quinta-feira, setembro 11, 2008

SONETO DO CAMINHO

Disse o poeta em sua feliz canção:
O caminho se faz na caminhada.
É preciso ouvir a voz do coração
E seguir em harmoniosa toada...

O caminho pode ser duro, árduo e fugaz.
Mas (que importa?) se folhas cobrem o chão?
Haverá sempre um tapete para a paz
Enquanto houver a quem chamar de irmão.

Ah, caminho meu, caminho íngreme, difícil.
Caminho que se descobre a cada passo dado.
E o que era obstáculo vai se fazendo possível.

E a gente vai vivendo do caminho enamorado
Pisando sobre folhas, entre flores da estrada,
Neste caminho da vida, nesta breve caminhada.

Nova Friburgo, 27 de Novembro de 2006 (11h26min).

EU, QUE SEI POUCO DE AMAR

Eu, que sei pouco de amar,
que sei quase nada de cheiro de flor
e que desconheço a poesia das rosas...
Só sei que as pedras são duras e lisas
e correm serenas nos rios da vida.

Eu, que sei pouco de amar,
que nem sei ao certo se a casa do amor:
se encontra nas urbes ou numas palhoças...
Só sei que as águas deságuam das fontes
e o Sol após dia se esconde nos montes.

Eu, que sei pouco de amar,
que não descortino da saudade sua dor
e sonho acordado em tardes morosas...
Só sei que o vento que bate nas frontes
é solene ventilar de corações amantes.

Eu, que sei pouco de amar,
mas guardo coração liberto de rancor
e vivo minha vida em noites chorosas...
Só sei que o perdurar da noite triste
é sinônimo singelo que o amor existe.

Eu, que sei pouco de amar,
que apenas sei reconhecer o valor
de doces palavras: ternas, amorosas...
Só sei que esperança é última que morre
E afugenta a lágrima que de mim escorre.

Nova Friburgo, 28 de Outubro de 2006 (15h50min).

AMAR SE VIVE AMANDO

Amar se vive amando
Há mar de ir singrando
Amor estanca o pranto
No mar do acalanto.
Nas fortes águas do amor
Rega-se e banha-se a dor
São respingos de alegria
Na vida que já morria.

Amar se vive amando
Do mesmo ar respirando.
Acalentando os sonhos
De tempos já antanhos.
Flana-se nas asas do amor
Perfumes de uma só flor...
Amor sem explicação
Simples gesto do coração.

Amar é ir navegando
Qual nau nos mares da vida.
É transpor ondas remando
Utopia desimpedida.
Só não transpõe este mar
De amar a vida sorrindo
Aquele que não tem um lar:
Mulher e filhos reunindo.

Se amar se vive amando
Em vida de fazer gosto.
Quero meu mar ir singrando
Sem abandonar o meu posto.
E se um dia a vida naufragar
E tiver que ir para o além.
Ainda assim hei de amar
A quem sempre me quis bem.

Nova Friburgo, 28 de Outubro de 2006 (15h50min).

VIDA QUE VALE A PENA

A Karina de Almeida Borges em seus 15 anos.

Qual vida que vale a pena, que não parece tormento?
Que não escorre entrededos e nem é só de momento?
É vida que se vive plena, que não se vive incerta.
É vida de muitos enredos e de emoção desperta.

Qual vida com atitude e sem nenhum dissabor?
Que não se perde chorando e não escapa o amor?
É vida em plenitude, que se vive com respeito.
É nau sempre singrando em percurso de raro efeito.

Qual vida que se aproveita, que se vive intensamente?
Que não se perde na estrada, nem se faz inconveniente?
É vida que não se rejeita, que se encontra só em Jesus.
Que torna alegre a jornada, transformada pela Cruz!

Nova Friburgo, 27 de Outubro de 2006 (21h45min).

OS LIMITES DA EXISTÊNCIA

Ao Pr. Ebenézer Soares Ferreira em seus 80 anos.

“Os anos de nossa vida chega a setenta,
ou a oitenta para os que têm mais vigor”
(Sl 90.10, NVI).

Deixou Deus pelo salmista um limite de idade
Um tempo de existência para a jornada terrena.
E a gente vai vivendo com toda a intensidade
Esta vida tão sublime que com Cristo vale a pena.

E vive com alegria sem supor chegar aos setenta
Numa vida bem sadia expulsando qualquer dor.
Mas logo lá chegando é um pulo para os oitenta
E nesta fase só chega, aquele que tem mais vigor.

