sábado, agosto 29, 2015

ETIMOLOGIA



Como um fruto da Natureza
é possível fazer um
mapa genético das palavras.
Cada palavra possui DNA próprio
(mesmo as homófonas
e, também, as homógrafas)
e, segue, no Idioma, seu destino.

Palavras são signos
que representam ideias.
Signos que nascem na sua origem
(origem etimológica)
ou lhe são emprestados
por convenção.

Palavras podem ser (bem)ditas
ou (mal)ditas
e é na forma de dizê-las
que se alcança
melhor ou pior
grau de comunicação.

Palavras promovem guerras
palavras promovem paz.
É preciso saber dizê-las
se quiser ser eficaz.

Podemos até emprestar
novos sentidos às palavras
(e o tempo há de
consagrar seu uso ou não)
mas elas precisam
ser explicadas
e estar explicitadas
para não haver confusão.

Palavras são trens suburbanos
nos corações amantes
marias-fumaças românticas
em corações galopantes.

Palavras são trens-balas
em andarilhos com pressa
veículos-leves-sobre-trilhos
na vida de quem expressa.

O poeta usa as palavras
como se usasse cores:
cada uma tem um impacto
aos olhos do leitor.
O poeta usa as palavras
e oferece seus sabores:
é preciso degustá-las
e até sentir seu olor.

Palavras têm vida própria
definidas pelo Léxico
ou emprestadas pelo poeta:
deixe-se conduzir por elas
e avance sempre o máximo
até chegar a Estação da Poesia.

Palavras mais que palavras
deve-se buscar seu sentido
expressar sua significação.
Aquele que as usa, preciso
não sofre mal entendido
chega ao âmago da questão.


Josué Ebenézer Nova Friburgo,
25 de Junho de 2015 (05h10min).

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