11h40m).
FLOR BELA
A Florbela Espanca
Tu és a flor que o jardim da poesia apresentou
para eternamente amar e amar perdidamente.
Teu amor não é feito de palavras que vento levou
ou que águas correntes, abissais, afastou da gente.
És a primeira flor da primavera, quando o sol reluz.
E que um passante atraído, pelo amor envolvido,
no jardim da vida colheu pra si - mesmo sem fazer jus -,
para reter hoje e sempre teu perfume esquecido.
Tua volúpia me encanta, quando meu ego estanca.
Este jeito de amar sem amar: Fazer poesia!
No frasco do pensamento reterei teu sentimento.
E sempre que a nuvem sombria, em uma noite fria,
me atravessar o andar. Inalarei do amor sete gotas,
vestir-me-ei de frases marotas, e por-me-ei a amar...
Nova Friburgo, 10 de Abril de 2005. (13h45m).
Tu és a flor que o jardim da poesia apresentou
para eternamente amar e amar perdidamente.
Teu amor não é feito de palavras que vento levou
ou que águas correntes, abissais, afastou da gente.
És a primeira flor da primavera, quando o sol reluz.
E que um passante atraído, pelo amor envolvido,
no jardim da vida colheu pra si - mesmo sem fazer jus -,
para reter hoje e sempre teu perfume esquecido.
Tua volúpia me encanta, quando meu ego estanca.
Este jeito de amar sem amar: Fazer poesia!
No frasco do pensamento reterei teu sentimento.
E sempre que a nuvem sombria, em uma noite fria,
me atravessar o andar. Inalarei do amor sete gotas,
vestir-me-ei de frases marotas, e por-me-ei a amar...
Nova Friburgo, 10 de Abril de 2005. (13h45m).
quinta-feira, julho 10, 2008
O HOMEM DO QUADRO CHOROU
A sala era ampla e de muitas cadeiras.
O espaço nobre e as paredes cobertas de quadros:
Gente antiga, de semblante sério!
De parecença importante para o povo daquele lugar.
As molduras bonitas e as fotos enormes
emprestavam ao ambiente uma certa intimidade
- algo como se alguém nos olhasse de perto –
trazendo do passado a companhia de uma gente séria
que contrastava com as cadeiras vazias do lugar.
Será que aqueles homens dos quadros já se assentaram nestas cadeiras?
Alguns quadros eram pinturas:
Óleo sobre tela que custara a pose do retratado e o tempo e a arte do retratista.
Outros, fotos ampliadas aumentando a imponência dos modelos.
Tudo corroborava para que o ambiente ficasse carregado
de uma solenidade invasiva que me deixava atordoado.
Mas, de repente, o tom ficou ainda mais monocórdio:
Uma chuva torrencial cai e o barulho da água despencando do firmamento
faz do ambiente um lugar ainda mais
prenhe de recordação e memória.
À minha frente, um quadro com grande foto,
de homem grave e sério, trazia um vidro protetor.
E o vidro semi-embaçado pela poeira do tempo
reluzia tímido, refletindo a luz artificial do enorme salão.
E o homem do quadro sorria amarelo há pelo menos uns
cinqüenta anos, preso que estava na moldura daquele quadro
que também tinha vidro e tinha contornos definidos que impunham limites.
O moço, de bigode fino e ralo, espremia-se torto atrás do vidro sujo e frio.
Enquanto isso a chuva caía!
E o clima fazia-se frio e cada vez mais triste.
Até que as águas da chuva invadem a sala:
Pelas janelas. Pelo forro. Pelo lambri despencado do teto antigo.
Pelas paredes. E por onde mais houvesse uma fresta
de velhice que pudesse deixar passar águas incontroláveis.
Quando olho para o quadro de minha reflexão,
as águas escorrem pelo vidro que protege a foto da intempérie,
mas não impedem o homem do quadro de chorar...
Era como se o moço do quadro chorasse
o choro terminal de uma vida,
há tanto tempo represado naquele olhar distante e vazio!
Eram hipotéticas lágrimas de libertação
num convulsivo choro hipnótico
da fantasia de olhar a vida inteira
(vida de quadro em parede geralmente só começa com a morte do dono do rosto)
através das quatro paredes de uma sala fechada no tempo
e distante da vida que viceja lá fora, onde canta o sabiá...
O homem do quadro chorou - com a chuva daquela tarde -
o seu olhar perdido em direção ao infinito do não-existir.
