Eu nem sei que horas são.
Eu só sei que agora dói meu coração.
Eu nem sei mais dizer o que é fé.
Só sei que em minha vida
a esperança e a alegria deram marcha a ré...
Como a planta germina na terra e precisa
do carinho do solo envolvendo-a
(para neste aconchego subsistir e vingar...).
Meu coração germinado de amor
viu a terra de seu solo desmoronar
e as rachaduras da frustração,
como frestas de decepção,
erodirem a semente que estava ali para frutificar.
A seiva maldita do escárnio, da zombaria,
da maledicência e da calúnia
se infiltra célere nas brechas diabólicas
de homens que de Deus só tem a Criação.
Profissionais da fé que manipulam sistemas e coisas,
gentes e consciências, para seus fins espúrios de
encherem a aljava de setas satânicas
para diabólicas conquistas.
Ah, meu Deus! Até quando assistiremos inertes
as profundezas do inferno abalarem a igreja?
Até quando in nomine Dei será desculpa
para falsários se apropriarem do seu Reino,
salafrários se infiltrarem nos corredores eclesiásticos
e cuspirem sua peçonha mortífera no rosto de
inocentes criaturas que só querem
uma oportunidade de serviço cristão?
Tem misericórdia do povo que se chama pelo seu nome
e cuida deste escrevente que está morrendo
por dentro e precisa neste instante do Cristo Sofredor
para lhe ajudar a atravessar este Vale de Sombra da Morte.
Nova Friburgo, 15 de Julho de 2005. (4h50m).
terça-feira, julho 29, 2008
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