Viver com Cristo é bom; morrer com ele é lucro.
Enquanto Deus permitir é preciso testemunhar,
Viver com veracidade, impedir o simulacro.

E bradar com toda a voz, bem do alto da montanha
Da vida que se alcançou aprendendo a Deus amar:
- Com Deus a vida é boa, é uma bênção tamanha!

Rio de Janeiro, 23 de Outubro de 2006 (14h45min).

DA ORAÇÃO PARA O SONO

Pai, perdoa todos aqueles
Que não tendo tempo pra ti
Não param para sentir
Tua presença de amor.
Não desfrutam da comunhão,
Pois incapazes de ouvir
O vibrar do coração
Que genuflexo em clamor
Reverbera uma oração.

Pai, perdoa os sem tempo
Que não reservam momento
Para elevar uma prece.
Não são capazes da calma,
Do ouvir a doce voz d’alma,
Que neste mundo padece.
Apenas na noite infinda:
Bem-vinda a paz e o abandono
Da oração para o sono.

Que balbucia este ser
Cansado de um dia árduo
Trazendo ainda seu fardo
Não sabe o que vai fazer?
Se nem ao menos oração
Este pobre e triste coração
Não consegue concatenar...
Da oração para o sono
É alguém que vive sem dono
Não aprendeu a te amar.

Mas se este ser inquieto
Deixar por Deus ser desperto
Buscando uma vida sã.
Será livre do peso do corpo
Deixará de ser alguém morto
Perdido em jornada tão vã.
E da oração para o sono
Fará a ponte pro sonho
De ter um novo amanhã.

Nova Friburgo, 15 de Outubro de 2006 (10h05min).

O DIA DA VINDA DO SENHOR

(Malaquias 3.1-5)

O povo distante, vivendo em pecado.
Estando afastado da graça infinda.
Talvez, até tu, também sintas deslocado:
“Mas quem suportará o dia da sua vinda?”

Deus, porém, deseja fazer-te uma visita.
Provar-te no fogo, lavar-te com sabão.
Começando em tua casa, caso tu permitas.
Preparando-te de fato, para a vera adoração.

Na vinda do Senhor, sua justiça implacável:
Contra os pervertedores do sentido do culto
E da família, os detratores, que a tornam instável.

Contra os que desonram a palavra, o estulto.
Os que fazem injustiça, perseguindo o oprimido.
Antes da Vinda do Senhor, arrepende-te e sê remido.

Niterói, 23 de Julho de 2006 (21h).

domingo, setembro 07, 2008

QUE SÃO QUINZE ANOS?

A Juliana Soares Valério

Que são quinze anos de uma vida
Se estes são os primeiros vividos?
Se apenas o início de uma jornada
Sem saber ainda em que vai dar?
São somente quinze anos de uma lida
Expectativas e sonhos resumidos
Da longa caminhada desta estrada
Que apenas se está a começar...

Na vida que são quinze anos?
Sendo eles os primeiros desta história
Sendo anos de infância e formação
Preparo de tempo que não se sabe quanto?
É o tempo de sonhos e tantos planos
Primeiros passos de uma trajetória
Construída com lágrimas e oração
Um pouco de dor e algum pranto.

Se quinze são os anos da infância
E da juventude que alegre vem brotar.
São anos de esperança, nenhuma ânsia,
Apenas um coração livre a sonhar.
Mas se quinze são os anos da maturidade
Ou mesmo sofridos anos de uma velhice.
Passam rápido e já não se tem idade
Para experimentos e qualquer parvoíce.

Por isto, enquanto estás na juventude
Vivendo estas quinze primaveras.
Tome logo uma grande atitude
Que na vida te ajudará deveras:
Acima de todas as coisas, ame a Deus!
Como a ti mesmo, ame ao próximo!
Viva em paz com todos os teus
E da Sabedoria extraia o máximo.

Cachoeiras de Macacu, 07/07/2006(10h50min).

VIAGEM DA CRIANÇA

VIAGEM DA CRIANÇA
(Dois passageiros numa viagem para São Paulo)


Primeiro (era uma criança) – Você tá indo para onde?
Segundo (um rapaz) – Para São Paulo.
Primeiro – Você vai para a casa da minha avó?
Segundo (responde sorrindo) – Não!
Primeiro – Por quê?
Segundo – Ah, São Paulo é muito grande!
Primeiro – Não é não! São Paulo é do tamanho da casa da minha avó...
Segundo (soltando o riso espontâneo) – Sim, e o coração de sua avó é maior ainda, onde cabe todo mundo!