E as lágrimas do moço do quadro de vidro -
na sala antiga da cidade velha -,
vertiam a esperança de tantos vivos que nem sequer retratos serão
nas carteiras dos entes queridos que dinheiro não têm para guardar!
Santa Maria Madalena, 26 de Março de 2005. (9h15m).
O espaço nobre e as paredes cobertas de quadros:
Gente antiga, de semblante sério!
De parecença importante para o povo daquele lugar.
As molduras bonitas e as fotos enormes
emprestavam ao ambiente uma certa intimidade
- algo como se alguém nos olhasse de perto –
trazendo do passado a companhia de uma gente séria
que contrastava com as cadeiras vazias do lugar.
Será que aqueles homens dos quadros já se assentaram nestas cadeiras?
Alguns quadros eram pinturas:
Óleo sobre tela que custara a pose do retratado e o tempo e a arte do retratista.
Outros, fotos ampliadas aumentando a imponência dos modelos.
Tudo corroborava para que o ambiente ficasse carregado
de uma solenidade invasiva que me deixava atordoado.
Mas, de repente, o tom ficou ainda mais monocórdio:
Uma chuva torrencial cai e o barulho da água despencando do firmamento
faz do ambiente um lugar ainda mais
prenhe de recordação e memória.
À minha frente, um quadro com grande foto,
de homem grave e sério, trazia um vidro protetor.
E o vidro semi-embaçado pela poeira do tempo
reluzia tímido, refletindo a luz artificial do enorme salão.
E o homem do quadro sorria amarelo há pelo menos uns
cinqüenta anos, preso que estava na moldura daquele quadro
que também tinha vidro e tinha contornos definidos que impunham limites.
O moço, de bigode fino e ralo, espremia-se torto atrás do vidro sujo e frio.
Enquanto isso a chuva caía!
E o clima fazia-se frio e cada vez mais triste.
Até que as águas da chuva invadem a sala:
Pelas janelas. Pelo forro. Pelo lambri despencado do teto antigo.
Pelas paredes. E por onde mais houvesse uma fresta
de velhice que pudesse deixar passar águas incontroláveis.
Quando olho para o quadro de minha reflexão,
as águas escorrem pelo vidro que protege a foto da intempérie,
mas não impedem o homem do quadro de chorar...
Era como se o moço do quadro chorasse
o choro terminal de uma vida,
há tanto tempo represado naquele olhar distante e vazio!
Eram hipotéticas lágrimas de libertação
num convulsivo choro hipnótico
da fantasia de olhar a vida inteira
(vida de quadro em parede geralmente só começa com a morte do dono do rosto)
através das quatro paredes de uma sala fechada no tempo
e distante da vida que viceja lá fora, onde canta o sabiá...
O homem do quadro chorou - com a chuva daquela tarde -
o seu olhar perdido em direção ao infinito do não-existir.
E as lágrimas do moço do quadro de vidro -
na sala antiga da cidade velha -,
vertiam a esperança de tantos vivos que nem sequer retratos serão
nas carteiras dos entes queridos que dinheiro não têm para guardar!
Santa Maria Madalena, 26 de Março de 2005. (9h15m).
TRÍPTICO DA VIDA
1
Se existe dom supremo, só pode vir de Deus.
E que nome ele recebe, senão algo sublime?
Amor! É o próprio Deus vendo os filhos seus
que foram alvo na Terra da ação que redime.
Esse dom sublime, em suprema excelência,
amor que brota de Deus e logo dele emana.
Pois só nele tal sentimento é parte da essência
que na terra aos homens une e todos irmana.
Ah, amor! Vens de Deus e para onde vais agora?
Se não ficas em mim, sinto o moer de uma dor.
Se não ficares comigo, Deus presente da aurora
ao por do sol de uma vida que se abre em flor!
Amor, amor! Sentirei longo pesar e, abatido,
prosseguirei meu caminhar, triste e sofrido...
2
Por que? Por que estás abatida ó minha alma
e é triste o teu caminhar na face desta Terra?
Se o coração pede alívio e também a calma
em Deus encontras bálsamo que dor encerra.
Exercita-te naquela - que de todas as expressões
que o homem pode fazer -, o leva a se pôr em pé!
E que acende uma chama, brasa nos corações.
E que atende pelo nome; singelo nome de fé!
A fé é um remédio que levanta qualquer enfermo.
É força a animar o corpo e o coração cansado.
Que traz para o caminho o que se acha no ermo
e faz do oprimido um ser novo, revigorado.
A fé é alimento para sempre e todo instante
e na vida do crente se faz presença constante.
