As luzes do templo
– num
repente –
se acendem
chega o primeiro irmão
arrastando os pés,
espichando as mãos
de banco em banco.
Portador de esperança
síntese da confiança
ele se arrasta
até largar-se pesado
num dos bancos da frente.
Ele ora.
Seu rosto brilha,
seus lábios tremem...
Ele ora.
As famílias chegam.
Em poucos minutos
o templo está cheio
:são os adoradores!
E a Igreja canta.
E o Espírito fala.
E os rostos
eclipsados
da agonia do dia a dia,
da incerteza cotidiana,
dizem que amam
dizem que amam
e adoram a Deus.
Há um sol que brilha
na noite fria
na noite escura
rompendo a
normalidade
e os rostos
reluzem
e a opacidade
é posta a correr.
E a Igreja canta.
E o Espírito fala.
E os corpos
atingem a leveza
sustentada de amor
pra toda e qualquer
gente, povo ou raça
maravilhosa Graça
inefável favor.
E todos se abraçam.
E há comunhão
no Espírito.
Josué Ebenézer – Nova
Friburgo (RJ),
12 de Fevereiro de
2014 (15h51min).
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