sábado, dezembro 22, 2007

Homilética

Estou cheio desses trejeitos estudados
Desse bom-mocismo comportado.
Um jeito de funcionário público empertigado,
Misturado com pinta de executivo americano,
E uma porção de outras baboseiras
De certos pastores modernosos.

Estou cheio dessa técnica apressada
Numa empáfia dita celestial
Que se apresenta acima do bem e o do mal
E engole os incautos da fé!
Abaixo todos aqueles que não entenderam nada
E até hoje mandam três pontos com exórdio e peroração.

Estou cheio dessa homilética barata,
Dessa hermenêutica apressada
Interesseira,
Política,
Chacrinha e
Raquítica.
De toda homilética que capitula ante
Os assombros provocados pelos seus algozes.

Quero antes a simplicidade dos homens do povo,
A singeleza dos corações poetas,
As falas mansas de profetas,
A invadir-me com sua paz!
Quero as loucas palavras de fé,
Aquelas que despertam risos,
Mas que constroem paraísos
Em cada coração crente.

Não quero mais saber dessas homilias.
Meu sentido é para a Vida!

Nova Friburgo, 22/10/2004(21h14m).

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