Um leopardo é um leopardo
a onça pintada, também;
a onça é uma onça
e o gato um felino manhoso.
O passarinho não pode voar
baixo se não o gato pega.
O poema precisa ser
ligeiro
como o gato e voar alto
também.
Poemas nascem para as alturas:
voos solitários sobre os
montes
mais íngremes da
Cordilheira.
Cada poema se explica
rochas sólidas sobre a
Terra
até que alguns raios o
atinjam
e deixem feridas abertas
de significação.
Poema não se explica não.
Se percebe, se sente, se
alegra
e o leitor caminha junto
com o poeta
crendo que há ali um sol
e que em plena luz do dia
brilha incandescente
poesia
no canto puro do rouxinol.
Josué Ebenézer – Nova
Friburgo,
05 de Julho de 2015 (04h45min).
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