Tome os pinos da palavra
e a tábua do conhecimento.
Junte as letras, tire a trava
sem haver esquecimento.
Cada peça em seu lugar
monte o texto em edifício.
Artigo e sujeito a se achar,
o adjetivo é um artifício!
Deve-se começar na base
ir subindo em profusão.
Para que a obra não atrase
ponha siso co’a emoção!
Não esqueça os parafusos
ponha todos em seu lugar.
Palavras têm próprios usos
se bem quiser comunicar.
Tudo então arrumadinho
- cada peça e seu encaixe -
um poema bem limpinho
deve ser o que se ache!
Quando tudo já montado:
Advérbio e preposição.
Há um canto entoado
nas fraldas do coração!
E agora bem disposto:
O construtor e sua obra...
Apresenta, mostra o rosto,
se é poema não soçobra.
Com o Idioma e sua verve
torna vivo o vernáculo.
No cenário a alma ferve
ela o leva ao Cenáculo!
Nova Friburgo, 13 de junho de 2004 (7h32m)
quarta-feira, dezembro 05, 2007
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