Vi o frio chegando
galopando nuvens
e cercando a Terra. Era
agudo e insistente.
As manhãs insistiam,
sonolentas,
em aconchegar o inverno
gélido das montanhas.
E as portas das casas só
se abriam em parcimônia.
Vi o vento açoitar rostos
corados
e os lábios ressequidos
tilintarem
na agonia do frio
instalado.
Vi o frio chegando entre
os sonhos não realizados.
E o congelar das palavras
não pronunciadas
vi dos amores esquecidos,
as ciladas
e a petrificação da
esperança em minueto.
Vi mais com a pele, o
discurso seco
vi com a derme, o sentir
por fora
essa dor de dentro que não
acaba nunca...
Josué Ebenézer – Nova
Friburgo,
15 de Julho de 2015 (04h58min).
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