domingo, julho 22, 2018

BALADA DE ARIANE


Minha irmã Ariane, narre um momento:
“Preparei uma história, êxtase e glória;
senti a sensação do público infantil;
vi nas crianças, atenção redobrada,
e o Espírito agindo, que doce memória!”

Ariane, minha irmã, narre um momento.
Conte em detalhes: o que você sentiu?
“Senti uma alegria, tal qual nunca vista;
senti as crianças em santa euforia;
senti que o Joãozinho, já se libertou
e que a Mary Help de novo amou;
senti os olhinhos brilhando de novo
nos rostos marcados, deste meu povo
e em viver o momento, lembrar desta história
senti como um vento que me tomou
e o Espírito agindo, que doce memória!”

Mas, e depois? Depois de tudo, o que mais sentiu?
“Senti que as crianças não mais eram as mesmas:
vi os meninos – levados da breca – cantando;
vi as meninas – inquietas, falantes – louvando.
Vi que o Pedro, deixou de ter medo;
vi em cada criança, brotar esperança.
E com a casa vazia, depois da algazarra,
limpando da sala, a sujeira da farra;
senti a emoção do sorriso da criançada
que com beijos melosos, vieram me afagar
e se despediam de mim, alvoraçadas
e diziam com uma força vinda do amor:
‘tia, semana que vem tem mais, né?’
Inundou-me a fé, ao sentir esta glória
e o Espírito agindo, que doce memória!”

Josué Ebenézer Nova Friburgo,
10/07/2018 (05h46min).

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