As meninas que tiveram sonhos abortados por inescrupulosos seqüestradores da inocência.
Pensem nas meninas
Sonhos abortados
Pensem nos meninos
Risos destroçados
Pensem no futuro
Pichações no muro
Rabiscos sem sentido
Em corações feridos.
Pensem na cidade
Prantos ao redor
Pensem no trabalho
Agridem ao menor
E que dizer dos dias
E que falar das noites
Entenebrecidos dias
Noites de fanfarrias.
Mas não se esqueçam
Das orquídeas exóticas
Orquídeas cobiçadas
Que florescem na serra
A serra de minha terra
Friburgo de meu amor
Orquídeas de cápsulas
Lindas, prenhes de flor!
Lembrem-se das meninas
Orquídeas de nossa terra
De belas sementes cheias,
E corações em guerra
Lembrem-se de seus sonhos
O desabrochar das flores
Que a cidade não esqueça
Do amanhã seus terrores.
E que o futuro rompido
Das orquidáceas meninas
Acabe com a hipocrisia
Das gentes desse lugar
Fazendo desta cidade,
Que é pousada de veraneio,
Nos sonhos da mocidade
Sorrisos como esteio.
Nova Friburgo, 23/10/2004(9h12m).
sábado, dezembro 22, 2007
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