3
Além do amor e da fé, de que precisa o homem?
Que sentimento necessita para atravessar a vida?
Se os dias são frios, duros, áridos e já consomem
o que ele tem de melhor que é o motor de partida?
Então não fiques parado, esperando acontecer.
Quem sabe faz o tempo, faz a hora, e o momento.
A vida é pra ser vivida, tu nascestes para crescer.
A esperança é o motor que te põe em movimento.
Porque tens sonhos, caminhas; a estrada está aberta!
E a esperança que aninhas não está pra ti deserta.
É um oásis de vida, com sombra, água e amor.
Por isso desperta e prossiga com garra no coração.
Saboreie da árvore o fruto que tu vistes como flor.
E ao que achares no caminho, chame logo de irmão.
Nova Friburgo, 12 de Março de 2005. (7h34m)
Se existe dom supremo, só pode vir de Deus.
E que nome ele recebe, senão algo sublime?
Amor! É o próprio Deus vendo os filhos seus
que foram alvo na Terra da ação que redime.
Esse dom sublime, em suprema excelência,
amor que brota de Deus e logo dele emana.
Pois só nele tal sentimento é parte da essência
que na terra aos homens une e todos irmana.
Ah, amor! Vens de Deus e para onde vais agora?
Se não ficas em mim, sinto o moer de uma dor.
Se não ficares comigo, Deus presente da aurora
ao por do sol de uma vida que se abre em flor!
Amor, amor! Sentirei longo pesar e, abatido,
prosseguirei meu caminhar, triste e sofrido...
2
Por que? Por que estás abatida ó minha alma
e é triste o teu caminhar na face desta Terra?
Se o coração pede alívio e também a calma
em Deus encontras bálsamo que dor encerra.
Exercita-te naquela - que de todas as expressões
que o homem pode fazer -, o leva a se pôr em pé!
E que acende uma chama, brasa nos corações.
E que atende pelo nome; singelo nome de fé!
A fé é um remédio que levanta qualquer enfermo.
É força a animar o corpo e o coração cansado.
Que traz para o caminho o que se acha no ermo
e faz do oprimido um ser novo, revigorado.
A fé é alimento para sempre e todo instante
e na vida do crente se faz presença constante.
3
Além do amor e da fé, de que precisa o homem?
Que sentimento necessita para atravessar a vida?
Se os dias são frios, duros, áridos e já consomem
o que ele tem de melhor que é o motor de partida?
Então não fiques parado, esperando acontecer.
Quem sabe faz o tempo, faz a hora, e o momento.
A vida é pra ser vivida, tu nascestes para crescer.
A esperança é o motor que te põe em movimento.
Porque tens sonhos, caminhas; a estrada está aberta!
E a esperança que aninhas não está pra ti deserta.
É um oásis de vida, com sombra, água e amor.
Por isso desperta e prossiga com garra no coração.
Saboreie da árvore o fruto que tu vistes como flor.
E ao que achares no caminho, chame logo de irmão.
Nova Friburgo, 12 de Março de 2005. (7h34m)
CÉU DE ASFALTO
A noite era fria. Chuvosa.
Procurei por você –
nem precisava.
Estava do meu lado.
Queria achar o céu –
não podia.
A chuva caia
e o céu não estava disponível...
Ao volante do carro,
concentração redobrada,
Pára-brisas disparando célere,
ao ritmo de meu coração apaixonado.
Seu perfume impregna minhas narinas
no carro de vidros fechados
a proteger da chuva intensa.
Penso em você!
E na busca do céu de meus sonhos
contemplo o céu de asfalto.
Céu negro do asfalto novo molhado
e de pingos grossos de chuva salpicado...
O farol alto incide sobre a chuva
e acende a imaginação...
O céu de asfalto está repleto
de miríades de estrelas fugazes
de gotas de chuva formadas.
Olho para o lado:
Você está a sorrir!
Completo meu sonho...
Você é a lua que ilumina minhas noites
nas muitas viagens da vida!
Santa Maria Madalena, 24 de Março de 2005. (21h35m).
Procurei por você –
nem precisava.
Estava do meu lado.
Queria achar o céu –
não podia.
A chuva caia
e o céu não estava disponível...
Ao volante do carro,
concentração redobrada,
Pára-brisas disparando célere,
ao ritmo de meu coração apaixonado.
Seu perfume impregna minhas narinas
no carro de vidros fechados
a proteger da chuva intensa.
Penso em você!
