quinta-feira, dezembro 13, 2007

O Poeta

O poeta
com o seu farol de milha
é como um homine-automobile:
Enxerga longe
através das luzes
acesas do inconsciente.

Não lhe perturba
o cair da noite,
nem o breu que se abate
sobre a humanidade.
Ele fuça no profundo
em busca de sanidade.
O poeta é descobridor
de mundos perdidos;
farejador de aromas
desconhecidos.
E constrói um
traçado de significação.
Ele tem na alma
o gérmen da inquietação,
e seu canto ecoa
solene, voando
nas asas acolhedoras
do pássaro do amor.

O poeta alimenta
o mundo com seu pólen,
espargindo a renovação
através de palavras-símbolo,
que fecundam
como giestas no seu coração.

Murinele, 10/10/2004(16h30m).

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