Se eu pudesse ter essa moça em meus braços
que faria eu entre beijos e abraços
a não ser deixar todo o tempo passar
a não ser parar todo o tempo e ficar
como quem não quer outra vida mais que essa
como quem achou seu amor e não tem pressa
como quem, por fim, disse adeus a solidão.
Se eu pudesse ter essa moça em meus braços
penso eu, logo faria, uma viagem em seus traços
pra sentir cada contorno dessa pele tão suave
desse corpo tão bonito, de leveza qual de ave
dessa seda tão mimosa, desse cheiro tão perfume.
Fecharia meus olhos pra reter a sensação
abriria o sentimento, eternizando a emoção.
Se eu pudesse ter essa moça em meus braços
daria as costas para um mundo de amores tão escassos
seu cabelo castanho-claro: liso, leve, solto ao vento
nele eu tão embrulhado: rosto-a-rosto, esquecendo o tempo
esquecendo a vida em seus olhos claro-vivos
em seus lábios finos-mel, embebido em seus mimos
a semente que nasceu ajardina o coração.
Alcântara, 08/05/2001 (12 horas).
domingo, novembro 11, 2007
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