Há luzes amarelas dentro
do templo.
A noite é brilhante.
Partituras musicais caem
das estantes,
planando sob ação dos
ventiladores.
Os incréus são como
partituras ao vento,
como folhas soltas ao
sabor da estação.
Mesmo no templo, qualquer
vento de doutrina leva...
Em igual noite brilhante,
anos passados,
em outro templo, entreguei
minha vida à Jesus,
eu me arrependi dos
pecados e sorri,
como um crente sob o mover
do Espírito,
como um crente – que
destrava as portas do coração.
Não fui indiferente ao som
dos instrumentos da
orquestra.
No canto dos hinos sacros
e na mensagem bíblica
enxerguei-me distante e
houve lamento.
Mas passastes, forte e
suave ao mesmo tempo.
Era outro vento...
Eu ouvira o toque, sentira
tua presença,
nos textos lidos, nos
hinos cantados;
era o Vento do Espírito no
sopro da fé
como labaredas divinas,
plena revolução.
E batias, e sorrias e
aguardavas
como visitante à porta na
espera de entrar.
Não vai tão longe, no
tempo, a noite brilhante;
a orquestra ainda toca em
meu coração de fé
e as lágrimas de alegria
me surpreendem na saudade.
Olho os crentes de hoje,
que chegam das trevas exteriores
para noites brilhantes no
templo azul.
O mistério se renova
alegremente
e vai levando cada crente
de todas as gerações
como nau que flutua suave
ao Vento do Espírito...
Josué
Ebenézer – Nova Friburgo,
18/01/2018 (05h19min).
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