quinta-feira, dezembro 31, 2015

RELÓGIO

Um relógio
na parede
que incansável
trabalha.
Combina
comigo
de avisar
o tempo das coisas.
Martela a variação
do tempo que não pausa
e o faz, insistente,
pelas frações menores das horas.

Em minha mente martela a vida
na madrugada adormecida
junto com o cantar do galo
que, desperto, anuncia novo dia.

Batem perguntas constantes
em minha mente inquieta
que agora, já desperta,
enxerga luz na madrugada.

E são ágeis as variantes
na pálida luz acordada
pra um dia que se aguarda
de existência incerta.

O relógio jamais para
minha vida, então, dispara
mais veloz que o entardecer.
O que há de ser, há de ser
Quando se der conta, aconteceu.
A vida foi-se. Anoiteceu.

          Josué Ebenézer Nova Friburgo,

          18 de Agosto de 2015 (05h10min).

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