Não sei viver sem poesia
e mesmo se soubesse; não viveria.
A ausência de poesia
é o desaprender da vida.
E a gente se emburrece,
quando vê que a poesia fenece.
E mesmo se quisesse driblar a palavra,
esquecer o ritmo, ignorar a métrica,
fazer pouco caso da rima
e até das letras perder o rumo...
Quando no jardim da semântica passando,
das flores tiver um ramo nas mãos;
e quando no Oceano dos sentimentos
na canoa o remo a guiar sobre os desvãos.
Então, saberei que a poesia em mim sobrevive
e que por ela tenho a chance
de contar os meus dias, lindos dias,
para além de mim mesmo,
na ânsia de alcançar coração sábio!
Itaboraí, 10 de Março de 2005. (19h20m).
quinta-feira, julho 10, 2008
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