Descansando sob as sombras
do jatobá
vem o Espírito e sopra uma
visão
neste outono singular, frutos
maduros
e frágeis folhas largadas
pelo chão.
A humanidade despenca em
meu pensar
na angústia seminal de quem
não tem
o domínio do amanhã, na
liberdade,
que as sombras movimentam
em ilusão.
Onde a realidade, mais além
do fecundar
deste solo em que folhas
apodrecem
e o gado faz dos frutos,
alimento
enquanto as sombras
simplesmente vão?
Caiam as folhas e se façam
novas sombras
e mudem meu mundo de forma
proposital.
Meu jatobá será, então, meu
alimento
e debaixo de suas copas
sentirei o Vento
soprar em mim suas boas
diretrizes.
O mover do Invisível está
em mim
e como as árvores creio em
suas raízes.
Josué Ebenézer – Nova Friburgo,
10 de Novembro de 2016 (05h51min).
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