O prédio é
antigo, monumental,
referência
para os alunos:
Biblioteca
Municipal.
E recebe o
nome de antigo professor
que dera a
vida pela causa da educação.
Milhares de
livros
recobrem as
estantes
que tomam as
paredes
(do piso ao
teto)
fazendo do
lugar
a Cidade dos
Livros.
E os alunos
chegam constantemente
(não tanto,
é bem verdade!)
o que não se
sabe é
se vem para
estudar
ou fazer do
lugar
um point de namoro.
Mas, o
importante é que vem.
A Biblioteca
não está
abandonada de gentes...
Ela está
abandonada é de leitores!
Explico!
Logo no
acesso principal
há uma sala
de mídia
repleta de
computadores
por onde os
alunos têm acesso ao Google,
aos livros
digitalizados,
às resenhas
prontas,
aos
pensamentos fortuitos,
às redes
sociais...
Ali fervilham
as ideias
(descabidas
ou não)
enquanto nas
salas contíguas,
nos andares
superiores,
os livros
ficam esquecidos
exceto por
uns, ainda, meias-idades,
que
aprenderam na infância
a suprema
importância:
de apalpar
um livro,
de percorrer
sensorialmente suas páginas,
de vivenciar
o dedilhar suave
pelas folhas
impressas,
de tocar a
lombada e ver o seu brilho,
de sentir o
cheiro do volume,
e perceber
vir a lume
a ideia, o
sonho, a matéria.
Um livro nas
mãos do idoso
pode ser
formoso
e quão
formoso é um velho com livro na mão.
Mas, um
livro nas mãos de um jovem
é mais que
belo, é um anelo,
é esperança
que ele leva no coração.
Josué
Ebenézer – Nova
Friburgo,
18/01/2017 (06h23min).
Nenhum comentário:
Postar um comentário