Palavras, que são
palavras,
esta forma de expressão?
Extraídas das próprias
lavras
de quem faz comunicação.
Palavras de todas as
formas
tamanhos vários e sons;
palavras transgridem
normas
mesmo nos corações bons.
Palavras soltas ao vento
desprendidas do papel;
palavras libertas da frase
São palavras tão rebeldes
inquietas em seu ser;
carregadas de seus signos
fecundadas de saber.
Palavras simples,
difíceis,
prenhes de significação;
palavras rebeldes, dóceis
seres vivos em sujeição.
Palavras sedimentadas
carvalhos na Terra-Idioma;
palavras adolescentes
rés do próprio genoma.
As palavras nos possuem
quando vem inspiração;
os seus signos influem
na mais forte emoção.
Palavras, pássaros velozes
planando suavemente;
palavras encorpam vozes
sentidos de cada mente.
Há palavras assustadoras
rudes como xingamento;
há as pacificadoras
suaves brisas ao vento.
Há palavras qual espadas
que penetram fundo o ser;
há aquelas recalcadas
que só querem aparecer.
Palavras, mais que palavras,
são setas do coração;
quando disparam sem travas
podem causar comoção.
Se vêm de coração puro,
palavras são bênção e paz;
mas vindas do obscuro
intuito cruel subjaz.
Quero as palavras mais
lindas,
quero aquelas mais belas.
Palavras com ramas infindas:
flores, canteiro,
aquarelas.
Palavras que atapetam vias
onde transita o amor;
palavras que encorajam
vidas
com mensagem e dulçor.
Josué Ebenézer – Nova
Friburgo,
23 de Junho de 2015 (22h20min).
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