O mundo em que a gente vive
é cheio de inseguranças.
São promessas não cumpridas,
são paradas nas andanças.
É como o vento bem forte
soprando pra todo lado.
Se segura só quem pode
quem não pode alça o brado.
Não adianta nem lembrar:
os tempos que já se foram,
os heróis que já partiram,
o passado a desmoronar.
São heróis de perna quebrada
os que fizeram este país.
O povo caminha sofrido
seu parâmetro é infeliz.
Mas o povo quer o mínimo
que garanta a existência.
Não consegue nem um mimo
que engane a sobrevivência.
Uma casa pra morar,
um canto para dormir,
uma sopa pra tomar,
um motivo pra sorrir.
E os governantes de hoje
políticos de meia pataca
fazem o jogo das multis
e o progresso não engata.
E não engata a vida
e o progresso não vem
parecendo despedida
para a pátria de além.
Mas os filhos são daqui,
têm estômago e intestino.
Falta-lhes Educação e Saúde
que lhes mude o destino.
Têm pés que andam na terra,
e mãos que seguram o vento
e se a vida não emperra
é por causa do pensamento.
Pois ainda que seja difícil
- o Brasil hoje oferecido -
seus filhos mesmo tristonhos
caminharão com seus sonhos.
É que não se prendem idéias
nem se aprisionam espíritos.
Há um futuro sem panacéias
(Com) cidadãos e escritos.
Niterói, 27/09/2001 (07h44m)
domingo, novembro 11, 2007
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