E o jovem afagou a cabeça do menino e sorriu gostoso...

Nova Friburgo, 13/06/2006 (19h02min).

VEM CÁ!

Vem cá, Josué Ebenézer,
o que queres da vida?
Vi uma criança sorrindo hoje –
responde o poeta –
e ela apenas olhava um patinho na lagoa...

Eu já não vejo mais patinhos
e já nem sei se as lagoas ainda existem.
Estou pagando o pato –
mesmo que hoje se paguem micos –
de ser um homem do Século XXI.

Onde o sol? Onde a lua?
Onde os reflexos dos raios na lagoa?
A água secou e meus sonhos já
não podem mais ser regados de amor.

Vem cá, Josué Ebenézer.
Mergulhe fundo no Oceano da vida.
Há um mar e um horizonte
que podem te levar para bem mais longe...

E o poeta que há dentro de mim
tão somente responde:
- Tenho medo de morrer afogado!

Nova Friburgo, 13/06/2006 (18h55min).

NÃO QUERO MORRER!

Pátria de meus sonhos,
minha terra, meu povo.
Quero-a liberta e alegre,
quero-o como um renovo...
Mas não quero morrer!

E Che Guevara repete com dor:
- Não quero morrer!

De que adianta um herói morto?
Herói que ainda fala,
que ainda clama,
enquanto a razão se cala
posto que é chama...
Que um dia foi brasa,
um dia foi fogo,
já foi carvão,
já aqueceu,
hoje morreu...

Nova Friburgo, 13/06/2006 (19h06min).

SONETO DE OURO

A Manoel Teixeira e Eulália (Bodas de Ouro)

Qual segredo existe para um longo casamento,
Casamento que segue e logo bodas alcança?
É amar e viver em paz, na vida cada momento
Abastecido de fé e de suprema esperança...

União com amor sincero é esta que vale ouro;
Que vale a vida terrena e nela toda a existência.
Mas só tem esta riqueza e junta este tesouro
Aquele que presto investe nesta sua permanência.

Por isto neste dia lindo, de ver brilho no olhar
As “Bodas de Ouro” atraindo uma nobre multidão
Que junto ao casal benquisto vem alegre celebrar.

Traga singelos presentes, de mui grato coração:
Orações a Deus o Pai, e estas flores espirituais,
Lembranças, recordações e também um sonho a mais...

Nova Friburgo, 20 de Maio de 2006 (12h15m).

quinta-feira, setembro 04, 2008

MENINA DO SOL NASCENTE

Menina do sol nascente
És bela como o meio dia.
Quero te encontrar no poente
Fazendo a minha alegria.

Acordo pensando em ti.
Pensando, eu passo o dia.
Deito-me e estás aqui
Presente nesta euforia.

Tu brilhas como o sol
Na intensa luz do fulgor
Que chega com o arrebol.

E traz contigo o amor,
Um suave perfume de rosa
Em face linda e charmosa.

Nova Friburgo, 17/05/2006(3h55m).

SE PUDESSE VOLTAR AOS MEUS QUINZE ANOS

A Tamara Rentes Rocha

Se pudesse voltar aos meus quinze anos
Os dias tão belos do raiar da juventude -
Um tempo de sonhos e de muitos planos -
Por certo tomaria uma outra atitude.

Eu ouviria a suave voz do coração
E procuraria crescer pela ciência.
Mas de uma coisa não abriria mão:
Seguir os conselhos da experiência!

Com certeza, se aos quinze pudesse voltar
Projetaria com esmero um novo futuro
Buscando a Deus em primeiro lugar.

Então minha vida não ficaria no escuro
Tendo Cristo ao lado iria caminhando
Com sua luz meus passos todos clareando.

Rio das Ostras, 13/05/2006(11h15m).

MAMÃE

Não existe palavra mais doce
E pronunciamento mais suave
Que dizer “mamãe” como se fosse
O bater das asas de uma ave.

Não existe afeto mais belo
Nem relacionamento mais veraz
Entre filho e mãe, e este anelo
Todo ser no mundo é capaz.

É que existe nas mães, aura divina,
Presença viva de uma paz angelical
Que ao filho grato move e domina.

Emanação que nos filhos expulsa o mal,
Promove o riso, o canto e o louvor,
Pois quem tem mãe experimenta amor!

Nova Friburgo, 12/05/2006 (11h38m).