E na busca do céu de meus sonhos
contemplo o céu de asfalto.
Céu negro do asfalto novo molhado
e de pingos grossos de chuva salpicado...
O farol alto incide sobre a chuva
e acende a imaginação...
O céu de asfalto está repleto
de miríades de estrelas fugazes
de gotas de chuva formadas.
Olho para o lado:
Você está a sorrir!
Completo meu sonho...
Você é a lua que ilumina minhas noites
nas muitas viagens da vida!
Santa Maria Madalena, 24 de Março de 2005. (21h35m).
POÉTICA
Não sei viver sem poesia
e mesmo se soubesse; não viveria.
A ausência de poesia
é o desaprender da vida.
E a gente se emburrece,
quando vê que a poesia fenece.
E mesmo se quisesse driblar a palavra,
esquecer o ritmo, ignorar a métrica,
fazer pouco caso da rima
e até das letras perder o rumo...
Quando no jardim da semântica passando,
das flores tiver um ramo nas mãos;
e quando no Oceano dos sentimentos
na canoa o remo a guiar sobre os desvãos.
Então, saberei que a poesia em mim sobrevive
e que por ela tenho a chance
de contar os meus dias, lindos dias,
para além de mim mesmo,
na ânsia de alcançar coração sábio!
Itaboraí, 10 de Março de 2005. (19h20m).
e mesmo se soubesse; não viveria.
A ausência de poesia
é o desaprender da vida.
E a gente se emburrece,
quando vê que a poesia fenece.
E mesmo se quisesse driblar a palavra,
esquecer o ritmo, ignorar a métrica,
fazer pouco caso da rima
e até das letras perder o rumo...
Quando no jardim da semântica passando,
das flores tiver um ramo nas mãos;
e quando no Oceano dos sentimentos
na canoa o remo a guiar sobre os desvãos.
Então, saberei que a poesia em mim sobrevive
e que por ela tenho a chance
de contar os meus dias, lindos dias,
para além de mim mesmo,
na ânsia de alcançar coração sábio!
Itaboraí, 10 de Março de 2005. (19h20m).
O AMOR DE PATRÍCIA
A notícia se espalhou por toda a cidade:
_ “Você soube da morte da dentista?”
_ “Que morte cruel, que barbaridade!”
E todos falando, a notícia espalhando...
A comoção foi geral!
No dia seguinte - o povo ávido por novidades -,
se acotovela nas bancas de jornais
em busca do folhetim.
A edição se esgota rápido.
Há disputas e brigas por um exemplar.
Todos querem saber das últimas
e ter novidades para contar.
A manchete estampada no jornal
dá conta do que aconteceu:
“Crime bárbaro choca a cidade”.
“Dentista é assassinada com
requintes de crueldade e sadismo.”
E todos lêem boquiabertos
acerca daquele triste desfecho.
De toda a história e seu abismo
os jornais apresentam apenas trecho,
de um amor impossível:
_ Morreu,
porque ao amor de outro
não correspondeu...
Meu Deus!
Quanta ignorância desse pobre rapaz,
que andou na vida errante,
não sabendo que era capaz
de fazer do sofrimento
a negação do sentimento.
Ao amor não correspondido
o seu triste ser sofrido
respondeu com a morte!
Deus, ensina-nos de novo a amar!
Ensina-nos pelo teu filho,
que neste mundo, andarilho,
compartiu a aura do amor.
Ensina e mostra pra gente
que o amor não é egoísta,
não busca interesse próprio,
o amor é sim altruísta
e sustenta qualquer solilóquio.
O amor de Patrícia foi sepultado com ela.
De quem era ele, o amor que era dela,
já não o sabemos, nem mais saberemos.
O que era segredo de coração
virou também segredo de caixão.
Era jovem, um futuro pela frente,
seguindo a carreira como profissional.
Mas de repente, não mais que de repente,
sua vida se estanca pelas forças do mal.
Meu Deus, o amor de Patrícia morreu com ela
e com ela foi-se o sonho de futuro!
E a cidade chocada submerge ao perdê-la
num abismo cruel e muito escuro!
Mas se ela morreu, porque alguém a queria
e a esse amor insistente ela não correspondia
ao ponto do meliante o amor em crime mudar
e o ódio da rejeição sua vida transtornar.
Faz-nos lembrar neste instante
de seu Filho que ao mundo amou.
Que para toda a humanidade
amor incondicional devotou.
Pois quando éramos pecadores
tomados por nossas dores
na cruz ele padeceu.
