Ah, nesta calmaria de
tarde
em que a vida passa como
salmo davídico...
Sinto a chuva repicar nos
telhados,
e os sapatos velhos
espirrarem água pelo chão.
Sinto uma névoa preencher
o vazio do espaço
e o tempo ser sacudido
pela meteorologia
e sigo abraçado num galho
de árvore qualquer.
Os passarinhos procuram as
copas das
árvores assim como os
humanos as marquises.
Uma chuva forte se
prenuncia
nos grossos pingos que
marcam o chão:
–
Se Deus quiser haverá paz neste ano...
Sim, haverá a paz tão
almejada.
A paz do tempo que se
cumpre nas estações.
A paz dos pássaros que
livres cantam nas madrugadas.
A paz dos humanos reinando
entre as nações.
Penso que Deus quer! Mas,
e se os homens não permitirem?
Josué
Ebenézer – Nova Friburgo,
05/01/2018 (05h59min).
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