Minha
esposa abre a bolsa
e
dela salta
(dentre
tantas bugigangas)
um
pequeno espelho
que
se aconchega na palma da mão.
Dele
se vê apenas uns lábios
– carnudos
lábios –
que
recebem o batom carmesim
que
a outra mão segura firme
enquanto
lábios se apertam raivosos
e
eu não preciso do espelho pra ver isso...
Josué Ebenézer – Nova
Friburgo,
21 de Maio de 2015
(06h10min).
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