Seu Filho amado, o Cristo,
por nós que nunca tinha visto
amargo fel ele sorveu.
Da via crucis, ao Calvário
preenchendo o imaginário
solitário caminhou.
As dores por nós sofreu,
da coroa os espinhos,
a zombaria e o escárnio,
da multidão os caminhos,
ele todos percorreu.
E quando ao Gólgota chegando,
no madeiro crucificado,
tendo o seu lado vazado,
e nas mãos o perfurar dos cravos;
o Senhor fez-se servo e escravo,
pois a todos estava amando.
Jesus Cristo padeceu
Jesus Cristo agonizou
e por todos nós morreu!
Meu Deus!
Diante do ódio do mundo,
da não-valorização da vida,
dos valores invertidos,
dos costumes pervertidos,
dessa falta de amar...
Mostra-me teu Cristo sereno,
pregoeiro do dom supremo,
o amor que é essência de ti.
E em nossa alma inquieta
a fé em Cristo em nós desperta
para vencer a caminhada aqui!
Nova Friburgo, 11 de março de 2005. (6h33m).
_ “Você soube da morte da dentista?”
_ “Que morte cruel, que barbaridade!”
E todos falando, a notícia espalhando...
A comoção foi geral!
No dia seguinte - o povo ávido por novidades -,
se acotovela nas bancas de jornais
em busca do folhetim.
A edição se esgota rápido.
Há disputas e brigas por um exemplar.
Todos querem saber das últimas
e ter novidades para contar.
A manchete estampada no jornal
dá conta do que aconteceu:
“Crime bárbaro choca a cidade”.
“Dentista é assassinada com
requintes de crueldade e sadismo.”
E todos lêem boquiabertos
acerca daquele triste desfecho.
De toda a história e seu abismo
os jornais apresentam apenas trecho,
de um amor impossível:
_ Morreu,
porque ao amor de outro
não correspondeu...
Meu Deus!
Quanta ignorância desse pobre rapaz,
que andou na vida errante,
não sabendo que era capaz
de fazer do sofrimento
a negação do sentimento.
Ao amor não correspondido
o seu triste ser sofrido
respondeu com a morte!
Deus, ensina-nos de novo a amar!
Ensina-nos pelo teu filho,
que neste mundo, andarilho,
compartiu a aura do amor.
Ensina e mostra pra gente
que o amor não é egoísta,
não busca interesse próprio,
o amor é sim altruísta
e sustenta qualquer solilóquio.
O amor de Patrícia foi sepultado com ela.
De quem era ele, o amor que era dela,
já não o sabemos, nem mais saberemos.
O que era segredo de coração
virou também segredo de caixão.
Era jovem, um futuro pela frente,
seguindo a carreira como profissional.
Mas de repente, não mais que de repente,
sua vida se estanca pelas forças do mal.
Meu Deus, o amor de Patrícia morreu com ela
e com ela foi-se o sonho de futuro!
E a cidade chocada submerge ao perdê-la
num abismo cruel e muito escuro!
Mas se ela morreu, porque alguém a queria
e a esse amor insistente ela não correspondia
ao ponto do meliante o amor em crime mudar
e o ódio da rejeição sua vida transtornar.
Faz-nos lembrar neste instante
de seu Filho que ao mundo amou.
Que para toda a humanidade
amor incondicional devotou.
Pois quando éramos pecadores
tomados por nossas dores
na cruz ele padeceu.
Seu Filho amado, o Cristo,
por nós que nunca tinha visto
amargo fel ele sorveu.
Da via crucis, ao Calvário
preenchendo o imaginário
solitário caminhou.
As dores por nós sofreu,
da coroa os espinhos,
a zombaria e o escárnio,
da multidão os caminhos,
ele todos percorreu.
E quando ao Gólgota chegando,
no madeiro crucificado,
tendo o seu lado vazado,
e nas mãos o perfurar dos cravos;
o Senhor fez-se servo e escravo,
pois a todos estava amando.
Jesus Cristo padeceu
Jesus Cristo agonizou
e por todos nós morreu!
Meu Deus!
Diante do ódio do mundo,
da não-valorização da vida,
dos valores invertidos,
dos costumes pervertidos,
dessa falta de amar...
Mostra-me teu Cristo sereno,
pregoeiro do dom supremo,
o amor que é essência de ti.
E em nossa alma inquieta
a fé em Cristo em nós desperta
para vencer a caminhada aqui!
Nova Friburgo, 11 de março de 2005. (6h33m).
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