DIA DAS MÃES

Mãe, não precisas de um dia, em bem sei
Nem mesmo de qualquer comemoração.
Precisas saber que sempre te amarei
E que é teu este meu grato coração.

Não precisas de movimento e até festa
Nem mesmo flores ou algum presente.
Precisas do respeito que não se contesta
E da fiel palavra que nunca mente.

Por isso mãe, neste dia que te criaram:
Vim trazer-te com sorrisos uma flor,
Vim trazer-te um beijo e também afeto.

E dos olhos que lágrimas por mim minaram
Se tenha a visão, nestas pétalas, do grande amor
E neste beijo o sumiço de qualquer deserto.

Nova Friburgo, 12/05/2006 (11h20m).

SONETO DA AMIZADE

A Lindomar Ferreira da Silva

Amizade é um sentimento
Mais forte que a razão.
Não surge de momento
É cultivado no coração.

Ser amigo é algo forte
Mais forte que o próprio ser.
Foi visitado pela sorte
Quem tem amigo em seu viver.

O amigo se faz presente
Na vida por pura amizade
E o que faz a gente sente.

O amigo interesse tem:
Ora e ajuda com lealdade
E só nos resta dizer “amém!”

Rio Bonito, 28 de Março de 2006 (10h10m).

CONSELHO FISCAL

A Marcos Lopes

Olho onipresente a vasculhar
Balanços, papéis e relatórios.
Instituições que precisa sanear
Das contas, valores, nada irrisórios.

Há medo e receio no fiscalizado
Prenúncios de erros descobertos.
Acertos são logo amparados
E pareceres não ficam abertos.

Não é fácil sobre o outro falar
Opinião abalizada a emitir
A instituição precisa caminhar.

Em seara que a gente não plantou
As ações não podem transigir,
Pois o sonho o vento não levou.

Rio Bonito, 28 de Março de 2006 (09h50m).

SOMBRAS NOS OLHARES

O momento é tenso.
Todos ouvem o preletor
E a gravidade do assunto
Faz convergir para o tema todas as atenções...

Os olhares são múltiplos:
Olhares duros,
Olhares tensos,
Olhares perscrutadores
Em busca de respostas nem sempre possíveis.

Havia sombras nos olhares.
Sombras de dúvida.
Inquietantes sombras que pairavam no ar,
Provenientes das angústias
De corações feridos.

Até que o orador esgotou o relatório
Acerca dos problemas financeiros, e disse:
“A criança foi amparada.
Hoje ela tem um novo lar!”

E todos sorriram.
Sorriram com o brilho do olhar.
E o sol se abriu...

Rio Bonito, 27 de Março de 2006 (16h38m).

REGRAS

A Vanderlei Batista Marins

Regras, normas e códigos.
Leis, preceitos e mais.
Inscritos n’alma ou pórticos
Sob aplausos ou mesmo ais.

Regras parlamentares.
Disciplinas para conduta.
Regras pra lamentares
Se a vida é dissoluta.

Assim a vida continua
Em sociedade e civilização
Que diante da lei fica nua.

E a voz diz: “É proibido proibir”
Essa é a voz da emoção,
Por isso é preciso resistir.

Rio Bonito, 27 de Março de 2006 (18h45m).

MIRACEMA

A Francisco Jucá

Minha querida e tão bela cidade
Lugar em que nasci, terra natal.
Dos sonhos singelos da mocidade
Que sonha, que ri, que vence o mal.

Miracema, Miracema, cidade linda.
De um povo ordeiro que busca o amanhã.
No coração o sonho não finda,
Pois há esperança em cada manhã.

Vou cantar Miracema, louvar o seu povo.
Pisar neste solo, colher sua riqueza.
Sentir com vigor brotar o renovo.

És cidade acolhedora, cidade tão bela.
Miracema, Miracema, de tanta beleza.
Em vida de sombras tu és aquarela!

Rio Bonito, 27 de Março de 2006 (17h15m).

quarta-feira, setembro 03, 2008

POSSE DE PASTOR

A Igreja Batista Central de Nova Friburgo

De um lado gratidão; de outro, expectativa.
Engraçado: é posse de novo pastor aqui.
Ninguém fez esta nem outra estimativa.
Mas há júbilo de alegria lá; lágrimas ali.

Que dúbio este sentimento que se vive:
Uma Igreja perde o seu pastor amado
E outra grande emoção revive:
Um novo pastor vai usar seu cajado!

