sexta-feira, maio 29, 2015

ALGUMA POESIA

Alguma poesia que sinto
brotar como o renovo,
alguma poesia, não minto,
vem da Musa que louvo,
reluz como sol de meio-dia,
traz paz e propõe calmaria.
É mel que escorre dos favos,
amor que alegra o coração,
dedos que harpejam canção
nos sonhos escandinavos.
Alguma poesia de sonho
que descubro no sorriso
que percebo na criança:
seria algo tamanho
o portal do Paraíso
antegozo da bonança?
Seria Julieta liberta
dos amores de Romeu?
E a rosa inquieta
dos aromas que perdeu?
Ou minh’alma suspensa
clama ser descoberta
por amor inda não meu?
É Beatrice risonha,
Capitu dissimulada,
Yara enamorada,
que a vida enfadonha
querem deixar para trás?
É tudo isso, enfim, tudo
e ainda um pouco mais.
Há sim alguém que dedilha
nas cordas do coração
o som que vem dessa ilha
deserta de uma canção.
Que quer se fazer Continente
chegando mais perto de gente
que tem amor para dar;
que tem sorriso no rosto
bela forma de amar;
e o jeito mais criativo
que encontra no dia-a-dia
é o calor bem abrasivo
de alguma, alguma poesia!

Josué Ebenézer Nova Friburgo,

02 de Abril de 2015 (09h47min).

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