A adolescência morre como
o fim de um sonho.
Resta um sorriso tímido,
sensível como ave,
neste coração onde toscas choupanas
querem soçobrar.
E a adolescência morre
como este sonho do meu lugar.
Sensivelmente suave.
É melancólica a morte de
um tempo
onde o irrealizado traz
saudades lacrimosas
e as amizades perdidas são
pássaros soltos na floresta da vida.
Vaidade... o ser como
vaidade do existir.
A existência risca o
fósforo da adolescência
e a caixa da vida perde mais
um palito.
Há lágrimas no meu olhar,
porque meu coração sente
saudades
do não vivido que se foi
e tem medo do que ainda
não veio...
Minha Olaria não possui
mais fornos
e nela não crepitam mais
tijolos na lenha.
Mas eu sinto que há muito
que erguer
no edifício da minha vida.
Meu bairro tão sem alma,
tão sem luz
eu já me fui em janeiro
para as surpresas do Rio
de Janeiro...
Deixei para trás essa
adolescência
e no Oceano da vida
mergulhei,
Os círculos concêntricos
formados
ainda espiralam
incertezas.
Josué
Ebenézer – Nova Friburgo,
19/01/2018 (12h02min).
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