segunda-feira, dezembro 15, 2008

CAOS ESCATOLÓGICO

No dorso nu da montanha
Não há gado pastando
Nem árvores sobressaindo
Ou aves nos céus voando.
No dorso nu da montanha
Há relva, gramínea seca;
Há um homem com marreta
E casebre se erigindo.

Nestas encostas da serra
Os meus olhos enxergam
As mãos de um Deus Criador
Que o mundo fez com perfeição.
Mas nestas mesmas encostas
Que têm belezas que cegam
Eu vejo com muita dor
Crateras da destruição.

É que no cimo da montanha
Chegaram homem e máquina
E com maldade tamanha
Provocaram desastre ecológico.
E lá do alto, bem acima do monte,
O Criador triste observa o desmonte
Que os homens fazem da Natureza
Enquanto se esvai toda a beleza...

Nova Friburgo, 19 de Novembro de 2007. (19h14min).

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