Mas Deus que é soberano em suas ações
Está sobre todos e sobre tudo neste momento.
Espargindo graça e favor nos corações.

E se apresenta com seu Espírito, suave vento.
A apaziguar corações que estão em brasa.
E ao que chamara Deus o faz sentir em casa...

Nova Friburgo, 18 de Março de 2006 (21h10m).

Ser igreja

A PIB de Lumiar

Ser Igreja neste tempo presente –
Dias difíceis de esfacelamento –
Não é fácil! Mas a Bíblia não mente:
Onde o Espírito chega há ajuntamento.

Igreja é povo, é gente de Deus,
Coração que se abre para o novo.
Tem a missão de pregar os céus
E preparar a esposa para o noivo.

Que os crentes reunidos como Igreja
Abracem sua missão e vivam por fé,
Dessa forma vencerão toda a peleja.

E a Igreja caminhando, firmada em Jesus,
Prosseguindo alegre, celebrando de pé,
Vive e proclama a mensagem da cruz.

Lumiar, 11/02/2006 (22h20m).

Soneto da Esperança

Um suave som se fez ouvir à porta
E eu rápido fui logo atender.
Ouvi uma voz que julgava morta
E cuja ausência me fazia sofrer.

Então sorriso se fez esboço em meu rosto
E algo em mim de novo vi renascer.
Alguém julgou estar tomado de mosto
De tanta alegria que dava pra perceber.

Se a esperança é a última que morre
Há sempre a chance de vê-la a vida voltar
Sem precisar encher a cara de porre.

A esperança refaz o jeito de amar
E quando chega tudo se faz diferente
Emprestando viço a pobre vida da gente.

Guarani, 29/01/2006(07h45m).

MARESSA

A Maressa de Paula Nascimento em seus 15 anos.

Maressa rima com mar e beleza.
Aproveite essas ondas, Maressa
e navegue segura no mar que se anuncia.
Mas, se da vida as vagas forem procelosas,
tu podes naufragar ou tornar venturosas
todas as esperanças dessa travessia.

Basta tomar a atitude
de em tua juventude
convidar Jesus para habitar.
E ele que é a única esperança
em ti promoverá bonança
para tua alma descansar.

Maressa, no mar de tua vida
afaste toda tristeza
e também qualquer pobreza
seja de espírito ou coração.
E flutuando nas asas do Espírito
nestas nuvens que deságuam em mar
segure de Deus a mão.

Por isso, Maressa, já que teu nome combina -
com riqueza e com beleza - vê se não desafina
e torne-te essa princesa que Deus de ti quer fazer.
E a ele buscando intensamente
e a Palavra meditando na mente
te fará ter grande certeza de nos céus com o Pai viver.

Nova Friburgo, 14 de Janeiro de 2006 (21h05m).

MINISTÉRIO

A Dálcio da Silva Oliveira em seus 25 anos de Ministério Pastoral

É Deus quem chama e a gente só ouve
E a voz insiste nesse tom a nos chamar.
E em dado momento, porque isso a Deus aprouve
A gente responde: “Sim, Deus, pode comigo contar!”

E inicia um ministério com sonhos no coração
Embalados pelo amor a esse Deus que nos chamou.
Então, ao pecador perdido, por suas almas tendo paixão
Como teve o Filho de Deus que ao mundo tanto amou.

Mas Deus diz em Sua Palavra, que quem quer o episcopado
Uma excelente Obra esse alguém assim deseja
E porque foi Deus quem disse meu coração acredita.

E quando me sinto fraco e um tanto abandonado
O que meu corpo quer, o que meu corpo almeja
É em Deus descansar e vencer toda desdita.

Cordeiro, 07 de Janeiro de 2006 (21h10m).

SONETO DO AMOR ETERNO

“Com amor eterno te amei e com benignidade te atrai” (Jr 32.1).

Com eterno amor te amei não te espantes
Se o humano coração vazio se achar...
Amo-te criatura por todos os instantes
Da conjugação serena desse jeito de amar!

Amo-te no princípio, na jornada e ao fim
Estou presente nos momentos todos de tua vida
O meu Filho é a prova do amor que há em mim
Amor que em ti só espera por guarida...

Amo-te com amor sublime, incondicional.
Tenho amor que em mim faz parte da essência
E é capaz de dar força pra vencer todo o mal.

E de um amor tão nobre e com tal permanência
Nada haverá para ti por grande e colossal
Senão meu grande amor em tua existência.

Nova Friburgo, 02 de Janeiro de 2006 (07h24m).