sábado, dezembro 30, 2017

CANÇÃO DE DEZEMBRO

Os ipês, ainda arroxeados, contra os céus,
em serenas, serranas, manhãs frias.
Tímidos, mas persistentes, raios de sol
acariciando as festas, no vigor do arrebol.

As modulações das montanhas sobranceiras
emolduram belas, a cidade
no verde breve, verde leve, dos dias...

Aroma de terra molhada e, a esperança,
na chuva que pinga-pinga dançante.

Contra a janela, meu nariz aperta
e os olhos perscrutam o horizonte.
Quem busca encontra a paz da Natureza...

Vêm as festas, as férias, as preces, os sonhos...
Natal, fim de ano, réveillon, muitos planos...
Minha canção tem aroma de Natal,
cheiro de terra molhada
e coração umedecido de amor.

É dezembro em minha vida.
E tua vida, Pastor,
é uma Cantata de Natal que se canta
no coreto de praça do interior
e a fé em ti se agiganta
na adoração do Salvador.

Como árvore natalina decorada
e presentes de ocasião,
em balanço leve,
neste sol que aquece,
o meu agradecido coração,
nestas manhãs de dezembro
quando ipês roxos e amarelos
ainda teimam em enfeitar
o Natal da Natureza,
ofereço esta canção.

Josué Ebenézer Nova Friburgo,
28/12/2017 (21h57min).

Nenhum comentário: