quinta-feira, janeiro 01, 2009

SÍTIO DO JAMBEIRO

A Nilson Gomes Godoy

Hoje, calmo fiquei no sítio do amigo;
sítio de terra batida, de terra molhada,
onde as árvores campeiam e eu sobranceiro
sinto o cheiro da chuva e penso comigo:
" - Quão bom é descansar e ouvir na madrugada
os pássaros cantantes no Sítio do Jambeiro!"

Hoje, parei no tempo e fui descansar
deixei o labor de lado em busca da brisa;
ao encontro do ócio que refaz corpo e alma.
No Sítio do Jambeiro encontrei um pomar,
de mangas e abacaxis que o paladar frisa
no doce saboreio, em meio a suave calma.

Hoje, refiz o caminho da cidade ao campo
do homem em priscas eras o chão da poesia
revisitando o encanto da gentil mãe Natureza.
E então na emoção do solo fez-se o pranto
da saudade que no peito fez-se em agonia
do moderno de concreto que desfaz beleza.

Hoje, no Sítio do Jambeiro, vi nascer sorriso.
Senti o corpo relaxar em águas refrescantes;
joguei conversa fora com amigos do peito.
E a alegria brotou forte em mim e mais que isso,
da terra e seus prazeres que nos faz amantes
hei de desfrutar com mais vagar, não vejo jeito!

São Gonçalo, 05 de Janeiro de 2008. (9h15min).

SONETO PELOS QUARENTA ANOS

A Jason Lúcio de Sousa Soares

Quem chega aos quarenta, cansado da luta.
Já não se contenta com qualquer disputa.
Pois a vida se esvai e passa voando:
É o tempo que vai aos poucos minguando.

Quem chega aos quarenta, já olha para trás.
Passado relembra, porém quer algo mais.
Quer boa lembrança, rever o que perdeu
Seguir a andança, conquistar apogeu.

Traz filhos no colo, um sonho de futuro.
Erguer sua história, deixar recordação.
Semente no solo, um homem maduro.

Depois dos quarenta já vem o declínio
Há muita memória e nem tanta ação
De Deus se alimenta e do seu fascínio.

Nova Friburgo, 04 de Janeiro de 2008. (8h06min).

SONETO PARA O ANO NOVO

Quando chega um novo ano e se quer a paz
Quer-se achar a felicidade e algo mais
Só há um jeito pra encontrar o que se busca
É abrir a vida pra luz que não ofusca.

Quando o ano que chega propõe sensação
De algo bom e alegre: só realização.
É preciso recorrer a quem a possui
E com amor e zelo presto distribui.

Novo ano: renova, traz esperança,
Infunde alegria, transforma o viver,
À alma aflita esparge bonança.

Mas tudo é efêmero, alegria fugaz
Se o homem incauto só quiser receber
Benesses, porém, sem o Príncipe da Paz.

Nova Friburgo, 03 de Janeiro de 2008. (12h23min).

TROVA DE NATAL VII

Quis a vida apor sonhos
Aos sonhos que não teve
Tão medonhos e tamanhos
Que o Natal se deteve.

Campos dos Goytacazes, 07 de Dezembro de 2007. (12h10min).

TROVA DE NATAL VI

Sapatinho na janela
A espera de Noel.
Não é este pai que vela
É o nosso Pai do Céu!

Campos dos Goytacazes, 07 de Dezembro de 2007. (12h10min).

TROVA DE NATAL V

Naquela árvore bela
O menino a refletir
Viu seu rosto na bola
E a lágrima a luzir!

Campos dos Goytacazes, 07 de Dezembro de 2007. (12h05min).

TROVA DE NATAL IV

A árvore natalina
Enfeitada de festão
Não resolve a sina
Da pobreza sem feijão.

Campos dos Goytacazes, 07 de Dezembro de 2007. (11h60min).

TROVA DE NATAL III

Há uma estrela que brilha
Sempre brilha de esperança
Para quem segue na trilha
De Jesus com confiança.

Campos dos Goytacazes, 07 de Dezembro de 2007. (11h57min).

TROVA DE NATAL II

O menino que sorria
Na vitrine do Natal
Tinha a barriga vazia
De qualquer doce ou sal.

Campos dos Goytacazes, 07 de Dezembro de 2007. (11h54min).

TROVA DE NATAL I

O que será do Natal
Do jeito que a coisa anda?
Se a humanidade vai mal
A esperança desanda!

Campos dos Goytacazes, 07 de Dezembro de 2007. (11h51min).