Hei de chorar dorido pela minha flor
Que presto vem e logo vai, no alvor da vida.
Acenando-me com perfumes de amor
Não sabe o que lhe reserva a triste lida.
Bela e frágil desabrocha em meu solo
Traz por dentro a maldição de insana febre.
Aconchego-a bem sereno no meu colo,
Mas sua vida está em fuga como lebre.
Ah, amor, se eu pudesse aprisionar
Ao menos um pouco desse seu perfume.
Antes que o sol incremente, a despetalar
Reduzisse minha existência ao queixume.
Prosseguiria algo feliz, alguma bonança
E os meus dias, tristes dias sem te ter -
Trazendo de ti, cor e forma, na lembrança -
Amenos seriam: calmos, até o adormecer.
Nova Friburgo, 21 de Novembro de 2007 (15h30min).
segunda-feira, dezembro 15, 2008
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